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8º Turismo no Luxo aborda cruzeiros e hotel de luxo no Nordeste

Dando prosseguimento ao 8º Turismo no Luxo, evento que está acpntecendo nesta terça-feira, dia 28 de março, no Centro Universitário Belas Artes, no Shopping Cidade Jardim, Vera Lopes, Diretora da Luxury Marketing Council Brasil e especialista em cruzeiros de luxo, compartilhou novidades sobre o mercado e as tendências que são esperadas para o segmento.

Vera começou com uma análise da ‘modernização’ dos cruzeiros. “Sempre vamos ter passageiros seniores nos navios, mas queremos jovens nos cruzeiros, desmistificando que o segmento é só para a melhor idade. As companhias hoje gostam de trabalhar em série, que é um navio bem sucedido que precede outros ‘navios gêmeos’ com o mesmo nome, acrescido de um número. Sobre tecnologia, há navios que não têm cortinas, e sim painéis que ajudam a contar a história ou enriquecer os espetáculos. Há mudanças nas arquiteturas que ajudam os ambientes a se tornarem maiores, mais confortáveis, com ‘varandas infinitas’.

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Durante o jantar, em alguns navios, há projeções de processo de montagem do prato, e quando o mesmo chega à mesa, você percebe que sua apresentação é a mesma do vídeo apresentado. Outro case é o de implantação de jardins onde podem acontecer aulas de ioga, tai-chi, enfim, um grupo de pessoas fazendo uso de um espaço antes utilizado somente para a vista do pôr do sol”.

8º Turismo no Luxo aborda cruzeiros e hotel de luxo no Nordeste
Slide apresentado na palestra Vera Lopes mostrando um iate de luxo
Inovações são sempre bem vindas

Vera também mostrou outros cases como o da Norwegian, que inovou com o uso do convés para atividades diversas. “A Norwegian também inovou com o Ocean Walk, no Prima, que dá a impressão de estar andando por sobre as águas, um plus realmente interessante. A inovação que mais gostei do Prima é um restaurante que mais parece um festival, pois é composto de ‘food trucks’. Você pode pedir tapas de um lugar e o sorvete de outro, com o mesmo garçom levando a sua mesa”.

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No momento seguinte do 8º Turismo no Luxo, experiências da hotelaria no Nordeste foram detalhadas por Thiago Monteiro, CEO da Haut Incorporadora e sócio fundador dos hotéis Pedra do Patacho e Casa Brasileira. Thiago destacou a arquitetura na sua vida e a inquietação de querer ver o protagonismo da arquitetura, que o levou a indústria da construção e incorporação. “Passei a ser hoteleiro há cerca de cinco anos. Fazendo uma analogia com a moda, a hotelaria serve como uma espécie de passarela para a arquitetura. É aquilo que inspira o hóspede e outras marcas. A hotelaria nos dá liberdade criativa, passamos até um pouquinho do limite na missão de impactar positivamente o hóspede e o setor imobiliário”, explicou.

O arquiteto revelou que o ideal para a hotelaria é tratar a sua arquitetura quase como um manifesto. “Os pilares do luxo sempre protagonizaram esse movimento de tendências, sendo exímias contadoras de histórias. Quis trazer a minha visão a partir da imersão em lugares onde eu percebi um padrão, que era a marca dos idealizadores, um fio conector, um conceito. Claro que o luxo foi profundamente impactado como todos nós, vivemos uma loucura de ascensão e queda e ascensão novamente. No entanto, para o novo momento do luxo, mais inclusivo, mais humano e mais sustentável, tanto do ponto de vista ambiental como afetivo, temos um público que não consome o produto mas o ritual, a experiência que produz a memória que vai ficar para sempre”.

8º Turismo no Luxo aborda cruzeiros e hotel de luxo no Nordeste
Thiago Monteiro: “A hotelaria nos dá liberdade criativa”
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Identidade autoral

Thiago explicou que, nos hotéis por onde passou, notou uma certa ‘identidade autoral’ que considerou importante para o mercado e que o provocou a pensar de forma diferente, criando novas possibilidades. “A identificação do público-alvo, da persona para quem estamos trabalhando me motivou a fazer algo pensando no que eu realmente gostaria. A partir de todas as memórias, todo o repertório e todas as vivências que me levaram até ali. Eu sabia que haveria pessoas que iam perceber a verdade contida nesse trabalho e a grande sacada dentro disso tudo, independente de ser bonito, feito, brega ou sofisticado, é a sua visão, só você a tem, e isso o torna único, que o torna apto a atender os pilares do luxo: exclusividade, diferenciação, necessidade e storytelling. Assim materializamos nossa visão em nossos hotéis”.

8º Turismo no Luxo aborda cruzeiros e hotel de luxo no Nordeste
Um dos chalés do Pedras do Patacho Hotel Boutique Experience
Pedra do Patacho

O gestor contou a história do hotel Pedra do Patacho e os desafios enfrentados para a sua implantação. “Tem uma estrada que corta metade do terreno aproveitado hoje pelo hotel. Pouco dinheiro, um terreno desafiador, pensando em trazer uma proposta de luxo para o destino Praia do Patacho, pouquíssimo explorado até então. Dos pontos fundamentais que estabelecemos como critério era, em primeiro lugar, garantir a vista para o mar a todos os hóspedes, sem exceção; segundo a privacidade e, em terceiro, criar gatilhos emocionais, coisas atípicas e inusitadas que provocassem as melhores memórias. A arquitetura e o design entraram como ferramentas para o alcance desse objetivo”, revelou.

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Segundo Monteiro, todo o hotel foi projetado assim, com base nesses ‘gatilhos’. “Desenvolvemos em primeiro lugar o projeto dos bangalôs. Tendo o bangalô bem delineado, módulos habitacionais espalhados pelo terreno, então desenvolvemos o restante do espaço. Percebo que, na circulação dos hóspedes no Pedras do Patacho, nenhum está ao telefone, ou visualizando redes sociais enquanto anda e sim prestando muita atenção no entorno, e esse era o impacto que eu quis causar”.

Outro produto da Haut, a Casa Brasileira, destaca-se pela reprodução, na sua arquitetura, de uma casa colonial completa. “Os ladrilhos hidráulicos, todo o projeto da casa foi desenvolvido com um nível cultural muito forte. Além disso, ela possui uma diversidade, um bioma muito rico, com palmeiras imperiais, com ar lúdico e atmosfera que retratava a vida no século XVIII”, detalhou Thiago, que em seguida, abriu espaço para perguntas e encerrou a sua apresentação.

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