Empresas de viagens e hospedagens poderão sofrer ataques e invasões de crackers e hackers nos sites e banco de dados
Artigo de Jean Felipe Lamas*
Nos últimos meses acompanhamos o crescimento dos ataques e invasões a sites e banco de dados de empresas privadas e governamentais no mundo todo. Alguns destes ataques foram apenas para testar a vulnerabilidade das empresas deixando o site fora do ar e outros foram para destruir e roubar as informações sigilosas. Os computadores, telefones celulares e afins têm se tornado mais acessível. Consequentemente, mais pessoas e organizações estão interconectadas e expostas aos riscos de fraude, roubo de informações e invasões por elementos mal-intencionados. A propagação do uso da Internet é um fator que agrava esta situação, à medida que as relações de negócios se consolidam com base na troca de informações através da grande rede.
A pouco menos de dois anos para a “Copa das Confederações e da Copa do Mundo de Futebol 2014 no Brasil” que afetará positivamente os segmentos de Viagens e Hospedagens que tem como suas maiores aliadas para o Marketing, Vendas e Reservas online a “Internet” e o seu “Site”, podem ser alvos de ataques dos Crackers e Hackers.
Porque estes segmentos podem ser alvos? Para a realização destes eventos no Brasil e na escolha dos Estados, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) fez algumas exigências para o Governo Brasileiro, uma delas seria a expansão e a qualidade dos serviços nos segmentos de Viagens e Hospedagem. Para os invasores isto seria uma ótima oportunidade de atrapalhar estes eventos e roubar as informações, veja o exemplo abaixo;
“Vamos imaginar qual seria o transtorno e o prejuízo que uma empresa de Viagem ou Hospedagem teria caso seu site ou sistema de gestão fosse interrompido por um período indeterminado ou que houvesse vazamento de alguma informação sigilosa, ainda mais no mercado competitivo que vivemos”.
Recentemente interferir em duas tentativas de ataques ao Banco de dados de duas redes de hotéis de médio porte no Estado de Minas Gerais e outra no Estado de São Paulo, ambos os ataques foram simultâneos e com o mesmo objetivo “Localizar o computador do financeiro”. Após análise realizada nos dados recolhidos, acreditamos que a intensão seria enviar um vírus executável para obter todas as informações digitadas ou acessadas pela pessoa responsável da controladoria. As invasões não foram concluídas devido a uma politica de segurança da informação implantada sobre a internet e nos computadores administrativos dos hotéis.
Um dos grandes problemas das empresas de Viagens e Hospedagens são as terceirizações dos serviços de tecnologia, que por muitas vezes deixa a desejar na questão da demora no atendimento e na qualidade do serviço. Vale ressaltar que as empresas terceirizadas muitas vezes tem o total acesso a rede e ao Banco de dados e não tem nenhuma supervisão dos segmentos no assunto “tecnologia”, deixando o BD e computadores vulneráveis a ataques e invasões. Acredito que as organizações que terceirizam o departamento de tecnologia terão grandes problemas na prestação de serviço na época da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Para evitar estes tipos de incidentes e problemas, é recomentado seguir algumas orientações da politica de segurança da informação, que prover a segurança em ambientes computacionais, realizando análise de vulnerabilidades; avaliação de riscos; adequação às normas existentes e outras soluções tecnológicas, tais como; Firewall, Antivírus, permissões de usuários, tudo isto com a supervisão de um profissional da área de tecnologia.
* Jean Felipe Lamas é Consultor e Especialista em Segurança da Informação, conhecedor da área da tecnologia da Informação de grandes redes Hoteleiras. Contato –
jeanfelipelamas@gmail.com
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