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FRESP divulga pesquisa sobre turismo rodoviário no estado de SP

A operadora CVC, espera aumentar em 2011, em até 30% os investimentos no transporte turístico rodoviário. Só em 2010, a empresa transportou 2,5 milhões de turistas para mais de 80 destinos turísticos do Brasil, contra 2 milhões em 2009. Um aumento de 15% no número de passageiros. Já a pesquisa do MTur – Ministério do Turismo, produzida pela FGV – Fundação Getúlio Vargas mostra que, em 2014, somente para o evento da Copa do Mundo, o Brasil deve receber cerca de 500 mil turistas estrangeiros. A maioria, certamente, utilizará ônibus para se deslocar em trajetos de até 300 km. Os dados indicam que o turismo rodoviário brasileiro deve se preparar para um incremento no setor.
Segundo pesquisa realizada, em parceria entre a FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo e a EACH – Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP – Universidade de São Paulo, a carência de informações sobre o transporte turístico rodoviário acaba restringindo o seu desenvolvimento.
O estudo, feito por amostragem com 84 transportadoras do serviço de fretamento, revela as alternativas para tornar o turismo rodoviário mais competitivo. O diagnóstico, proveniente das respostas a 15 questões, teve a finalidade de identificar o posicionamento dos empresários quanto à representatividade do transporte rodoviário e suas possibilidades no desenvolvimento do turismo no Estado de São Paulo.
“Hoje o transporte de passageiros por fretamento convive com diversos problemas, desde aqueles relacionados à legislação, às dificuldades de infraestrutura nos destinos turísticos até desinteresse dos empresários do setor em investir no turismo. A pesquisa vem, justamente, com a proposta de contribuir com o esclarecimento, ao analisar as dificuldades e as oportunidades para o desenvolvimento do setor no Estado”, revela Regina Rocha, diretora executiva da FRESP.
Para ela, esta é uma chance para se conhecer as percepções do setor de fretamento sobre o transporte turístico. “O estudo evidencia um panorama bastante significativo sobre as possibilidades de negócios, seus desafios e a respeito do público-alvo do modal rodoviário”, explica. 
Já a professora doutora da USP Karina Solha, coordenadora da pesquisa, acredita que existem indícios no trabalho que apontam o turismo rodoviário como um nicho ainda a ser explorado. “Há grandes oportunidades de desenvolvimento no segmento, devido às circunstâncias favoráveis do mercado. Existe uma demanda reprimida aguardando ofertas de viagens previamente organizadas. O estudo também indica a falta de conhecimento das empresas sobre a atividade turística no Brasil e sua restrita participação junto ao poder público”, ressalta. Karina informa ainda que as respostas podem explicar a pouca visibilidade do fretamento tanto para os gestores públicos do turismo quanto para uma demanda de passageiros em potencial.
O estudo também levantou os municípios que mais se beneficiam do transporte rodoviário turístico. Entre os destinos mais procurados, com 143 indicações destacam-se os localizados no interior paulista. Isso se deve, principalmente, ao turismo religioso, realizado na cidade de Aparecida, que chega a receber cerca de 10 milhões de turistas ao ano, de acordo com dados do Ministério do Turismo, confirmados na análise por 55 empresas de fretamento. As viagens realizadas à Capital foram indicadas por 52 pesquisadas. Em terceiro lugar, com 22 apontamentos, está o litoral do Estado com destaque para a cidade de Santos, em função dos embarques e desembarques dos cruzeiros marítimos. Os destinos de lazer, como Hopi Hari, Wet´n Wild, Play Center, totalizam 15 indicações. Em seguida vem Campinas, importante pólo industrial do Estado, com 12 referências.
Para Regina, os investimentos no planejamento das cidades para receber os turistas são essenciais para o desenvolvimento da atividade no Estado. “O levantamento revela que a preferência dos destinos de curta distância está relacionada à qualidade da infraestrutura rodoviária da localidade, além da facilidade de acesso”, comenta.
Quanto às distâncias das viagens, a pesquisa revela que em 31 respostas sobre deslocamentos, as viagens  concentram-se nos destinos de até 100 km. Os percursos entre 200 km e 300 km receberam 27 citações e os trajetos entre 100 km e 200 km receberam 26 indicações.
O perfil socioeconômico dos passageiros do transporte turístico também foi analisado. Conforme as indicações, o estudo constata que a maior concentração dos usuários do serviço está na faixa de renda entre R$ 1 mil a R$ 3 mil. Os passageiros na faixa de R$ 1 mil a 2 mil aparecem em 44 citações. De R$ 2 mil a R$ 3 mil, houve 20 indicações. Na faixa acima de R$ 3 mil houve apenas 13 respostas, sendo que os demais empresários não souberam responder o questionamento. “Esses dados são essenciais, pois, evidenciam que dependendo da faixa de renda, há um aumento da capacidade de consumo, o que pode significar um incremento na demanda por este tipo de transporte para viagens de lazer”, conclui a diretora da entidade.

 

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