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ADIT Invest debate alternativas de financiamento hoteleiro

O Diretor da APEX Brasil, Jayme Queiroz foi o moderador deste debate que contou terminou agora à pouco e contou com a participação de José Romeu Ferraz, Diretor da Develop Brasil, Marcos Vinicius Macedo Alves, Gerente do departamento de cultura, entretenimento e turismo do BNDES e Amílcar Mielmiczuk, Diretor de desenvolvimento da Vert Hotéis. Esta palestra fez parte da programação da 8ª edição do ADIT Invest – Encontro para Investimentos Imobiliários e Turísticos do Brasil – promovido pela ADIT Brasil — Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil. O evento que se encerra hoje no hotel Vitoria Concept, em Campinas (SP) conta com o apoio da Revista Hotéis e reúne vários líderes e profissionais de diversos setores, entre eles estão: da hotelaria, especialistas financeiros e de fundo de investimentos, consultores, incorporadores e experientes executivos dos setores imobiliário e turístico brasileiros.

 

Mielmiczuk iniciou o debate destacando que hoje as linhas de créditos disponíveis para a hotelaria provêm basicamente de recursos de investidores, fundos e bancos públicos, mas os privados também deveriam ter estas linhas de crédito.  “O grande motor para financiar a hotelaria hoje no Brasil é composta por investidores individuais. Mesmo não achando que o condohotel seja a melhor alternativa destes recursos, ele continua sendo o grande motor para alavancar o setor. Cerca de 50% dos novos contratos de hotéis que assinamos é nesta modalidade, mas continuo acreditando que o fundos, seja eles de pensão, privados ou mesmo imobiliários, são modelos mais eficientes, mas é necessário ter bons projetos para serem aprovados pelos fundos”, ressaltou Mielmiczuk.

 

Para Ferraz uma empresa que resolve abrir capital para conseguir fonte de recursos para desenvolver meios de hospedagens não adota a melhor solução. No seu ponto de vista, investimentos públicos para o setor é uma solução mais adequado, mas reclamou das garantias exigidas pelo BNDES que ao seu ver é o principal financiador da hotelaria nacional atualmente. “As garantias para um empreendimento urbano em 130% sobre o capital pleiteado pode ser uma solução viável para um hotel urbano, mas não para um resort. Este tem um papel mais amplo dentro do contexto local, pois fomenta a economia da região, a cultura e em alguns casos, a principal fonte geradora de emprego na região onde se encontra. Por isto, estas garantias são muitas vezes irreais e inviabilizam os resorts”, assegurou Ferraz que reclamou também da instabilidade em relação ás licenças ambientais. “Muitas vezes se consegue no órgão financiador um empréstimo, mas uma ação civil pública paralisa as obras gerando uma série de transtornos”.

 

Marcos Vinicius explicou que o BNDES é um banco que trabalha no ‘atacado’ com produtos adequados para cada porte de empresa. Como não possui agências e um número reduzido de colaboradores, a maioria das operações são analisadas pelos bancos conveniados que apresentam ao BNDES os projetos para análise em que ele não considera burocrático a aprovação, mas é um modelo de trabalho. “Temos uma ótica diferente de financiamento em relação ao mercado norte-americano. No Brasil tira-se uma espécie de fotografia do histórico e do empreender, mas se ele não possui este histórico, dificilmente terá este crédito. Só que muitos clientes não entendem este procedimento e acreditam que o fato de não ter conseguido o empréstimo foi em razão da exigência da garantia ou mesmo das taxas de juros altos. Recorrem muitas vezes a um determinado banco privado e conseguem, mas esquecem que este banco possui um histórico de anos de relacionamento que garante a operação. Já no mercado norte-americano não se olha o histórico de relacionamento do cliente, mas sim os números. Se o projeto vai gerar caixa suficiente para pagar o empréstimo ele é liberado”, revelou Marcos Vinicius.

 

Uma observação importante que ele fez é que o BNDES possui em outros setores as garantias recebíveis que facilita a liberação dos empréstimos para concessionárias de rodovias ou mesmo usinas hidrelétricas, mas que talvez um dia possa ser aplicada na hotelaria nacional. Em relação a liberação de recursos do BNDES via Procopa, ele considera um sucesso e explica porque. “Já teve 15 projetos hoteleiros contemplados com R$ 800 milhões contratados e R$ 600 milhões em carteira e existem mais R$ 600 milhões em recursos para analisar projetos, mas isto deverá ser feito até o dia 30 de junho, quando encerra o programa Procopa e acredito que não haverá prorrogação”, avalia Marcos Vinicius. 

 

Para Mielmiczuk o Procopa foi um grande estímulo do Governo para liberar recursos para fomentar o setor hoteleiro, mas deveriam ser criadas políticas permanentes de financiamentos, não somente visando a Copa do Mundo de 2014. “O processo de liberação destes recursos também deveria ser menos burocratizado e que o Governo entendesse que o turismo e hotelaria são grandes pilares para a economia e deveria ser mais incentivado”, conclui Mielmiczuk encerrando assim os debates deste painel.

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