Mercado

Ocupação média de hotéis no Brasil cai pelo segundo ano consecutivo

A ocupação média hoteleira sofreu uma redução de 3%, queda que ocorre pelo segundo ano consecutivo, segundo dados apresentados pelo Panorama da Hotelaria Brasileira (Foto), publicação anual da HVS e da HotelInvest. Em 2013, houve uma forte desaceleração no reajuste das diárias médias, que caíram 0,5%. Como consequência, a receita por apartamento disponível (RevPAR, índice que mede a rentabilidade dos hotéis) caiu 3,5%.
Em 2012, o Panorama já havia registrado uma redução na taxa de ocupação (-4,1%), mas naquele ano ainda houve espaço para os hoteleiros aumentarem as tarifas (7,7%), o que manteve a variação do RevPAR positiva (3,5%). Porém, no ano passado, os hoteleiros não conseguiram subir os preços e foi observada a primeira queda de receita dos hotéis nos últimos anos. A pressão sobre o aumento dos custos se manteve, especialmente da folha salarial, o que fez com que, em alguns casos, ativos hoteleiros perdessem valor de mercado.
Apesar do baixo crescimento econômico nos últimos anos, que tem afetado negativamente a demanda por hotéis, o Panorama mostra que as taxas de ocupação nos principais mercados permanecem em patamares ainda saudáveis, com índices acima de 63%. Essas taxas garantem um lucro operacional atrativo.
Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest e managing-director da HVS South America afirmou que “em 2014 as condições do mercado permanecem desafiadoras, pois a economia continua andando em um ritmo modesto. Porém, as perspectivas para o setor hoteleiro nos próximos anos são bastante positivas, pois haverá crescimento da demanda, aumento nas taxas de ocupação e recomposição das tarifas. O aumento na oferta de quartos também deve desacelerar, diminuindo a pressão sobre as taxas de ocupação e na rentabilidade dos empreendimentos”.
O ritmo de recuperação vai depender das características de cada mercado. Na cidade de São Paulo não há previsão de grandes inaugurações de hotéis, o que favorece o aumento mais acelerado das taxas de ocupação, diárias médias e RevPAR. No Rio de Janeiro, os novos empreendimentos que estão sendo construídos no Centro e na Zona Sul devem ser absorvidos pelo crescimento na demanda, que deve permanecer em níveis altos. Vale ressaltar que a Barra da Tijuca tem uma dinâmica distinta das outras regiões da cidade, com risco de superoferta de quartos.
A pesquisa ‘Panorama da Hotelaria Brasileira’ na íntegra pode ser acessada no endereço eletrônico http://www.hotelinvest.com.br/panorama/20132014.

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