Cosméticos veganos conquistam espaço na hotelaria
Alinhados com a tendência mundial do ESG, cosméticos veganos atendem ao perfil do novo viajante, mais engajado e preocupado com o impacto das empresas no meio ambiente
A preocupação dos consumidores com a saúde e o bem-estar aumenta cada vez mais, assim como também a busca por rótulos e marcas mais sustentáveis em todos os setores da indústria, inclusive na hotelaria. Um estudo que acaba de ser publicado pela Allied Market Research, intitulado “Mercado de Cosméticos Veganos”, demonstra que este mercado foi avaliado em US$ 16,6 bilhões em 2021 com estimativa que chegue a US$ 28,5 bilhões até 2031, conforme os dados coletados pela empresa Coherent Market Insights. A tendência pelo uso desses produtos cresce alinhada não só ao ESG, como também ao perfil do novo viajante, mais engajado e preocupado com o impacto das empresas no meio ambiente e também com o fim de práticas que estejam diretamente associadas com o sofrimento animal, seja em uso como matéria-prima ou em testes que possam configurar tortura. Os cosméticos veganos são formulados sem o uso de ingredientes de origem animal e não são testados em animais. Esses produtos são elaborados com ingredientes naturais, orgânicos e de origem vegetal, o que os torna, além de saudáveis para o ser humano, menos agressivos ao meio ambiente.
Segundo o estudo, recentemente um aumento no poder aquisitivo permitiu que as pessoas passassem a gastar mais em cosméticos veganos, fazendo com que os produtos de cuidados pessoais tivessem um crescimento de demanda em nível global. Trata-se de um mercado com muitos players, cada um com sua própria estratégia de desenvolvimento para expandir seus negócios, aumentar sua receita e manter a competitividade. No relatório constam algumas dessas marcas, como Amway Corporation, Estee Lauder Companies, Groupe Rocher, L’Occitane Group, L’Oréal SA, LVMH Group, MuLondon, Pacifica Beauty, Unilever e Waleda.
Confira alguns dos principais insights
- Baseado no tipo de produto, o segmento de cuidados com a pele deve testemunhar o maior CAGR, de 5,2% em se tratando de receita, durante o período de previsão;
- Segundo a análise do mercado de cosméticos veganos, no tocante a preço, o econômico deve crescer em CAGR de maneira considerável durante o período analisado;
- Baseado no gênero, se prevê crescimento do nicho feminino em CAGR significativo durante o período analisado;
- Baseado no usuário final, o comercial deve testemunhar o maior CAGR (de 6,5%), em termos de receita, durante o período analisado;
- Baseado nos canais de vendas, constatou-se que o segmento on-line deve assistir crescimento em CAGR de maneira considerável durante o período analisado;
- Olhando para as regiões, constatou-se que os Estados Unidos encabeçam a lista em termos de geração de receita para essa indústria em 2021;
- No entanto, a Ásia-Pacífico deve testemunhar a maior taxa de crescimento, registrando CAGR de 7,7%, de 2022 a 2031.
O mercado global de cosméticos veganos cresce principalmente devido ao aumento desse nicho, da expansão do negócio de cosméticos veganos e do aumento na conformidade com o credenciamento livre de crueldade da PETA – People for The Ethical Treatment of Animals.
Caminho sem volta
Luís Roberto Magrin Filho, Diretor geral da Harus, marca de destaque no mercado brasileiro de amenities, comenta o cenário dos cosméticos veganos apontado pelo estudo e a relevância da sustentabilidade nas operações de qualquer empresa: “Nos últimos anos e em especial desde o início da pandemia, é evidente o crescimento da preocupação dos consumidores com o seu próprio bem-estar e com o daqueles ao seu redor – o que neste último caso, se converte em preocupação com o meio-ambiente e com os aspectos sociais.Uma das vertentes desses movimentos é a opção pelo vegetarianismo em primeiro lugar e, em alguns casos, também por um estilo de vida vegano. Estima-se que haja hoje no Brasil, cerca de 30 milhões de vegetarianos e que, entre eles, aproximadamente sete milhões sejam veganos (o cálculo é da Sociedade Vegetariana Brasileira). É uma parcela bastante razoável de consumidores, que obviamente não pode ser mais ignorada pelos negócios, em qualquer setor. E isso inclui a hospitalidade. Na minha opinião, este é um caminho sem volta. Teremos cada vez mais hóspedes interessados em consumir produtos veganos e de tendência sustentável e, por isso, apostaria que esta já é a realidade da hotelaria brasileira”, afirma.
