Entrevista

Entrevista com Roberto Rotter o novo diretor da hotéis Vila Rica

O executivo Roberto Rotter, que é o atual Presidente do FOHB — Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, acaba de ser contratado pelo Grupo Serson para ser o administrador da nova divisão da rede de hotéis Vila Rica que passará a administrar hotéis de terceiros e a investir em hotéis multimarcas. Rotter traz consigo muito experiência no segmento hoteleiro, pois ocupou por mais de uma década o comando da implantação de hotéis do grupo Pestana no Brasil e América Latina.

 

A nova divisão do Grupo Serson já nasce com uma experiência de 40 anos de mercado e a expectativa de Rotter é construir uma carteira de operações de 35 hotéis em um período de cinco anos. Confira com exclusividade esta entrevista com o novo comandante da hotéis Vila Rica.

Revista Hotéis — O que o motivou a aceitar o convite para trabalhar na rede de hotéis Vila Rica?

Roberto Rotter — Um dos principais fatores que me motivaram a aceitar este convite, foi o desafio de poder acrescentar valor a uma rede nacional como a Vila Rica, aproveitar a expertise de ambos para o crescimento futuro, além do relacionamento pessoal com o Julio Serson.

Revista Hotéis — O que traz de bagagem profissional para enfrentar os desafios deste novo cargo?

Roberto Rotter — Meu trabalho realizado ao longo da minha trajetoria, e ultimamente no Grupo Pestana, como ampliação e fortalecimento da marca na América do Sul, certamente, servem de base para o trabalho que pretendo realizar. E é uma satisfação muito grande para mim, trabalhar com este Grupo, principalmente por se tratar de uma companhia brasileira e de um grande amigo e parceiro do setor.

Revista Hotéis — Como pretende desenvolver esta nova divisão da hotéis Vila Rica de operar hotéis de terceiros e multimarcas internacionais?

Roberto Rotter — Esta nova divisão tem como foco principal a operação, a administração e o desenvolvimento de novos empreendimentos hoteleiros. O novo negócio nasce da necessidade que os investidores têm de aplicar seus recursos em uma operação que ofereça expertise, retorno e solidez de mercado. A partir disso, vamos buscar as boas oportunidades de negócios, nacionais ou internacionais, que necessitam deste norteamento.

Revista Hotéis — O mercado hoteleiro é bastante competitivo e a entrada de uma nova administradora sempre agita o setor. O que difere a hotéis Vila Rica das demais operadoras e o que os investidores podem esperar?

Roberto Rotter — A Administradora Vila Rica tem o diferencial do know-how. Minha experiência com os mercados nacional e internacional, aliada à expertise do Júlio, vai servir de base e segurança para os novos investimentos. Além disso, temos como maior vantagem competitiva de mercado o sólido patrimônio dos Hotéis Vila Rica, o que transmite maior confiança ao cliente e investidor. Não estamos partindo do zero, já nascemos com a experiência de 40 anos. Por isso, temos a liberdade de diversificar nossos serviços, oferecendo operação (apart-hotéis, flats, condo-hotéis, etc); análise detalhada de empreendimentos já constituídos ou em fase de desenvolvimento, com o objetivo de direcionar e dar todo suporte necessário aos investidores na escolha das melhores e mais seguras opções dentro do mercado; e investimento em parceria com novos projetos.

Revista Hotéis — Como está posicionada hoje no mercado a rede de hotéis Vila Rica e quais os planos de crescimento para os próximos anos?

Roberto Rotter — Atualmente, os Hotéis Vila Rica estão localizados em Belém (PA), Campinas (SP), Porto Velho (RO) e São Luis (MA). Como parte do projeto de expansão, o Grupo fez investimentos em mais dois hotéis, em Belém e Porto Velho, para serem operados pela bandeira Ibis (Accor). E agora, para diversificar os produtos a fim de fortalecer e ampliar sua atuação no ramo hoteleiro abre o leque para a operação e administração de hotéis de terceiros. Com esta iniciativa, nossa pretensão é construir uma carteira de operações de 35 hotéis em um período de cinco anos.

Revista Hotéis — Como estão os contatos com as redes internacionais para que possam utilizar marcas reconhecidas e introduzi-las no mercado nacional? Como se dará a introdução destas bandeiras, haverá um foco num determinado segmento ou região?

Roberto Rotter — Já estamos prospectando marcas locais e que ainda não estejam no Brasil para atuarem em cidades próximas aos grandes centros, o que é bom inclusive para ampliar a oferta de marcas no País, mas ainda estão em fase de análise. Em breve, devemos ter novidades.

Revista Hotéis — O fato da hotéis Vila Rica possuir recursos próprios investidos em hotéis facilita captar e administrar multimarcas? Como você analisa este fator?

Roberto Rotter — Certamente, é um diferencial, pois nosso trabalho de operação já se inicia com a administração dos próprios hotéis Vila Rica. A partir daí, o investidor tem à sua mostra, um modelo de operação que já funciona há pelo menos 40 anos, ao contrário do que se tem em outras administradoras, que começam do zero.

Revista Hotéis — A Hotéis Vila Rica continuará a aportar recursos na construção de novos hotéis? Pretendem investir em franquias ou mesmo internacionalizar a marca?

Roberto Rotter —  Sim, nada impede que o Grupo possa firmar parceria com novos projetos ou mesmo investir em uma boa oportunidade. O que queremos é otimizar os negócios hoteleiros, por isso analisaremos caso a caso e daremos o melhor direcionamento. 

Revista Hotéis — Como você está analisando o atual momento que passa o segmento hoteleiro. O momento é de investir, existe carência de meios de hospedagens ou poderá haver excesso de ofertas em determinados locais?

Roberto Rotter — Atualmente, a Hotelaria vive um bom momento no Brasil. O poder de consumo do brasileiro aumentou e também estamos sentindo este reflexo em nosso setor, com cada vez mais pessoas viajando e se hospedando em hotéis. Mas, sabemos que o que nos move mesmo é a realização dos eventos de negócios, aos quais dependemos para garantir as taxas de ocupação em níveis satisfatórios ao longo do ano. A realização de feiras e eventos depende de uma economia aquecida, para acontecer. Por isso digo que no cenário atual, os fundamentos do Brasil são os melhores possíveis. Entretanto, para que os investimentos tenham o retorno esperado, precisam estar alinhados com as reais necessidades do País e não apenas com as demandas sazonais, no caso dos eventos esportivos, que causaram euforia em algumas cidades as quais, futuramente, correm o risco de sofrer com hotéis ociosos. Mesmo porque, há praças e mercados que acabam inviabilizam projetos, principalmente em função do preço de terreno. Outro ponto importante a se destacar, é que atualmente o novo modelo de negócios, apoiado em complexos Mix Used, está criando vantagens competitivas, seja pelo lado do investidor, seja para operação hoteleira.

 

Se você estivesse nos seguindo pelo twitter teria recebido esta informação em tempo real. Venha nos seguir, acesse www.twitter.com/revistahoteis ou então pelo Facebook acessando nossa página através do link http://migre.me/4G5ac . Conheça também nossa página no Flickr acessando o link http://migre.me/4DT8x e no Tribt http://tribt.net/profile/revistahoteis

Publicidade
APP da Revista Hoteis

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
CLICK AQUI PARA ESCOLHER O IDIOMA DA LEITURA
error: ARQUIVO NÃO AUTORIZADO PARA IMPRESSÃO E CÓPIA