Entrevista

Hotéis Othon reforça crescimento focando na expansão e parcerias

A rede de Hotéis Othon administra 20 Hotéis, no Brasil e no exterior, entre as unidades próprias são oito, administrados e associados. No próximo ano pretende colocar em operação uma unidade em Araraquara (SP), interior de São Paulo para onde deverá centrar esforços na expansão nos próximos anos.

Com vistas para a Copa do Mundo, a Othon está modernizando as unidades baseadas em Salvador (BA) e em Belo Horizonte (MG), para trazer mais conforto e qualidade aos exigentes hóspedes que chegarão no Brasil nos próximos anos.
Na direção da Rede, desde 2007, está o executivo Fernando Charbet (foto), que nesta entrevista exclusiva, faz um balanço do mercado de investimentos na hotelaria nacional. Além de destacar promissores nichos de mercado para o setor, como o interior paulista, a capital do estado e o Sul do País.  Outro assunto de destaque nesta entrevista é a parceria estratégica e fudamental com a Worldhotels, que permitiu a Othon ter uma presença marcante nos principais mercados emissores do mundo. Com isto, houve um aumento no volume de reservas internacionais e da diária média, e desta forma, fazendo crescer exponencialmente as receitas da Othon.

Charbet revela também com exclusividade que a Othon pretende fechar 2012 com uma receita operacional 17% acima de 2011, e um lucro operacional 20% acima ao do mesmo ano.

Revista Hotéis — Antes de chegar a rede Othon você já acumulava muita experiência na hotelaria internacional, já tendo trabalhado inclusive na rede francesa Le Méridien. O que esta experiência internacional contribuiu para traçar o novo modelo de gestão que a Othon passou a adotar com sua chegada em 2007 ao cargo de Diretor superintendente?

Fernando Chabert — A rede Othon sempre foi  a mais conceituada e admirada rede hoteleira nacional, tendo por muitos anos competido em igualdade de condições com as diversas redes multinacionais implantadas no nosso país. Com as sucessivas crises que a hotelaria Brasileira atravessou durante vários anos, principalmente no Rio de Janeiro, foi-se desatualizando do ponto de vista de gestão e tecnologia, mantendo entretanto uma boa imagem de qualidade na prestação de serviços. Com base na minha experiência internacional, definimos um programa de renovação dos modelos de gestão, substituição dos gestores em posições chave da organização, e atualização tecnológica, o que rapidamente trouxe de volta os bons resultados.
 
Revista Hotéis —  Qual o balanço que você faz desta gestão profissional da hotéis Othon em que você está no comando da Rede?

Fernando Chabert — Hoje a Rede encontra-se no mesmo nível tecnológico, operacional e de gestão das melhores empresas nacionais e internacionais, o que permitiu a consolidação do crescimento de seus resultados, que têm melhorado de forma significativa todos os anos. O crescimento do EBITDA desde a minha chegada em 2007 até à previsão para 2012, foi superior a 400%!
 
Revista Hotéis —  A Othon firmou uma parceria estratégica com a Worldhotels em 2010 e a expectativa de vocês era que isto fosse contribuir para o crescimento de 20% na comercialização global.  Qual o balanço que você faz hoje desta parceria? Os objetivos foram alcançados e quais os benefícios esta parceria trouxe?

Fernando Chabert — Os Hotéis Othon necessitava de um sistema de distribuição, e presença no mercado global, que lhe permitisse competir com os poderosos sistemas das empresas multinacionais, obtendo as mesmas condições de Cliente Preferencial em relação aos grandes Consórcios mundiais, e em relação à captação de reservas eletrônicas. Com a adesão à WorldHotels conseguimos não somente esse objetivo, mas também ter uma presença marcante nos principais mercados emissores do mundo. Aumentamos com esta parceria não somente o volume de reservas internacionais, mas principalmente a sua diária média, desta forma fazendo crescer exponencialmente as nossas receitas.
 
 Revista Hotéis —  Como se encontra os investimentos em modernização das unidades da rede Othon? Isto de alguma maneira impacta na taxa de ocupação, tendo em vista que o hóspede hoje em dia é muito exigente em sua escolha?

