Pedro Cypriano*
Não é novidade que a hotelaria brasileira vive um novo ciclo de expansão. Novamente, com hotéis mais simples, destinados ao mercado corporativo e de eventos, com provável predomínio de alianças estratégicas, modelo de desenvolvimento de condo-hotéis e outras estratégias non-equity. O pipeline de novos projetos abrange cidades de pequeno a grande porte. Apesar das barreiras existentes, o setor mais uma vez encontrou alternativas de expansão.
Enquanto o país cresça, haverá pressão de demanda por hotéis e novos projetos serão viabilizados. Em momentos econômicos favoráveis, todos se beneficiam, ainda que em ritmo, com estratégias e qualidade de projeto distintos. O problema está quando acaba o período de abundância e se intensifica a competição no mercado.
Por isso, para um desenvolvimento saudável da hoteleira brasileira, é crucial conciliar estratégias de expansão com aumento de qualidade da oferta atual e futura. O conceito de desenvolvimento também implica em melhoria dos processos de gestão, ganho de eficiência operacional, adoção de políticas modernas de preço, etc. Para tanto, empresas e governos têm tarefas a cumprir.
Com qualidade, em serviços e processos de gestão, adotam-se decisões conscientes de investimento e operação de hotéis. Assim, o setor se prepara não somente para períodos de expansão, mas também para eventuais crises inerentes aos ciclos econômicos. Com profissionalismo não existem guerras de preço, o mercado não sofre tanto com diminuição de performance e as retomadas de crescimento são muito mais rápidas. Neste ambiente, estão todos comprometidos com a qualidade e a competitividade do destino turístico.
*Pedro Cypriano é especialista em desenvolvimento hoteleiro. Nos últimos cinco anos, atuou como consultor em empresas globais de hotelaria e turismo no Brasil e na Europa. Contato – cypriano.pedro@gmail.com
