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Nonius realiza 2ª edição do Seminário de Guest Technology em São Paulo

Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 31 de julho, a 2ª edição do Seminário de Guest Technology da Nonius, empresa portuguesa especializada em tecnologia para a indústria de hospitalidade com forte atuação no Brasil. O evento foi dividido em quatro painéis, apresentados por Leonel Domingues, CTO e fundador da companhia.

A primeira apresentação ficou a cargo de Hudson Nunes, Gerente de desenvolvimento da Totvs, que explicou como a tecnologia pode contribuir para a personalização da experiência do hóspede.

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Segundo Hudson, antes da transformação digital, o hóspede era apenas “mais um”, e agora, cada hóspede é “único”. “As pessoas estão cada vez mais em busca de experiências. A geração Y, os milennials, todos estão em busca de novas experiências e cada um busca por algo diferente. O quarto se tornou um commoditie nesse processo. Vejamos por exemplo, o case da Kopenhagen: a empresa não vende apenas o chocolate e sim a experiência, isso motiva o consumidor mais do que o preço em si”, observou Nunes.

O executivo citou antigos hábitos que mudaram com o avanço da tecnologia e seu impacto nos serviços. “Era comum ver uma pessoa se posicionando na lateral de uma rua e acenando para um táxi. Hoje isso mudou, você sai de uma reunião já solicitando um carro e sabendo em quanto tempo ele vai chegar, o modelo, o nome do motorista e sua posição no ranking de avaliações. Hoje o Uber é um desafio para os taxistas porque trouxe experiência ao serviço. Na hotelaria, o desafio é o mesmo. Hoje, temos mais dispositivos móveis do que pessoas. 25% das reservas globais são efetuadas via app e esse número deve crescer ainda mais. O uso do chatbot cresceu e se consolidou no mercado. Estudos comprovaram que existem mais smartphones do que escovas de dentes no mundo”, afirmou.

Para Nunes, os hotéis devem pensar em ações e práticas inovadoras como academias dentro dos quartos e outros exemplos de experiências. O executivo mostrou em sua apresentação, cases como o The Doghouse Brewery, em Ohio, nos Estados Unidos, que possui 32 apartamentos equipados com chopeiras e frigobar próximos do chuveiro (!). “Esse empreendimento produz a própria cerveja. O universo cervejeiro está presente desde a recepção até as áreas comuns da unidade. Isso é inovação”, observou o executivo.

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Dados trazidos pelo palestrante mostram que 52% dos hoteleiros querem investir em novas tecnologias; 78% dos hoteleiros acreditam que a chave do sucesso é a priorização da experiência do hóspede; mais de 92% dos viajantes utilizam algum recurso digital durante a sua jornada de viagem; e gastos com acomodação devem crescer US$ 5,6 trilhão em 2018 para US$ 6,7 trilhão em 2025.

Hudson Nunes, da TOTVS (Foto: Hugo Okada)

Hudson Nunes finalizou a sua apresentação reafirmando a consolidação da realidade aumentada e realidade virtual dentro do segmento de hospitalidade e viagens. “A tomada de decisão por meio do uso desses recursos se tornará mais assertiva. A internet das coisas também é um desafio que está próximo de ser vencido com o 5G, que permitirá a informação ser distribuída com maior velocidade e em alta escala. A inteligência artificial, que também já faz parte do nosso dia a dia também deve crescer ainda mais”, ressaltou.

A Totvs está lançando um novo produto, o THEx PMS, que permite, por meio de uma estrutura única, a criação e manutenção de acordos comerciais, possibilitando a automatização da estratégia tarifária de acordo com a ocupação. Por meio do calendário de tarifas, o gestor analisa o desempenho do hotel e faz uma estratégia alinhada com o resultado.

Além disso, um novo sistema de PDV está sendo desenvolvido com lançamento previsto para a próxima edição da Equipotel, em São Paulo.