Fernando Chabert — Após a reforma do Leme Palace Hotel em 2007, encetamos a reforma do Rio Othon Palace, nosso carro chefe, unidade que representa 40% dos nossos resultados, reforma essa que estará terminando no decorrer de 2013. Iniciamos também as reformas dos apartamentos do Bahia Othon Palace e Belo Horizonte Othon Palace, que ficarão prontas para o período da Copa do Mundo de 2014.
 
Revista Hotéis — Quantas unidades hoteleiras a Othon administra atualmente e destas, quais são as de recursos próprios?

Fernando Chabert — Atualmente Hotéis Othon administra 20 Hotéis, no Brasil e no exterior, entre Hotéis próprios (8), administrados e associados.

Revista Hotéis — O fato da Othon possuir recursos próprios investidos na hotelaria de alguma maneira contribui para captar novos empreendimentos a serem administrados? Como você analisa esta questão, tendo em vista que a maioria das redes hoteleiras que administram recursos de terceiros no Brasil não possuem recursos próprios no setor.

Fernando Chabert — Justamente a nossa ideia, e objetivo, é de transformar a Rede Othon de uma Rede proprietária de Hotéis em uma Rede de gestão de Hotéis, de terceiros, já que temos a equipe, e portanto o know how para desenvolvermos este projeto. Penso que a experiência em administrarmos com sucesso nossos próprios Hotéis será um atrativo para atrairmos investidores que pretendam que administremos suas unidades com a filosofia e o rigor de “proprietário”.

Revista Hotéis —  A Othon pretende aportar recursos próprios em novos hotéis? O modelo de administração de empreendimentos de terceiros será a alavanca de crescimento nos próximos anos ou pretendem adotar outros modelos, como por exemplo, franquia das marcas?

Fernando Chabert — Efetivamente a nossa Rede não vislumbra aportar recursos próprios em novos Hotéis, preferindo formar alianças estratégicas com investidores para novos projetos. Essa será sem dúvida a fórmula do nosso crescimento nos próximos anos.
 
Revista Hotéis —  Como se encontra o processo de internacionalização da marca Othon? Quais os empreendimentos possuem no exterior e as perspectivas de crescimentos nos próximos anos?

Fernando Chabert — Nossa principal localização no exterior são os Hotéis em Portugal, com um total de quatro unidades. Temos ainda parceria com Worldhotels, Voilá e Ideas, que são parcerias de âmbito Global.
 
Revista Hotéis —  A Othon deverá inaugurar em 2013 uma unidade em Araraquara, no Interior paulista, onde já possui mais três unidades. O Interior paulista deverá ser o foco de expansão da Othon nos próximos anos ou vocês também devem focar outros nichos de mercado, como por exemplo, na Região Sul do Brasil, onde ainda não atuam?

Fernando Chabert — O interior paulista foi definido como região de desenvolvimento prioritário pelo seu potencial, e pela visibilidade que traria para a nossa marca num dos principais mercados emissores do Brasil. Entretanto temos objetivos de crescimento para a capital do estado, e para o Sul do país também.
 
 Revista Hotéis —  Como você está analisando o atual momento da hotelaria nacional? O momento é de investir em razão do aquecimento do setor e das oportunidades ou você acredita que podemos ter uma superoferta no mercado?

Fernando Chabert — O atual momento da Hotelaria nacional é complexo, na medida em que existem mercados como o Rio de Janeiro e São Paulo que estão bastante aquecidos, e mercados como Salvador e Belo Horizonte que vêm demonstrando um declínio preocupante. Nos casos destas cidades, já existe uma oferta maior que a demanda, que se agravará com a abertura prevista de novas unidades a curto para médio prazo.
 
Revista Hotéis— A Othon teve uma performance muito boa neste primeiro semestre de 2012 com o aumento da receita operacional bruta, assim como a diária média e a taxa de ocupação. Como se explica estes resultados e qual é a expectativa de fechar os resultados neste ano?

Fernando Chabert — É verdade, devido aos fatos explicados anteriormente. Em 2012 devemos fechar com uma receita operacional 17% acima de 2011, e um lucro operacional 20% acima daquele ano.

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