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Cenário da multipropriedade é apresentado no 11º ADIT Share

Direto de Mata de São João (BA) – Após a abertura e solenidade de posse da nova diretoria e do conselho eleito para o mandato 2023-2025, Caio Calfat recebeu Alexandre Mota, Diretor da Caio Calfat Real Estate Consulting para o primeiro painel do dia, “Cenário das Multipropriedades no Brasil 2023”, que trouxe os principais insights do estudo realizado anualmente pela consultoria. Calfat explicou que o relatório no próximo ano será ainda mais completo, com entrevistas com compradores de multipropriedades. “Estamos desenvolvendo mais esse capítulo, mostrando o lado tanto do empreendedor como de quem já comprou. O relatório desse ano vai mostrar um crescimento contínuo como vinha sendo nos anos anteriores”.

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Alexandre detalhou: “Temos 180 empreendimentos, atingimos 81 cidades e 19 estados. Geograficamente a multipropriedade atinge novos destinos, com potencial turístico ou no início dessa jornada. A partir da multipropriedade, a hotelaria por si sempre teve a capacidade de fortalecer e criar destinos, e assim é com a multipropriedade. Saimos de 45 cidades e estamos hoje em 81”.

Cenário da multipropriedade é apresentado no 11º ADIT Share
Alexandre Mota: “Comparando 2023 com 2022 sentimos que diminui o número de empreendimentos, mas aumenta o número de UH’s e frações”

Calfat comentou que um dos empreendimentos, no Maranhão, saiu do mercado, diminuindo assim o número de estados contemplados com a multipropriedade. Alexandre complementou: “O mercado corrente é uma metodologia no qual tiramos da base de análise que tenha pelo menos 95% das cotas vendidas. O que temos hoje é 104 empreendimentos ativos, 25.600 UH’s e 705 mil frações. Comparando 2023 com 2022 sentimos que diminui o número de empreendimentos, mas aumenta o número de UH’s e frações, ou seja, muitos empreendimentos readaptaram seus programas. Houve uma readequação da característica do produto ao longo do ano, para manter volume de vendas, principalmente.

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O mercado acabou se adaptando a isso e um dos modos de fazê-lo foi encurtando os programas. A maioria dos empreendimentos passou por tudo isso e o natural hoje é se lançar com duas semanas. Voltando a adaptação do produto para as condições econômicas atuais, houve aumento do financiamento, hoje com 82 parcelas. Houve um movimento de adequação ao bolso do nosso cliente. Por isso que cresceu o número de frações mesmo tendo o mesmo número de empreendimentos no mercado corrente”.

Cenário da multipropriedade é apresentado no 11º ADIT Share
Os R$ 59,9 bilhões em VGV demonstra a força da multipropriedade no Brasil (Foto – Divulgação)
Estoque

Segundo Alexandre, o estoque se mantém em 50%. “O que eu acho que é mais interessante é ver o estoque de prontos. Chegarmos a entregar a chave e continuar com 27% de estoque a venda, lembrando que os prontos estão nessa categoria até cinco anos, depois que eles saem do mercado corrente. Esse é um dado importante para a programação de vendas e planejamento financeiro”.

Calfat ressaltou: “Muitos apartamentos são guardados pelo próprio empreendedor. Nós não temos condição de avaliar ainda quantos apartamentos são de fato estoque ou encalhe e quantos são destinados para a operação hoteleira. Esse é um ponto que precisa ser levado em consideração”.

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Alexandre comentou que o VGV está superior ao ano de 2022. “Nós começamos a ver a entrada do tão falado segmento de maior poder aquisitivo, com produtos mais sofisticados e com preços maiores. Esses começaram a entrar de forma mais forte agora em 2023. Aqui colocamos como está sendo feita essa divisão. Temos sete empreendimentos com valor da semana a mais de R$ 80 mil e empreendimentos entre R$ 60 e R$ 80 mil. Existe aderência para os produtos mais caros? As vendas estão sim acontecendo, numa velocidade menor, mas está acontecendo. Essa aderência ocorre até uma faixa de R$ 30 a R$ 40 mil. No entanto ainda precisamos trabalhar melhor a atratividade do produto para as faixas mais abastadas”.

