Direto de Ouro Preto – O Consultor e Professor de pós graduação do Senac e PUC /MG, assim como Diretor da Gestour Hotéis, Marcelo Oliveira comandou o debate deste tema com Alice Rocha, Diretora do Águas de Santa Bárbara Resort, Gustavo Arrais, Diretor do hotel Cabeça de Boi, Tatiane Alves, Gerente da Pousada Solar do Rosário e Patrick Cardoso, Gerente do Sesc Estalagem Ouro Preto. Este debate faz parte da grade de programação do 10º Encontro Mineiro da Hotelaria que se encerra hoje no Centro de Artes e Convenções da UFOP — Universidade Federal de Ouro Preto. O evento é promovido pela FBHA — Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação e que tem a Revista Hotéis como Midia Oficial.
As soluções para garantir uma taxa de ocupação perene durante o ano inteiro nos hotéis de lazer foi o primeiro tema apresentado por Marcelo. Alice Rocha destacou que por seu resort se situar na região Norte de Minas Gerais, num destino pouco conhecido. A solução encontrada foi buscar eventos e a união de vários meios de hospedagens defendendo uma causa única. Vender o mesmo destino.
Tatiane Alves, Gerente da Pousada Solar, em Ouro Preto, disse que pela proximidade de Belo Horizonte e Nova Lima, foi criado pacotes voltados ao turismo romântico e utiliza tarifas flutuantes através do revenue management. “Temos um público muito diferenciado, principalmente de estrangeiros que são atraídos pelas OTA’s e isto garante taxa de ocupação perene durante toda a semana”, assegura Tatiana.
Para Patrick Cardoso, Gerente de hospedagem do Sesc Estalagem Ouro Preto, a ociosidade durante a semana é preocupante em Ouro Preto e uma das soluções é o turismo educacional onde eles buscam hospedar crianças. Um dos desafios apontados por ele é manter uma estrutura de lazer que prenda as crianças em atividades que satisfaça as necessidades. “Temos uma preocupação em oferecer atividades diferenciadas com o padrão de qualidade do Sesc que tem o DNA de lazer e isto tem contribuído para melhorar a taxa de ocupação durante o ano inteiro”, mencionou Cardoso.
Para Gustavo Arrais, Diretor do hotel Cabeça de Boi, em Monte Verde, garantir taxa de ocupação durante a semana na cidade é uma tarefa árdua e uma solução foi criar a bolsa de diárias. “Temos 197 hotéis e pousadas e quatro mil leitos em Monte Verde, mas a concorrência é muito grande. Para evitar uma guerra de diárias, adotamos um piso mínimo das diárias e nenhum meio de hospedagem coloca abaixo. Outra solução encontrada foi criar nosso próprio peixe urbano, mas sem a burocracia de compras coletivas. Começamos a expor Monte Verde também para o público estrangeiro. Estes fatores tem contribuído para melhorar a taxa de ocupação”, garante Arrais.
Como vender as diárias foi outro assunto debatido e para Tatiane, mesmo com as ferramentas tecnológicas disponíveis, como as OTA’s, nada substitui o “bater pasta”, ou seja, ir para rua visitar clientes. Patrick revelou que o público do Sesc Estalagem é diferenciado e visa os comerciários que são captados em ações diferenciados da hotelaria convencional. Gustavo garante que os hoteleiros de Monte Verde já sabem qual o final de semana que estará vazio. “Então reduzimos com vários meses de antecedência a diária, mas mantendo um piso para todos os meios de hospedagens, afim de evitar atritos. Em baixa temporada, o importante é que tenhamos fluxo de caixa para pagar água, luz, impostos e funcionários”. Já Alice Rocha explicou que seu resort faz um planejamento estratégico com bastante antecedência para atingir focos em vários públicos visando datas historicamente fracas. Contato com organizadores de grupos, como o de pessoas de terceira idade para ter um feedback sobre a hospedagem também é fundamental para avaliar nossos serviços.
