Captação de funding é tema no 3º Multipropriedade Summit

Dando prosseguimento a programação do 3º Multipropriedade Summit, evento realizado pela revista Turismo Compartilhado, no Espaço Immensitá do Wyndham Garden Convention Nortel, em São Paulo, o painel “Quais os caminhos possíveis para acessar o mercado de capitais?”, encerrado há pouco, contou com a participação dos convidados: Caio Calfat, sócio-diretor da Caio Calfat Real Estate Consulting (como mediador); Diego Siqueira, founder da Trinus Co.; Lucas Tortelli, do GRI Club; e Bob Carline, da AFS Capital.

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Captação de funding é tema no 3º Multipropriedade Summit
Os painelistas mostraram muito conhecimento do tema debatido
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Para começar esse painel, Caio Calfat comentou a realização do ADIT Invest no dia anterior, no qual o tema também foi abordado, e quis saber de Diego como a Trinus Co vem lidando com a multipropriedade, já que não há ‘o tijolo’ como garantia de reposição. “Tive o prazer de conhecer a multipropriedade em 2015, quando fizemos nossa primeira operação no segmento. Aprendemos com os momentos desafiadores da pandemia e mais recente, como o da alta dos juros. O Banco Central reduziu juros da Taxa Selic, o que deve, gradativamente, refletir na confiança da economia e por consequência, um ambiente de mais velocidade de vendas, redução de inadimplências e outros. Dentro da multipropriedade existem características que podem servir de modelo para a indústria. O momento promissor não é imediato. É preciso criar fôlego para chegarmos ao segundo, terceiro trimestre do ano que vem. Quem conseguir, vai surfar a onda do aquecimento dessa economia, prevista para o ano que vem”, pontuou o executivo. “O mercado de capitais está evoluindo e esses eventos contribuem muito para essa evolução. Não adianta achar que o mercado de capitais vai te procurar. É preciso preparo, evolução em ESG, governança, como foi dito, entre outros para que, quando o cavalo passar, você montar e avançar junto”, complementou.

Captação de funding é tema no 3º Multipropriedade Summit
Caio Calfat:”Quem conseguir, vai surfar a onda do aquecimento dessa economia, prevista para o ano que vem”
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Calfat quis saber a seguir sobre a captação do investidor estrangeiro para o Brasil neste momento da economia. Lucas Tortelli compartilhou a sua visão sobre o tema: “Acho que o cenário antes era diferente do que vemos hoje. Tento ser otimista e não utópico. Temos visto no entanto, um apetite forte, o Brasil está despontado, com a avaliação cambial grande. Hoje os grandes investidores, inclusive alguns aqui hoje, estão acostumados com longo prazo. Sobre o mercado imobiliário, grandes players têm aportado e estão se abrasileirando. Tivemos um boom de multipropriedades neste mês. Isso demonstra um aquecimento da economia e isso é muito bacana. Falando ainda sobre investidores estrangeiros, eles têm um apetite especial por hotelaria. Muitos não estão na multipropriedade ‘ainda’. São players relevantes, com capital e apetite. Temos como missão desmistificar a multipropriedade, que consegue margens maiores e é um tipo de ativo que pode atrair o equity dessas empresas”.

Captação de funding é tema no 3º Multipropriedade Summit
Lucas Tortelli: “Temos visto no entanto, um apetite forte, o Brasil está despontado, com a avaliação cambial grande”
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Bob Carline falou sobre o espaço para a inovação dentro do setor de multipropriedade. “O investidor hoje compra uma tese de investimento. Se eu tenho um projeto bom, eu tenho dinheiro na mesa. Como é feita a distribuição é que é o diferencial. Temos de nos provocar e nos perguntar se nossos empreendimento possuem atrativos em relação aos demais. O que é mais importante para o investidor europeu? Uma pousada em Goiás ou um temático no Sul de Minas Gerais onde eu conecto a temática do café e do ESG. Se eu for olhar para o Sul da Bahia, onde eu tenho mais possibilidade de sucesso? Uma multipropriedade vendendo acesso a praia ou uma experiência imersiva no cacau?

Captação de funding é tema no 3º Multipropriedade Summit
Bob Carline: “Temos de nos provocar e nos perguntar se nossos empreendimento possuem atrativos em relação aos demais”
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Se vocês fizerem um espelhamento desse tipo de ambiente no mercado europeu, vocês vão constatar que esses são mercados muito mais fortes. Para que eu acesse um fundo como o Carlyle, eu tenho que repensar uma operação que não tinha nem cozinha, para uma em que eu tenha acesso as tomadas de decisão de forma clara e não quanto eu quero, mas qual o mínimo que eu preciso para inovar também.

Normalmente se fica muito preso ao financiamento bancário. O CRI tem taxa interessante? Ou uma estrutura de private equity onde eu abordo um número limite de investidores? Alguém já pensou em tokens dos empreendimentos? Pegar um terreno e fazer uma seção desse empreendimento, gerá-lo e fatiá-lo eletronicamente? A inovação portanto, nesse ambiente que temos, é em primeiro lugar o que eu estou fazendo de diferente em relação ao mercado, como eu me destaco. Não é simplesmente eu ter um terreno e imaginar um VGV, mas sim o que eu posso fazer para me tornar mais ‘sexy’ para as minhas fontes de investimento”.

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