O estudo desenvolvido pela Caio Calfat Real Estate Consulting revela aumento de 15% no volume de lançamentos em território nacional, destacando crescimento de mais de 40% no valor geral de vendas (VGV)

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Valor médio das semanas apontados nesse estudo (Foto – Divulgação)
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Uma forma inovadora de adquirir imóveis. Essa é uma das propostas da multipropriedade, modelo de negócios que se popularizou nos Estados Unidos há décadas e vem se consolidando no Brasil. O sistema funciona com base na compra de propriedades por investidores que adquirem uma ou mais frações de um determinado imóvel e dividem tanto o direito de uso quanto as responsabilidades financeiras com os demais cotistas. E mais: os coproprietários podem optar por se hospedar, alugar ou intercambiar seu imóvel com propriedades em outros destinos.

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A prova mais concreta da maturidade dessa indústria é seu constante crescimento, registrada ano após ano no estudo mercadológico “Cenário do Desenvolvimento de Multipropriedades no Brasil”. A edição 2023, a ser lançada hoje, 17 de maio, traz resultados do ano anterior e revela indicadores acima das expectativas, a começar pelo aumento de 43,3% do valor geral de vendas (VGV) potencial, um dos índices mais relevantes para esse segmento. O setor também comemora alta de 15,4% na oferta de empreendimentos que operam neste modelo em território nacional, saltando de 156, em 2022, para 180, em 2023.

A pesquisa tem base em informações coletadas no banco de dados da Caio Calfat Real Estate Consulting, um dos maiores especialistas do segmento na América Latina, combinadas a pesquisas junto aos agentes do setor. Das 180 multipropriedades mapeadas, 97 estão prontas, 69 em construção e 14 em fase de lançamento. As regiões Sul e Nordeste lideram a oferta com, respectivamente, 54 e 51 multipropriedades. Em seguida vêm o Sudeste (43), Centro-Oeste (26) e Norte (6).

Os dados acima registram a história do setor de multipropriedades. Contudo, a base de análise financeira e de tendências do relatório, considerou o mercado corrente nacional, que é composto por projetos que estão prontos há menos de cinco anos e/ou possuem estoque de frações inferior a 95%. Esse universo é composto por 104 os empreendimentos que se enquadram nesse cenário (sendo 50 imóveis em construção, 41 prontos e 13 em lançamento), queda de 9,6% na comparação com os 115 registrados em 2022.

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Mercado corrente nacional

O número de unidades habitacionais saltou de 22.398, no mapeamento de 2022, para 25.672 (+14,6%) e o VGV potencial desse grupo de multipropriedades chegou a R$ 47,1 bilhões, crescimento de 38,4% em relação ao ano anterior quando o índice no mercado corrente nacional atingiu R$ 34,1 bilhões. Empreendimentos em construção lideram o resultado, com VGV de R$ 24,3 bilhões, seguido pelos prontos (R$ 16,2 bilhões). Entre as UHs, o estudo destaca 12.608 em construção, 9.717 prontas e 3.275 em fase de lançamento.

Aumentos também foram registrados no número de frações – 628.260, em 2022, e 705.672, em 2023 – e no valor médio delas. Em 2022, cada fração valia R$ 54.201 (ou R$ 57.231, se for considerado o IPCA acumulado de 12 meses) enquanto em 2023 elas chegam a R$ 66.778. O valor médio por status de projeto é de R$ 70.743 (obras prontas), R$ 65.311 (lançamentos) e R$ 64.746 (em construção).

A média de uso continua a mesma do ano anterior (1.9 semana por fração adquirida), mas varia de acordo com o status do projeto: 2,2 semanas por fração no caso de multipropriedades prontas, 1,8 para as em construção e 1,7 para os lançamentos.

Para baixar o estudo completo em PDF, clique aqui.

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