O segundo palestrante foi Thiago Almeida, engenheiro da Ruckus, empresa que comercializa equipamentos e software de rede com e sem fio, com sede em Sunnyvale, Califórnia, nos Estados Unidos. A companhia oferece Wi-Fi, comutação, nuvem e produtos de software para operadoras móveis, provedores de serviços de banda larga e empresas corporativas. Almeida explicou o posicionamento da empresa na indústria hoteleira. “Entendemos como sendo elementos de maior importância para os hotéis, a melhor experiência do hóspede e a estrutura de acesso de internet de alta velocidade. A primeira coisa que se faz ao entrar em um quarto de hotel é conectar-se. Junto com a rede, provemos outros serviços tecnológicos como IPTV, Voip e aplicações de negócios, como sistema de PMS, segurança e frente de recepção”, detalhou o engenheiro.

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De acordo com Thiago, a importância do Wi-Fi 6 – a nova geração do Wi-Fi – reside na possibilidade de um melhor desempenho dos dispositivos móveis e dos serviços de entretenimento que o hóspede encontrará no quarto. “Hoje, em serviços de streaming como o YouTube já existem vídeos que são exibidos em 4k. Isso demanda uma banda maior, e o Wi-Fi 6 é ideal para o melhor desempenho. Na Ruckus somos pioneiros em pacotes sem fio, facilidade de montagem de redes, cabeáveis e wireless, e Wi-Fi de menor custo de conexão. Menos pontos de acessos, menos cabos, menos portas, com o mesmo sinal de qualidade e custo diferenciado”, afirmou.

A Ruckus desenvolveu uma linha de produtos, que segundo o engenheiro, é adequada para a hotelaria, que, de acordo ainda com suas palavras é “um mercado dinâmico e que demanda tecnologia”.

A linha de pontos de acesso da Ruckus vai do mais simples ao mais complexo: “Hoje nós temos a CLH, voltada para o hospitality, e temos os pontos de acessos tradicionais indoor e outdoor. Do ponto de vista de gerenciamento, tínhamos um equipamento capaz de suportar um grande número de usuários. Hoje temos o mesmo sistema, só que centralizado, que mesmo com a queda das gerências, continua operando. Isso traz uma robustez e uma flexibilidade muito grande para a hotelaria”, explicou Thiago.

Victor Netto, da Boingo Media (Foto: Hugo Okada)

O evento prosseguiu com a apresentação de Victor Netto, Digital Sales da Boingo Media. Sua apresentação foi norteada por dicas de monetização de rede Wi-Fi. A Boingo oferece planos de Wi-Fi ilimitado a partir de US$ 12 por mês, com mais de um milhão de hot spots espalhados pelo mundo. “Não é fácil oferecer um serviço de alta qualidade que agrade ao passageiro e não viole políticas de aeroporto e legislações de segurança do usuário e, principalmente, não abale o conforto do passageiro e do aeroporto, do contrário o negócio não faz sentido”, disse Victor na sua introdução.

A Boingo é exclusiva no Aeroporto de Guarulhos e em outros terminais da Infraero. Também está presente em aeroportos de diversos destinos importantes do mundo. “Nossa conversa com a Nonius girou em torno da melhor forma de levar nossas soluções para os hóspedes, mantendo-os felizes e gerando rentabilidade para os empreendimentos”, explicou.

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Netto reiterou a importância do Wi-Fi para o viajante: “Free Wi-Fi em troca de assistir um anúncio? Sim, por favor. De acordo com estudo que fizemos, 78% das pessoas ouvidas em aeroportos não se importam de assistir um anúncio enquanto aguardam o voo em troca de Wi-Fi gratuito. O cliente entende essa transação como troca de valor. Entendemos que hóspedes de hotéis são um público premium para as empresas, porque estão em um ambiente e contexto favorável para o engajamento do seu target de forma garantida”, explicou o especialista.