Segundo Magrin Filho, o lançamento da Linha Vegana de amenities, em 2021 e seu sucesso, comprova os dados do estudo da Coherent Market Insights. “Desde que lançamos a Linha Vegana de amenities, em 2021, a participação desses produtos no faturamento da companhia registra crescimento constante – hoje, esses itens são sucesso absoluto de vendas. Acreditamos que essa demanda seguirá crescendo e, portanto, já estamos preparando novidades entre os itens veganos, que serão lançadas ainda neste ano”, revela. “Atualmente os produtos veganos têm um custo mais alto do que os demais. Hoje em dia existem meios de hospedagem que fazem questão de investir num produto vegano com o intuito de satisfazer 100% o seu hóspede que é antenado na tendência sustentável”, completa.
Personalização da experiência
Magrin Filho acredita que os cosméticos veganos carregam em si, um apelo que vai além do bem-estar pessoal e do meio-ambiente. “Personalização é a palavra da vez no que diz respeito ao atendimento ao cliente (e ao hóspede). E, nesse contexto, ter amenities que atendam aos gostos de cada consumidor tornou-se imperativo. Para mim, está ai a primeira grande vantagem para o meio de hospedagem: estar conectado com as preferências e hábitos de seus hóspedes e oferecer a eles aquilo que procuram para que se sintam especiais e bem-atendidos. Em segundo lugar, acredito que a preocupação com o meio-ambiente e os anseios sociais dos consumidores são compartilhados pela hospitalidade, já que a sustentabilidade dos negócios também depende disso. Por isso, comprar produtos sustentáveis é vantajoso também para a longevidade de toda a cadeia”, explica.
Pesquisa e desenvolvimento
Magrin ressalta ainda que, na Harus o investimento em inovação e no desenvolvimento de novos produtos, que atendam de maneira integral os clientes e seus hóspedes, é parte do DNA da companhia. “Dada a importância que vêm ganhando os itens veganos em nosso mercado, a atenção a eles tem crescido também em nosso processo de P&D e de produção. Assim, seguiremos tendo novidades nesse sentido daqui em diante – mas ainda não posso dar mais detalhes do que está por vir.
Gosto sempre de ressaltar que, na Harus, a atenção à sustentabilidade sempre esteve presente. Para além da Linha Vegana, lançamos nos últimos anos a linha Sólido, com produtos dois em um (shampoo e condicionador) em barra, eliminando o uso de plástico. Além disso, nossa linha própria de amenities da Harus é 100% biodegradável e não testada em animais, e estamos substituindo gradualmente as embalagens plásticas de sabonetes e acessórios por papel biodegradável certificado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Os frascos, por sua vez, são produzidos com PET reciclado ou polietileno com o selo Plástico Verde. Temos acessórios como pente de madeira, escova de dentes de bambu e cotonetes com hastes de papelão, entre outros – sempre embalados em papel vegetal certificado.
Temos apostado também na ampliação do portfólio de dispensers. Eles reduzem o descarte de embalagens no meio ambiente, ajudam a diminuir o desperdício e são vantajosos para nossos clientes, já que garantem economia de custo de entre 35% e 75%. Proporcionam ainda redução de espaço em estoque e agilidade na arrumação dos quartos. As iniciativas sustentáveis também integram nossas novas parcerias. Em 2022, foram lançadas as linhas Harus by Carla Guerra e Harus by Regina Segui. Unindo o know-how da Harus e das embaixadoras, elas foram desenvolvidas com ingredientes naturais e fórmulas biodegradáveis, livres de parabenos, óleos minerais e silicones. Não é só porque os hóspedes estão mais exigentes ou o mercado está cobrando boas práticas ligadas ao ESG. Ter uma operação mais sustentável é do interesse de todos e, ainda, pode gerar impactos financeiros positivos para o setor. Todos saem ganhando”, finaliza.
