Para comprovar se a tarifa hoteleira no Brasil está mais cara do que no exterior, conforme afirmou a PPH — Pesquisa de Preço da Hotelaria feita pela EMBRATUR, o FOHB — Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil resolveu encomendar uma pesquisa independente para analisar. Coube à ABG Consultoria Estatística, criada em 2008 por um grupo de estatísticos com formação na Universidade Federal de Minas Gerais, uma análise detalhada da PPH feita pela EMBRATUR, cujas coleta e divulgação dos resultados vêm sendo realizadas pela entidade desde fevereiro deste ano.
A análise dos dados compilados pela autarquia concluiu que o Índice de Tarifa Média calculado pela PPH se aproxima da tarifa média real em cada cidade. Porém, a afirmação de que a hotelaria brasileira está mais cara que a internacional não está correta. De maneira geral, o Índice de Tarifa Média Brasil está abaixo do Índice de Tarifa Média Exterior, como mostram os gráficos na galeria de imagem abaixo.
O estudo aponta ainda que a metodologia utilizada pela PPH é adequada, desde que a proporção estimada de hotéis por categoria seja próxima do real em cada cidade. Melhor seria, entretanto, um estudo que abrangesse todo o universo da hotelaria em cada cidade e que o cálculo considerasse a quantidade de UHs (Unidades Habitacionais, ou apartamentos), o que refletiria melhor a realidade da oferta hoteleira nas praças. Como o estudo se baseia em uma amostra, seria importante apresentar também a margem de erro amostral, o que a Embratur não fez.
Para Roberto Rotter, Presidente do FOHB, essa análise independente vem confirmar o posicionamento da hotelaria brasileira de praticar tarifas justas, de acordo com a realidade do mercado, baseadas na oferta e na demanda. “Com essa análise pudemos confirmar que a tarifa média no Brasil não está mais cara que no exterior. E o FOHB segue, como sempre, à disposição para prestar esclarecimentos ao poder público e à sociedade”, destaca o executivo.
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