A Boingo, de acordo com o executivo, é hoje a maior rede de Wi-Fi do mundo: “A receita de anúncios ajuda a garantir o custo do fornecimento do Wi-Fi gratuito. Para as marcas, a empresa garante engajamento com audiência de mobile ‘altamente desejável’. Entre os hóspedes, o Wi-Fi é uma comodidade popular e desejada entre os consumidores. O que a Boingo propõe é a ligação dos pontos entre os elementos”.

Netto encerrou a sua participação mostrando cases de campanhas veiculadas em hotéis nos Estados Unidos. “Nos EUA, os hotéis investem muito em campanhas de awareness e publicidade. Aqui no Brasil, os hotéis parecem ter uma mentalidade diferente, como se acreditassem que todos os viajantes de passagem pelos aeroportos já tivessem reservas efetuadas ou soubessem onde ficar”, finalizou.

Mauricio Reis, responsável pela “tropicalização dos produtos” da Nonius, tomou a palavra para a última apresentação do dia, denominada “Wi-Fi na Transformação digital do seu Hotel”, que foi dividida em dois momentos, sendo que no primeiro, Reis elencou os principais desafios encontrados pela companhia. “O primeiro desafio é a perda do controle das reservas. Hoje, 68,3% dos clientes acham que as OTA´s têm os melhores preços, para 12,7% que acreditam que a melhor forma de reservar um quarto é por meio dos canais diretos. Isso acontece porque as OTA´s têm campanhas mais assertivas”, opina Mauricio.

O segundo desafio a ser superado, segundo o executivo é alcançar o menor ciclo de investimento. “O hóspede hoje é faminto por tecnologia, e a tecnologia para eles, está alinhada a menores custos”, explicou. Para ele, o terceiro desafio é a rápida mudança no mundo. “Hoje, 72% dos viajantes millenials desejam ‘uma viagem dos sonhos’ e 56% postaram fotos de suas experiências no Instagram. Isso pressiona às redes hoteleiras a se adequarem as novas tendências”, afirmou.

Para superar esses desafios, de acordo com o executivo, é preciso conhecer o seu hóspede por meio de investimentos mais assertivos e eficientes, reduzindo custos, eliminando desperdícios e criando campanhas que se adequem ao perfil de hóspede de cada empreendimento.

Mauricio Reis (Foto: Hugo Okada)

Assim como os palestrantes que antecederam sua apresentação, Mauricio Reis também afirmou que hoje, o hóspede é 100% digital. “Nos próximos anos, o tráfego de internet deve dobrar. O smartphone será o dispositivo mais utilizado para o acesso. Hoje, os vídeos são responsáveis por dois terços do tráfego global. A pergunta que devemos fazer é: os hotéis estão preparados?”, indagou.

A seguir, Reis apresentou o Nonius Cast, novo produto da companhia, que, segundo ele, ajuda os hotéis a gerar aumento de receitas e promover o crescimento do nível de satisfação do hóspede. Outros meios de rentabilização do hotel, de acordo com o executivo, residem no segmento de eventos, com monitoramento real time, criação de redes Wi-Fi dedicadas, alocação de largura de banda e instalação de alarmes. A monetização da rede Wi-Fi também foi mencionada pelo especialista da Nonius, que citou como práticas mais assertivas, a criação de campanhas e a captação de anunciantes. “O Wi-Fi tem de sair do papel passivo e começar a ser utilizado para coleta de dados não só dos hóspedes, mas de visitantes a fim de ajudar o empreendimento na elaboração de estratégias que resultarão no melhor desempenho do empreendimento não apenas em média de ocupação mas em posicionamento nos sites de busca”, finalizou.

A Lei Geral de Dados – que entra em vigor neste ano e que prevê a utilização dos dados pessoais do hóspede somente com sua autorização (que pode ser revogada no momento em que ele desejar) também foi mencionada pelo profissional, que confirmou o preparo da Nonius no atendimento da nova legislação.

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