Meios alternativos de hospedagem é debatido no IMOBTUR 2022
A programação vespertina do IMOBTUR 2022 promovido pela ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil, realizado na Amcham Business Center, em São Paulo aborda o surgimento e a força dos meios alternativos de hospedagem, com a presença de Danny Spiewak, COO – Housi; Rony Stefano, CEO – Audaar e Diretor Financeiro da ADIT Brasil; Ernesto Luiz Otero, Sócio-fundador e CEO – Lobie com mediação de Rodrigo Bicalho, coordenador Geral e professor do curso de Especialização em Direito Imobiliário Empresarial do SECOVI-SP e sócio – Bicalho ADV.
A Housi, startup tech com objetivo de inovar o mercado de moradia, é um spin-off da Vitacon, segundo Spiewak que atuou como COO da Vitacon por sete anos. “A característica do local onde o empreendimento está inserido que vai determinar o tipo de hóspede. Queremos otimizar a rentabilidade do investidor, mas queremos maximizar a experiência do hóspede, oferecendo uma gama de serviços para o morador tornando a vida dele mais divertida e cheia de oportunidades. Os serviços mais utilizados são lavanderia, opções de transporte e todo tipo de consumo como supermercado, vending machines, bebidas e comidas.
Ernesto da Lobie, empresa de tecnologia que possui expertise para gestão de alugueis por temporada e nasceu para atender as necessidades dos proprietários de condo hotéis no Rio de Janeiro, fala sobre o perfil da empresa. “Estamos focados em trazer rentabilidade para o investidor, desenvolvemos algoritmos que definem a melhor forma de cobrança, seja mensalista ou diária. Existe demanda para moradia por assinatura”.
Rony é CEO da Sanctuary Properties, que controla e investe em diversas empresas de Real Estate e tecnologia como a Audaar, que desenvolveu uma solução completa para quem é administrador de imóvel de temporada e empresa líder do setor de Short Term Rental no Brasil. “Você pode ter uma localização que demanda locação de longo prazo, mas também tem a locação de curto prazo e é necessário ter tecnologia adequada para operar toda essa demanda”.
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Tipos de investidores
A Housi tem investidores de todos os tipos desde os que estão adquirindo sua primeira propriedade até investidores internacionais, segundo Spiewak, já a Lobie começou visitando as assembleias de condo hotéis existentes que davam prejuízo e investindo nos empreendimentos para ter retorno. Rony explica que é necessário entender o que o cliente necessita, porque não vale a pena investir em soluções ou “cortesias” que já não fazem mais sentido. “Não vale a pena ter estacionamento se o cliente não tem carro, ou ter a operação de um serviço que não gera lucro, porque esse valor vai ser descontado da rentabilidade do investidor”.
Custos, remuneração e potencial de crescimento
No geral todas as empresas cobram taxas tradicionais que variam de 10% a 20% em média, taxa de administração, além de custos de limpeza e manutenção. Mas também é preciso fazer alguns investimentos, no mobiliário, tecnologia, segurança, amenities e enxoval, para ter um padrão. Spiewak acredita que o modelo veio para ficar, tem uma dinâmica muito grande em cidades como São Paulo e está se expandindo. “Temos uma população jovem, que casa mais tarde, tem menos filhos, procuram meios alternativos de moradia, de baixa metragem, então acho que o mercado ainda tem muito para crescer no Brasil”, avalia Ernesto.
