12º ADIT Share traz as dores da propriedade compartilhada
Tema abriu a grade de palestra desse evento que acontece no Tauá Resort & Convention
Direto de Atibaia (SP) – O 12º ADIT Share, maior evento sobre Multipropriedade e Timeshare da América do Sul, abriu o segundo dia de palestras apresentando o tema “As dores do mercado de propriedade Compartilhada”. Participaram do painel, Francisco Costa Neto, Managing Partner da Beta Advisory; José Roberto, CEO do Mundo Planalto e Hard Rock Hotel Gramado; Danilo Samezima, CEO da Oceanic Empreendimentos, como moderador; e Diego Vailatti, CEO do Grupo Pedra da Ilha.
O debate girou em torno de qual é a dor do funding para quem está desenvolvendo um empreendimento de multipropriedade. Para José Roberto, a multiproriedade já é uma modalidade feita para funding. “Fazemos uma estrutura de capital baseado no equity. Pegamos um pedaço no produto e vendemos full ownership para a Hard Rock, por exemplo, para o Hard Rock Hotel Gramado, que lançamos em setembro do ano passado e já vendemos R$ 50 milhões desse produto. Sempre conversamos com o mercado financeiro, para se for o caso, ter uma estrutura de dívida. Temos o momento de estruturação comercial no funding e depois vem a obra. O ideal é ter um comercial que consiga bancar essa obra”, ele diz.
Para Diego Vailatti, “é um momento de cautela, temos um projeto pronto com 120 unidades, já nasce anexo ao nosso principal produto do Grupo Pedra da Ilha. Nossa cidade crescerá muito no mercado de segunda residência. E diria ainda que devemos ter cuidado, pois é possível até perder o negócio por uma má escolha”, alerta. “Hoje temos um produto no formato tradicional, temos 10% das unidades diferenciadas, o resto é padrão”, completa.
Francisco Costa Neto afirmou que o mundo mudou, os juros serão altos e o ideal para o financiador é contar com os especialistas. “Vamos ter um cenário pessimista para a multipropriedade, e a tendência é de empreendimentos de alto padrão. O funding vai continuar escasso. Nos EUA, por exemplo, há uma taxa de cancelamento de 22% numa carteira de porfólio, no Brasil deve girar em torno de 30%. Além disso, vale ressaltar três pontos, na multipropriedade, o desenvolvedor não conhece o negócio, a lei da incorporação é muito restrita, e não há outro produto para vender, o vendedor não se qualifica porque ele só vende um tipo de produto, o de multipropriedade”, salienta. Ele ainda comentou que o futuro da multipropriedade em midscale é pela conversão de pontos, para ajudar o cliente a flexibilizar o custo, gerando menos cancelamentos e mais satisfação”, conclui.