Sustentabilidade na essência
O hotel Unique, em São Paulo, é um bom exemplo de empreendimento hoteleiro que adotou os cosméticos veganos com sucesso. Conhecido pela pegada sustentável e pelas constantes inovações, o Unique hoje também é referência em hospitalidade de luxo, provando que é possível unir a sofisticação às práticas sustentáveis. “Hoje oferecemos como amenities, shampoo, condicionador, creme corporal, sabonete líquido, sabonete em barra e sais de banho. Preocupados com os impactos socioambientais gerados nos processos de hospedagem, o Hotel Unique decidiu pelos amenities veganos, não testados em animais e livres de parabenos.
No processo de fabricação dos amenities veganos, tem-se menor consumo de água, menor produção de resíduos, além do zelo com o bem-estar animal. Os amenities são formulados com essências e extratos naturais, portanto livres de ingredientes tóxicos ou com efeitos colaterais nocivos à saúde. A embalagem é sustentável, ou seja, é produzida de fontes renováveis, o que contribui para mitigar as mudanças climáticas”, detalha Isabel Soares, Responsável técnica e gestora de sustentabilidade do Unique São Paulo.
Isabel também ressalta a receptividade dos produtos por parte do público, sentida por meio das pesquisas de satisfação, que também é usada para estreitar o relacionamento com o hóspede e mantê-lo informado. “Utilizamos a pesquisa de satisfação como canal de comunicação com o cliente para entender sua percepção sobre a experiência de hospedagem, informá-los sobre as nossas iniciativas socioambientais e engajá-los no propósito da sustentabilidade”.
A gestora também compartilha uma visão mais aprofundada sobre o tema: “As empresas devem se preocupar em minimizar os impactos socioambientais de seus processos e a opção pelos cosméticos veganos vai de encontro com esse objetivo. Independente do segmento a que uma empresa pertence, é essencial olhar para fatores externos sob uma perspectiva sustentável e consciente. A indústria hoteleira tem se interessado em analisar o impacto socioambiental gerado pelas suas operações como o consumo de água, energia, distribuição e logística reversa de produtos, relação com fornecedores, clientes, funcionários e comunidade.
Os hóspedes têm se identificado e escolhido por hotéis que tem consolidadas práticas alinhadas com o propósito da sustentabilidade. Neste contexto, os cosméticos veganos minimizam o impacto ambiental, consumindo menos água e produzindo menos resíduo. Reduzem o impacto social por prezar o bem-estar animal, não utilizando produtos animais e não realizando testes com animais”, afirma.
Isabel conclui reforçando que, cada vez mais, ou as empresas se conscientizam e se alinham a tendência do ESG, ou perigam ficar para trás em competitividade de mercado. “A perenidade e solidez das empresas dependem da inclusão no seu escopo de ações sustentáveis e estratégias que foquem no respeito ao meio ambiente e sociedade. Aplicar as boas práticas de ESG não é uma opção, mas uma questão de sobrevivência”, finaliza.
Receptividade automática
Diversos meios de hospedagem, principalmente pousadas que propõem uma verdadeira imersão na natureza e nas práticas saudáveis (que vão desde a alimentação oferecida, passando por passeios guiados que ensinam sobre a fauna e flora do destino, preservação do bioma e incentivo a exercícios físicos, até o tipo de amenidades para o banho e higiene pessoal) já oferecem linhas de produtos naturais e muitas vezes até produzidos na própria comunidade onde o empreendimento está inserido. Trata-se de uma forma assertiva de demonstração do compromisso com a sustentabilidade, respeito a vida e promoção de uma vida mais saudável. Tais valores é que tornam o empreendimento elegível aos valiosos e cobiçados selos verdes, entre outras certificações que pesam na tomada de decisão do viajante.
