Travel Tech Online aborda as ações marketing digital em relações as vendas diretas
Terminou agora a pouco o segundo painel da primeira edição da Travel Tech online da América Latina que conta com o apoio da Revista Hotéis. Esse painel teve as participações de Cesar Nunes, Diretor de vendas e marketing na Atrio Hotéis, Federico Elmer, Diego Corrêa, HSystem CMO e Soraia Letra Global, Diretora Yield Plannet, além do moderador e idealizador do evento, Vinicius Geraldo, CEO da empresa HS LATAM. Neste segundo dia de live, além do primeiro assunto abordado pela manhã, sobre as mudanças no relacionamento com os hóspedes pós COVID-19, foi falado pelos convidados sobre as tendências do marketing digital aplicado a venda direta dos hotéis.
Vendas diversificadas
Iniciando o painel, Soraia Letra Global, Diretora Yield Plannet, foi questionada pelo moderador Vinicius Geraldo em relação as vendas diretas em operadores turísticos. “Eu diria que sim, é possível. Agora não acontece de uma hora para outra. Em minha opinião tem alguns ingredientes necessários. Um desses seria a diversificação, um hotel procura ter essas opções e equilíbrio entre os canais. O outro importante é o tempo, é preciso ter paciência. Em terceiro a força, persistência, força de vontade. É preciso que haja educação dentro do meio hoteleiro para que ocorra essa alteração. E o quinto é a tecnologia, isso não acontece sem ela”, disse.
Vinicius Geraldo, CEO da empresa HS LATAM., opinou que: “Os hoteleiros devem entender que a diversificação é fundamental. É o momento dos hoteleiros trabalharem com ampliação da gama. Aproveite esse momento para contratar mais, ampliar sistemas, aproveite”, alertou.
Cesar Nunes, Diretor de vendas e marketing na Atrio Hotéis, pegando o gancho de Soraia e Vinicius, comentou que: “Com relação a mix de clientes e segmentos, digo trazendo para o nosso mercado, a nossa cultura é forte de poucos mix. Quando a gente olha para hotelaria em alguns lugares, a operadora é muito forte, falando do pré COVID-19. Muitos destinos ficaram nas mãos de operadoras e abre pouco mix, não pensam na rentabilidade. A operada precisa existir, mas a distribuição direta também”, enfatizou.
Distribuição
Cesar Nunes comentou sobre as possibilidades da distribuição ser considerada parceira. “Acho que essa é a grande pergunta de como o mercado volta. Hotelaria com caixa baixo não é demérito, estamos falando de hotéis fechados tem 5 meses, com caixa queimado, mesmo que reduza mão de obra, ele tem custo. Por outro lado você tem os parceiros de distribuição direta sem vender. A pancada COVID-19 bateu em todo mundo… Agora por outro lado esse período fez com que os hoteleiros se reinventassem. A grande palavra de ordem é eficiência, não dá mais para queimar dinheiro. Antes se fazia, mas não com tanta necessidade que o momento exige. Nós brincamos que estamos cortando músculos para cortar os custos operacionais. O mesmo critério tem de ser feito daqui para frente”, disse.
Vinicius Geraldo completou afirmando sobre as tendências globais neste mercado. “Não quero ser ofensivo, mas quem não se adaptar, o mercado vai morrer. Se você não começar a usar palavras-chaves, e as tendências globais é que partam para o direto, você como marketing e hoteleiro, tem de levar para que seja mais visual do que escrito”, comenta.
Marketing na venda direta
Diego Corrêa, HSystem CMO, comentou sobre o uso do marketing nas vendas diretas. “Eu acredito que quando se fala de marketing tem várias técnicas. O problema dos canais diretos e hotéis não terem eficiências é a própria retroalimentação da máquina. Hoje em dia temos canais de vendas eficientes, em especial online. Quando você vende um hotel, parte desse faturamento é separado para anunciar o hotel, porque ele gera cliques. O problema do canal direto é que a máquina não é retroalimentada. Ainda dizem que o canal direto é para compensar, então ela tem que sair de graça, mas na verdade não. Os hoteleiros deveriam estar dispostos a pagar a mesma coisa numa venda direta. Eu sempre recomendo para os hotéis que é preciso gastar 20% numa venda direto. Eu acho que o problema maior é esse”, explicou.
Marketing de destino
Federico Elmer, CEO da BuyZy, foi questionado por Vinicius sobre as possibilidades de destino após o Coronavírus. “Então, é possível, acho que falando dos números que a gente vai ter, agora vai fazer a reserva de forma direta, é uma boa possibilidade para os hoteleiros participarem desse tipo de projeto. Eu sempre falo do projeto colaborativo, porque são hotéis da mesma região, não competem com de outras, tudo que está nessa região, do mesmo destino. É uma boa oportunidade para os hoteleiros. Deveriam ter participação do município e sindicato de hoteleiros, é uma grande oportunidade de comercialização”, esclareceu.
Motor de reserva
Ainda dentro do debate, uma pergunta surgiu referente a importância em ter o motor de reservas conectado ao channel manager. Soraia Letra Global esclareceu que: “Essa é fácil, e porque é fácil? Vou ser breve: este é um dos passos fundamentais para ter a distribuição online sobre controle. A maior vantagem é economia de tempo, enviar informação em tempo real. É vantajoso ter todos os canais ligados em um único ponto de controle”, disse.
Redes sociais
Cesar Nunes, num último questionamento, falou sobre as redes sociais no mercado pós pandemia. “O que mudou hoje, até pelo fato deles ficarem fechados, porque tinha uma necessidade de continuar se comunicando, e era um desafio grande porque não estão funcionando. Com ele fechado, tem menos conteúdos nas redes. Um caminho que adotamos é informações sobre destinos. Eu digo assim você reabrir um hotel neste cenário é diferente de abrir um hotel. Quando você fala dessa distribuição direta, através dessa rede social, é um ciclo mais direto para venda, ou até usar hoje recursos levar aos WhatsApp. Então é o momento da comunicação de proximidade. Precisamos passar positividade”, finalizou.
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