ADIT Invest debate o que falta para as redes hoteleiras regionais se tornarem nacionais
Teve início agora há pouco ao segundo dia de palestras da 7ª edição da ADIT Invest o mais importante evento de investimentos imobiliários e turísticos do Brasil que está acontecendo no hotel InterContinental São Paulo, na capital paulista, desde ontem (21/06). A Revista Hotéis é a Media Partner desta iniciativa da ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, que tem como presidente, Felipe Cavalcante.
Neste primeiro painel foi discutido o tema “O que falta para as redes hoteleiras regionais se tornarem nacionais”, que contou como moderador, Lucas Izoton, da Viverbem, e com a participação dos painelistas Heber Garrido, Diretor do THG; Alexandre Gehlen, Diretor-presidente da Intercity Hotéis e André Monegaglia, Presidente da Allia Hotels.
Izoton questionou os painelistas quais as vantagens das redes hoteleiras nacionais se expandir neste momento de boom econômico no Brasil. “A economia está em um excelente momento, e isto contribui para a expansão destes hotéis porque acham fornecedores regionais com produtos de qualidade e com preços acessíveis, e regiões que cresceram estrondosamente nos últimos anos que necessitam de hotéis e são locais promissores. Mas ressalvo que para expandir o hoteleiro ou investidor precisa definir uma estratégia de expansão, pesquisa de mercado, e consultar dados e estatísticas de empresas conceituadas como a Jones Lang La Salles”, afirmou Garrido. “Além disso, a equipe da administradora da rede necessita estar estruturada e definida seus padrões de serviços e fazer uma análise de mercado”, complementou Monegaglia.
Outro assunto abordado no painel foi em relação ao crescimento destas redes hoteleiras através de alianças estratégias e parcerias em modelagens como fusões, arrendamento e franquias no Brasil. “Entre estes modelos a franquia é sem dúvida a melhor porque onera menos o investidor, e tem o respaldo de ser organizado, estratégia definida e transmite know-how e segurança para o hoteleiro. A fusão é outra alternativa, mas por questão de cultura ainda no Brasil os investidores ainda tem receio em relação a este tipo de parceria que envolve vários sócios. O que precisa no Brasil é se criar uma espécie de uma avaliação de contrato de administração hoteleira para diminuir os riscos na viabilização destes contratos”, frisou Monegaglia.
No painel também foi exposto quais os financiamentos existentes para as redes hoteleiras poderem retrofitar e implantar os hotéis para crescerem neste mercado que está em seu segundo momento de expansão. “Atualmente é muito difícil acessar os financiamentos no Brasil. Porque falta uma pesquisa de análise de risco e estatísticas fidedignas do setor hoteleiro. Os planos de financiamentos para a hotelaria no Brasil são inadequadas e o tempo de amortização deste investimento é de 12 anos. Este período é impossível o hoteleiro pagar este investimento. Já o governo oferece uma linha de crédito que é inacessível ao hoteleiro várias garantias que não são coerentes com o mercado da hotelaria”, pontuou Monegaglia. “Concordo com o André, o Brasil precisa ter uma fonte de dados e estatísticas do setor de forma padrão para fazer uma análise de risco do mercado para os bancos e investidores fazerem linhas de créditos mais adequados e consequentemente conseguirmos expandir os nossos hotéis no País. Essas novas linhas de créditos não vão beneficiar somente as grandes redes, mas também os hotéis independentes que tem uma dificuldade em ter linhas para modernizar seus empreendimentos que muitos já tem 10 anos de uso e consequentemente qualificar e melhorar os leitos no Brasil, concluiu Gehlen.
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