Fórum de desenvolvedores foi um dos destaques da Conferência da Interval

A 3ª Conferência Internacional de Investimento em Propriedade Compartilhada da Interval International, realizada nesta quarta-feira, dia 7 de agosto, no hotel Pullman São Paulo Vila Olímpia, reuniu empresários que atuam no cenário da propriedade fracionada no País, que participaram de uma conversa sobre as estratégias que os mantêm em constante desenvolvimento.

A moderação foi de Fernando Martinelli, Diretor executivo de novos negócios da Interval International e a mesa foi composta por: Roberto Rotter, Desenvolvedor da Plaza Hotéis & Resorts; Jimmy Nogueira, Desenvolvedor do Five Senses Resort; e Marcos Dantas Caldas, Desenvolvedor no Grupo Hospedar. Martinelli agradeceu a participação dos convidados e quis saber quais foram as maiores motivações para a entrada no negócio de timeshare e os desafios dessa jornada.

Marcos Dantas disse que entrou no segmento pela novidade e pelas oportunidades que a modalidade apresentou. “Tivemos algumas brechas de atendimento, mas o grande desafio é manter a carteira nos níveis ponderáveis de inadimplência”. Para Jimmy Nogueira, a motivação foi a própria localização do empreendimento, no Tocantins, próximo ao Jalapão. “No imobiliário temos uma história de sucesso. Lançamos um empreendimento e o vendemos. Eram quatro apartamentos em cada um dos vinte pavimentos. Outro de 480 apartamentos, vendemos em 180 dias. O principal desafio é ser empreendedor nesse País. Ideia e vocação todo mundo têm. O que nos motiva é querer fazer o novo. Isso é o que dá certo, e nesse caminho contamos com grandes parceiros como a Live Better, a Rede Plaza e a Interval”, contou.

Rotter afirmou que: “O primeiro desafio era aceitar o modelo de negócio. Só ouvíamos coisas ruins sobre o Timeshare. Tínhamos receio desse termo. O desafio inicial era fazer as pessoas entender essa indústria. Fazer essa interpretação interna, entender as necessidades dos hóspedes do Timeshare foi um desafio. Nós investimos muito no pós-venda, que é a fidelização do cliente. Retenção de clientes é importante. Nos primeiros dois anos nossa taxa de inadimplência era ínfima. Nos anos seguintes, com a crise, chegamos a 35%, mas hoje está entre 14% e 17%”.

O mediador então abordou a questão da operação, e pediu aos convidados que esclarecessem as diferenças entre os dois perfis de hóspedes. “A principal missão é se aproximar e entender o cliente. Já tivemos ação de congelamento de contratos até que eles se recompusessem financeiramente, em caso de inadimplência. Fizemos outra campanha que fez muito sucesso, que desonerava o multiproprietário das taxas no mês de seu aniversário”, explicou Caldas.

Nogueira compartilhou cases nos quais estudos prévios de viabilidade são importantes. Já Rotter explicou que na multipropriedade, o cliente se sente “dono” de uma certa forma daquela unidade. “Entendemos que todo mundo, qualquer um pode ser adquirente de um programa de férias. Hoje, a tecnologia proporciona informação na palma da mão do cliente, eles nos conhecem mais do que imaginamos. A tendência é pesquisar gostos pessoais e agregar valor a sua estada no empreendimento. Para perfis mais jovens, a grande tendência é o leque de entretenimento. Hoje estamos trabalhando em um empreendimento na Barra da Tijuca que por si não oferece atração, mas se você olhar o entorno, percebe o valor em entretenimento. São bons restaurantes, boa academia, entre outros. Falando das salas queremos mantê-las pequenas, com bom atendimento”, disse o gestor, ressaltando que a Rede Plaza já conta com sete empreendimentos em multipropriedade.

A Revista Hotéis é mídia oficial do evento.