Astroturismo é uma das apostas do MTur para 2024
Viajar para contemplar as estrelas está entre as sugestões da revista Tendências do Turismo para este ano
O Ministério do Turismo – MTur, com base em relatórios e pesquisas do setor, fez as suas apostas sobre o que vai ser destaque em 2024 no Brasil – uma delas é o astroturismo. Os resultados estão na 5ª edição da revista eletrônica “Tendências do Turismo”, que apresenta comportamentos do turista brasileiro e os destinos que estão em alta.
O Ministro do Turismo, Celso Sabino, diz que “são movimentos de um setor que está sempre em evolução e nós, como gestores do poder público, devemos ficar atentos para que possamos fomentar o turismo nacional e entregar destinos com experiências cada vez melhores”, afirma.
Viajar para contemplar o céu e as estrelas é uma das tendências que o MTur aposta para este ano. O astroturismo, como é conhecido, tem tudo para crescer dentro de parques ecológicos espalhados pelo Brasil. Conciliar uma viagem de trabalho com o lazer também estará super em alta em 2024. O termo bleisure já está rendendo novas relações e promovendo ambientes mais felizes nas empresas.
Outra tendência citada na revista é o nomadismo digital. O País se tornou um dos principais destinos de pessoas do mundo inteiro que podem trabalhar remotamente.
Astroturismo
Já imaginou tomar um banho de estrelas, ou poder analisar em silêncio a imensidão do céu e saber mais sobre astronomia? Este tipo de experiência é possível por meio do astroturismo, uma das apostas do MTur para 2024. Este nicho é para aquele turista que busca lugares sem poluição e engarrafamentos.
O segmento é uma experiência com tradição milenar. Segundo o Astrônomo Daniel Mello, que é Coordenador do projeto “Astroturismo nos Parques Brasileiros”, este tipo de observação deve ser feita em ambientes longe das luzes das cidades. “O astroturismo pode ocorrer em observatórios, planetários, centros e museus de astronomia, ou mesmo em pousadas, hotéis, parques, reservas e unidades de conservação da natureza”, explica.
Daniel Mello destaca que esse tipo de turismo surgiu por conta da busca pelo contato com a natureza através de novas experiências e também pelo processo de conscientização sobre a necessidade de preservação e valorização do céu estrelado como patrimônio da humanidade. “Repleto de simbologia, cultura, mitologia e de vital importância para o desenvolvimento das civilizações, o céu noturno tem captado a atenção das pessoas para além do interesse da ciência. Dessa forma, o crescimento recente do astroturismo está intrinsecamente relacionado à necessidade do resgate do contato do homem com o céu noturno, inviabilizado com o uso excessivo da iluminação artificial nas cidades”, afirma o astrólogo.
O especialista enumera alguns parques brasileiros que já oferecem o astroturismo, são eles: os Parques Nacionais das Emas e o da Chapada dos Veadeiros, ambos em Goiás, o da Serra da Canastra e o da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, os Lençóis Maranhenses e a Chapada Diamantina (BA).
No Estado do Rio de Janeiro, o astroturismo já acontece nos parques do Itatiaia, dos Três Picos, da Serra da Tiririca, da Lagoa do Açu e no do Desengano, que possui o primeiro parque de Céu Escuro da América Latina, certificado internacionalmente pela Dark Sky International.