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Os Housings chegaram ao Brasil. E daí?!

Artigo de Floriano Camargo*

Mais uma peça de discussão surge entre os hoteleiros, sem a devida atenção quanto aos fundamentos reais do objeto causador da insatisfação de alguns.   Algo que já existe e há muito tempo, ganha um significativo impulso, nos braços da tecnologia da informação e seus poderosos aplicativos, que se multiplica em progressão geométrica, enquanto nossas ações e reações não chegam à progressão aritmética.

Levantam-se bandeiras da ilegalidade e por isso se começa a requerer novas leis. Como em muitas outras áreas, estamos sempre voltados a isso; mas precisamos sim é entender que as leis aí estão, já existem, o que precisamos é cumpri-las, exigir o seu cumprimento e cobrar a devida fiscalização aos órgãos competentes, tão carente em todos os lados.

Nossa hotelaria cruzou os braços durante muito tempo, fingindo que não via a invasão estrangeira, e hoje percebe o tamanho geográfico perdido. Alguma coisa se fez, mas ainda falta muito para que estejamos num nível razoável de oferta de uma hotelaria pujante, com administrações que consigam visualizar mais do que simplesmente quanto tem de ocupação e quanto foi faturado, pois isso é presente, resultado de ações do passado.

Mesmo a distância, se pode constatar inúmeras falhas, bastando ligar para um meio de hospedagem ou visitar o seu site. Resultados negativos estão associados em grande parte, à falta de planejamento e visão estratégica dos empreendedores ou seus gestores.

Vamos lembrar de ações básicas, como ouvir os seus clientes: INTERNOS e EXTERNOS; lembram-se ?! Tudo gira no entorno deles e foi sendo esquecido ao longo do tempo.

Quando afinal vamos crescer e parar de choramingar? PCC – planejamento, coordenação e controle; premissas administrativas que indevidamente são ignoradas ou delegadas a alguns, sem a competência devida.  Isso provoca a gestação de bodes expiatórios para os resultados que não queremos ver ou o medo do futuro, por desconhecer.

A mídia está no papel dela, de levantar a poeira, para ver quem tem ventilador,  aspirador ou carrega um paninho com espanador. Não embarque nessa, pois logo-logo, tudo se assenta e a vida continua.

Enquanto isso atravesse a rua, olhe para o seu estabelecimento e o veja como os passantes. Por acaso, já fez isso, alguma vez?! Já acessou ao seu próprio site, para uma análise do ponto de vista da clientela?! O estabelecer de empatia, apesar de ser do conhecimento de todos, não é praticado. Estamos preocupados, com o estado islâmico, com as leis da Indonésia e nossos governantes descobriram o volume morto. Tudo é resultado de algo tão simples, que é não olhar, se preocupar, com quem está do seu lado.

Pois que venha, se instale e se consolide o housing, pois temos e muito mais, para oferecer em turismo e hospitalidade, já que hospedagem é apenas um dos meios que fazem a indústria do tempo livre acontecer.  Esse mecanismo de acomodação – housing -, não passa do avanço natural das coisas em nossa sociedade; capaz de oportunizar condições aos espertinhos de plantão de abocanhar alguma vantagem, caso os envolvidos não se movimentem devidamente e a tempo e hora, para salvaguardar seus interesses.

*Floriano Camargo é Professor e Consultor Hotelaria – Administração – Turismo – Contato –  camargofloriano@gmail.com  (21) 9 8764-1089

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