Assim os empreendimentos Jaguaríndia Village e Vila Selvagem, ambos no município de Fortim, no Ceará e pertencentes ao mesmo grupo que consolidou o Jaguaribe Lodge & Kite no destino, descrevem a reação dos hóspedes ao encontrarem nos apartamentos, amenities de origem natural vegana. “Tanto no Jaguaríndia Village, como no Vila Selvagem, disponibilizamos shampoo, condicionador, sabonete líquido e em barra e o creme hidratante. Nossa prioridade sempre foi ter produtos nacionais e de origem orgânica em nossos hotéis, pois todas as nossas ações são realizadas para manter um equilíbrio social e sustentável. Oferecer aos hóspedes produtos de qualidade, de origem natural, sem testes em animais, é algo primordial na hospitalidade”, afirma Celian Chaufour, Sócio-diretor dos hotéis Vila Selvagem e Jaguaríndia Village.
O Diretor explica que, após a decisão pelo uso de cosméticos veganos, a resposta dos hóspedes foi quase imediata: “Neste ano passamos a utilizar os amenities da marca Avatim, linha Muru Muru & Patauã no Jaguaríndia Village, e no Vila Selvagem optamos pela marca Realgem’s, linha Elements, totalmente livre de parabenos e fórmula biodegradável, que garante que o descarte também não afete a natureza. Logo que realizamos as trocas tivemos um retorno automático dos hóspedes elogiando a escolha”.
Chaufour acredita que esse é um movimento de mão única, que veio para ficar. “É uma tendência forte, pois os hóspedes têm valorizado cada vez mais empreendimentos que incorporam a sustentabilidade em todos os aspectos. A indústria hoteleira tem apostado cada vez mais em iniciativas de gestão ambiental, políticas e práticas sociais responsáveis. E essa postura deve estar implícita em todos os aspectos da hospitalidade, incluindo os amenities oferecidos. Embalagens de vidro ou de materiais 100% recicláveis mostram quando o hotel é comprometido com seus propósitos e valores”, finaliza.
Produto brasileiro vegano e sustentável
Voltada para o bem-estar, a Avatim, empresa brasileira de cosméticos e perfumaria, trabalha com um conceito de alto padrão para aromatização através de suas fragrâncias exclusivas de perfumes para interiores e linha completa para aromatização, que inclui difusores de essências, velas aromáticas, essências concentradas, incensos, água perfumada para roupas e ainda óleos essenciais.
Pioneira no mercado de aromatização de ambientes, a marca combina suas essências em linhas de cuidados pessoais e para a casa. A Avatim possui sede em Ilhéus, no Sul da Bahia, e busca inspiração na biodiversidade brasileira para desenvolver os mais de 400 produtos do seu portfólio, que inclui sabonetes, hidratantes, óleos corporais e perfumes. Destaque na perfumaria fina, a Avatim já conquistou o prêmio internacional Atualidade Cosmética, na categoria melhor perfume feminino pela fragrância Gigi e melhor criação perfumística para os criadores das fragrâncias Boníssimo Black e Açucena.
A empresa não faz testes em animais, não usa parabenos em seus produtos e garante a neutralização anual de suas emissões de carbono. Atualmente a Avatim tem mais de 250 lojas em 26 capitais e interior do Brasil, além de uma rede com mais de três mil revendedores e distribuidores.
Mônica Burgos, Sócia-fundadora da Avatim, detalha a sinergia da marca com a indústria hoteleira e comenta seus produtos e missão no mercado: “Os produtos da Avatim possuem grande sinergia com o nicho da hotelaria, pois se comunicam com o viés do autocuidado, hospitalidade e bem-estar, bandeiras que os hotéis buscam manter como seus diferenciais. Pensando nisso, criamos uma linha de amenities que traduzem toda a essência da marca, e cuidado com a natureza. Além dos amenities, temos perfumes para criação de ambientes mais agradáveis aos hóspedes, ajudando-os a relacionarem o cheiro do local como uma memória afetiva. Temos bastante know-how na área de marketing olfativo”.
