Mercado

Cresce o desempenho dos hotéis de luxo e upscale no RJ e SP

Foi divulgada recentemente mais uma edição do Panorama da Hotelaria Brasileira, publicação anual da HotelInvest e da HVS que revelou que os hotéis de luxo e da categoria upscale do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) foram os mais beneficiados pela Copa do Mundo e obtiveram os melhores resultados do setor em 2014. De acordo com o estudo, a receita por apartamento desses hotéis (RevPAR) teve aumento real de 10,9%, no Rio, e 10,3%, em São Paulo, em relação a 2013.

De acordo com a publicação, esses números foram alcançados devido ao aumento das diárias médias praticado no período, que subiram 12,9% e 7,6%, respectivamente. “Apesar do momento econômico desfavorável, os hotéis sofisticados dos principais mercados do país têm apresentando excelente desempenho, o que mostra uma pressão de demanda no segmento”, afirma Cristiano Vasques, sócio-diretor da HotelInvest e managing director da HVS South America.

De acordo com a publicação, os hotéis econômicos e midscale da capital fluminense tiveram queda de 4,3% no RevPAR. Além disso, ocorreu uma diminuição de 5,9% na taxa de ocupação, devido principalmente à abertura de novos hotéis na cidade. O resultado nesta categoria poderia ter sido pior caso os hoteleiros não tivessem conseguido reajustar as diárias (1,6%) devido à realização da Copa do Mundo.

Na capital paulista, a hotelaria econômica e supereconômica também registrou um desempenho modesto em 2014. Essa categoria registrou o pior desempenho no período dos jogos dentre todos os segmentos analisados. No acumulado do ano, houve queda de diária média e RevPAR (3,6% e 2,7%, respectivamente). Para 2015, a perspectiva é de que as duas principais capitais brasileiras apresentam cenários distintos.

A hotelaria fluminense vem sendo afetada de maneira negativa pela crise que atinge a indústria de óleo e gás, que reduziu a demanda corporativa e de eventos. A abertura de novos empreendimentos também deverá afetar a hotelaria carioca. Estão previstos para entrar em operação neste ano no Rio de Janeiro 16 novos hotéis, com cerca de 4.000 quartos. Desse total, 70% estará concentrado na Barra da Tijuca. O crescimento expressivo da oferta, aliado a um momento econômico desfavorável, deve ocasionar queda de ocupação e pouca margem para aumento de tarifas.

Na visão de Vasques, “Apesar do impacto das novas aberturas, o Rio de Janeiro mantém os melhores índices de desempenho do país. A desvalorização do real, com possível aumento das viagens de lazer dentro do país, e a realização de eventos pré-olímpicos no segundo semestre podem minimizar a queda de ocupação prevista para o setor em 2015”, avaliou.

A cidade de São Paulo deverá ter desempenho estável em 2015. Diferentemente do Rio e de outras capitais, a cidade não deve sofrer o impacto da abertura de novos hotéis e espera-se que a demanda permaneça similar a de 2014. Isso deve manter um bom patamar nas taxas de ocupação. “A diária média deverá aumentar em linha ou até abaixo da inflação, tendo em vista negociações corporativas mais acirradas”, diz Vasques.

Para acessar a publicação na íntegra, clique aqui.

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