AconteceuÚltimas Notícias

SPCVB divulga perspectivas do turismo, hotelaria e eventos

O São Paulo Convention & Visitors Bureau está promovendo na manhã desta terça-feira, dia 6 de setembro, o Summit22, na região Central de São Paulo. O evento, que reuniu importantes nomes do turismo, da hotelaria e do setor de eventos do País, apresentou as perspectivas para os respectivos segmentos a partir de pesquisas acerca do cenário econômico e do desempenho desses mercados no pós-pandemia.

Publicidade
APP da Revista Hoteis

 

Para começar os trabalhos do dia, Raul Sulzbacher, Presidente do Conselho da Fundação 25 de janeiro, reafirmou que é preciso reavaliar a especialização do turismo no País. “Temos que estar mais focados, fazer um turismo interno, temos mar, montanhas, rios, cachoeiras, enfim, tudo o que compõe o turismo receptivo, que faz parte da nomenclatura do Convention. Temos conseguido colocar São Paulo no foco, mas vender São Paulo ainda é um desafio complexo que requer especialização. Temos turismo cultural, de gastronomia, de business, religioso, de saúde. Todos esses setores necessitam de especialização. Pouca gente sabe, mas São Paulo é a capital com a maior diversidade religiosa do mundo. Não tem outra cidade no mundo com tamanho potencial.

O roteiro gastronômico se complementa. Se você vai ao Bom Retiro, você encontra as sinagogas e bons restaurantes. Essa riqueza precisa ser mais trabalhada, mais explorada. Assim criamos mais interesse pelo nosso destino, precisamos aprender a vender o que temos e trazer o público da América Latina e do resto do País para São Paulo. Além disso, ressalto a robustez do nosso comércio, com shoppings centers, mercados, entre outros. Só em São Paulo são 22 shopping centers, isso não se vê em nenhum outro lugar do mundo”, observou Raul.

Publicidade
Clima ao Vivo

Toni Sando deu as boas-vindas ao público presente e apresentou a programação elaborada para o evento e chamou ao palco Orlando de Souza, Presidente do conselho curador da entidade, que apresentou a palestra “Hotelaria no Brasil – O que esperar e como se preparar?”. Souza começou a sua apresentação com boas notícias. “O número de passageiros internacionais faz bastante diferença no turismo e consequentemente na hotelaria. A hotelaria, se pegarmos a ocupação, demanda, vemos um período de 2021, até junho de 22, que mostra, em sentido de ocupação que já superamos 2019. A demanda já está acima até do que foi registrado em 2019. A demanda é positiva desde que esteja aliada a evolução das diárias médias. A diária média ainda está resistente em estabelecer uma retomada alinhada, e isso se dá devido a diversas amarrações. A diária tem uma dificuldade em retomar, e hoje se encontra com um gap de 7% em relação ao que se registrava em 2019”, disse Orlando.

Publicidade
Tramontina

Para o executivo, “como gestores hoteleiros, seremos avaliados não pela recuperação da demanda, que deve ser natural, aliada a escala de vacinação, o que já vemos. A geração de receita é que está nas mãos dos gestores. Essa geração é o ponto mais importante e está a nível de 2019, o que não é algo extraordinário. Tendo aumento de demanda, tem-se aumento dos custos operacionais e se você não alavanca isso com as diárias, você tem um problema. Nós gestores seremos avaliados pela geração de receita. Saímos da crise com consistência, a demanda mostra isso, e devemos trabalhar pelos planejamento estratégicos para os próximos anos para fazer frente aos custos e principalmente trazer lucros para os investidores”.

Eventos em evidência

Souza destacou a importância da volta dos eventos como um dos vetores do crescimento do desempenho da hotelaria e do turismo. “Eventos artísticos são aqueles que efetivamente criam um fluxo de visitantes para a cidade, que é o alvo do Convention & Visitors Bureau. A volta dos eventos é primordial para os próximos meses e para a saúde do turismo não só em São Paulo como em todas as praças do País”, observou.

SPCVB divulga perspectivas do turismo, hotelaria e eventos
Orlando de Souza foi o primeiro palestrante do dia (Foto: Hugo Okada)
Para ficar atento aos movimentos

Orlando de Souza destacou algumas ‘megatendências’ para os próximos meses. “Primeiro, o trabalho remoto tem que ser levado em consideração. Abandonei as projeções em torno da pandemia logo no começo. A pandemia nos ensinou que as projeções são feitas para serem derrubadas pelo vírus, não podemos esquecer. Um planejamento estratégico precisa contar com o trabalho remoto e com o mundo híbrido. As reuniões virtuais em detrimento das viagens também é uma megatendência que veio para ficar. A desaceleração econômica também. É bom sabermos que temos os Estados Unidos com problemas que nunca teve, a Europa também, o continente asiático, com a China ainda as voltas com o lockdown, então isso tudo precisa ser considerado. O short & rental e o boom da multipropriedade são modelos que vieram para ficar, vide Olímpia, que tem dois milhões de visitantes por ano”, afirmou Orlando.

Para finalizar, Souza colocou como megatendências a incerteza como nova certeza, a ruralização das viagens e o redimensionamento dos eventos globais.

Publicidade
Anuncie conosco

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
CLICK AQUI PARA ESCOLHER O IDIOMA DA LEITURA
error: ARQUIVO NÃO AUTORIZADO PARA IMPRESSÃO E CÓPIA