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Novos hotéis de Belo Horizonte ganham novo prazo para conclusão

Os hotéis que estão em construção na cidade de Belo Horizonte e que se beneficiaram dos incentivos da Lei Municipal 9.952 de 5 de julho de 2010, deveriam entrar em operação no mais tardar até o dia 30 de março de 2014, senão teriam que pagar uma pesada multa contratual que poderia sair mais cara do que a própria construção do empreendimento. Esta situação preocupava, tendo em vista que muitos dos empreendimentos não conseguiriam cumprir este prazo. Isto fez com que a Prefeitura de Belo Horizonte enviasse na semana passada para a Câmara Municipal de Vereadores uma emenda prorrogando o prazo para até o dia 15 de maio. O pedido trouxe alívio para quem está com as obras atrasadas e elas não são poucas.

 

De acordo com o mais recente levantamento de Maarten Van Sluys, da JR & MvS Consultores, deram entrada na prefeitura de Belo Horizonte 64 projetos hoteleiros para se beneficiarem da Lei 9.952. Ela previa que o CA – Coeficiente de Aproveitamento de área que ficava entre 0,5 e 3 passou a ser 5. Isso significa que em um terreno de 1 mil m², passou a ser possível construir até 5 mil m². “Este elevado número de projetos que ficaram apenas nas pranchetas e na cabeça de alguns donos de terrenos e construtores deve-se a uma somatória de fatores nitidamente observados. Muitos locais onde aventou-se a possibilidade de construir não tem a menor vocação ou qualificação para abrigar um hotel. Belo Horizonte ao contrário de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, onde poucos terrenos estão disponíveis, tem espaços vazios em sua topografia. Muito embora, vários destes tenham sido alvo de mera especulação no sentido de aprovar-se projetos hoteleiros (com fator construtivo favorável) para um dia em futuro não muito distante (a nova lei fala em 10 anos) estes empreendimentos serem transformados em moradias ou até mesmo salas comerciais. Outros por sua vez (donos de terrenos) foram levados a crer que estavam sentados sobre metros quadrados a peso de ouro (falou-se em até R$ 15 mil pelo m2…). Obviamente que imaturidade do mercado diante de falaciosa especulação levou a setor de aprovação de novos projetos uma infinidade de novos projetos inviáveis para aprovação. O setor especificamente criado para atender esta demanda se viu em atropelos”, destacou Van Sluys.

 

Segundo ele, hoje existe uma clara divisão entre os projetos viáveis e aqueles que nunca poderiam se materializar e pela nitida dificuldade em se obter investidores para os projetos duvidosos. “O que se viu no mercado foram os maus projetos (que ajudaram a elevar o anunciado número de novos quartos de hotel). Isto atrapalhou as vendas e a captação dos recursos para os excelentes projetos chancelados por construtoras renomadas, em ótimas localizações e parceiras de operadores hoteleiros de envergadura como as redes internacionais que sem duvida irão “mudar a cara” da defasada hotelaria de Belo Horizonte. Uma hotelaria notoriamente familiar e sem re-investimentos em infraestrura (salvo rarisimas exceções) e ainda menos quando falamos em investimentos (treinamentos, qualificação e valorização) dos profisisonais que neles atuam”, conclui Van Sluys.

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