Como profissional e especialista do segmento, Mônica reitera o crescimento da demanda e suas motivações. “A demanda por esses produtos aumentou em torno de 25% em nossas lojas, e as motivações são multifatoriais. O nicho foi aquecido no período pós-pandemia, quando houve um olhar mais amadurecido das pessoas ao redor de si. Isso influenciou novas atitudes do cliente consumidor com relação a origem do que ele consome, preocupações com a segurança, bem-estar, orientação a sustentabilidade de toda a cadeia de suprimentos. Diríamos que o consumo está mais consciente devido nossa leitura do ser humano pós-pandemia, onde a comunicação teve um papel importante nesse processo, com a rápida difusão de conteúdos sobre práticas saudáveis nas mídias, incluindo as redes sociais. Neste cenário, a tendência é aumentar a demanda por produtos naturais, a ponto de se tornar um diferencial competitivo”.
Fazendas verdes
A empresária da Avatim também opina sobre a consolidação dessa tendência, que parece não ter nada de passageira. “Com toda certeza, essa preocupação ecológica e de biodiversidade veio para ficar e se torna fator crítico de sucesso dentro de todas as empresas. Cada vez mais há uma preocupação latente com a redução de emissão de CO², testes em animais, origem dos extratos e da própria mão de obra. Quem souber entender a dinâmica desse mercado, sairá na frente.
Nós da Avatim já adotamos práticas de sustentabilidade há alguns anos. Com a compensação anual de emissão de carbono, através do projeto Green Farm, somos uma empresa considerada CO² free. Além disso, não fazemos testes em animais e nossos produtos são biodegradáveis e, em sua maioria, veganos. A nossa linha de amenities é 100% vegana”.
E conclui: Não se trata mais de uma tendência, e sim de uma verdadeira mudança na jornada de fazer negócios e se relacionar com os indivíduos. Claro que é um grande desafio transformar toda uma cultura empresarial com hábitos voltados para atingir eficiências ambientais, sociais e de governança, e vai depender bastante da habilidade dos gestores em desenvolver e implementar novas práticas alinhadas com as estratégias, metas orçamentárias e planejamento. Não é de uma hora para outra, mas as empresas precisam inserir produtos veganos em suas rotinas para começar a mudar o pensamento corporativo, operacional e estratégico”.
Decisão estratégica
A crescente tendência dos cosméticos veganos e seus benefícios é sentida pelo mercado de forma unânime. Porém, trata-se de uma decisão em que pesam mais considerações do que apenas o mero apelo popular de mais uma ‘onda’ que surge no mercado. “Ainda não fizemos uma pesquisa, mas a decisão passa pelo desejo de adotar práticas mais sustentáveis. Alguns hóspedes vão aplaudir, outros serão indiferentes. Esse tipo de mudança não pode ser apenas para agradar um nicho ou acompanhar a moda, mas por estratégia do negócio”, observa Fabia Ferreira, administradora da Fazenda Santa Vitória, meio de hospedagem localizado no município de Queluz, no interior de São Paulo. “No momento estamos utilizando produtos de parceiros locais, além de implantar o uso de dispensers para os amenities das acomodações e áreas comuns, um caminho para a redução de plástico”, destaca.
Fabia reforça ainda que, não somente os amenities de um hotel, mas a sua política de modo geral, deve conter valores que estejam alinhados a sustentabilidade. “Acredito que, a medida que mais empreendimentos adotarem boas práticas, outros vão seguir. ESG para a hotelaria é um conceito que está ganhando robustez. No entanto, acredito que a grande dificuldade esteja na Governança pois existem muitos empreendimentos de pequeno porte, e que não são de rede, em que esse assunto ainda é colocado como secundário. Os produtos veganos devem integrar sim as ações ESG”, finaliza.