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Painel Cuidar-se no Tendências 360 abordou práticas saudáveis para a rotina na pandemia

O painel Cuidar-se foi o segundo da programação do Tendências 360, evento on-line capitaneado pela Mapie. Participaram desse painel, Andréa Lomando, da Verte Consulting; Denise Tavares, consultora de imagem e produtora de moda; e Suelen Matos, designer de moda e especialista em cultura afro-brasileira. A mediação foi de Paula Abbas.

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Denise Tavares divagou sobre cuidados, a auto-imagem e o olhar interior, tão relevante em tempos de reflexão e isolamento. “Como consultora de imagem e como pessoa que vivencia na pele o isolamento, percebo que esse processo de auto-conhecimento foi imposto. Brinco que nos deram máscaras, mas caíram outras máscaras e nos restou nos integrarmos a nós mesmos. Com essa convivência, começamos a ressignificar muita coisa. O que é importante para a gente e como vemos o mundo. Principalmente o lugar que queremos ocupar nesse mundo. A imagem é a forma como eu percebo alguma coisa e interajo com isso de acordo com essa sensação, instantânea e inconsciente e essa é a minha resposta. Quando falamos de auto-imagem, entendemos que nesse processo se imagem permanecer a mesma, temos uma dissonância cognitiva. É preciso nesse momento alinhar o interno com o externo por meio das escolhas que fazemos”, disse a consultora.

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Para ela, “A pandemia nos obriga a buscar novas formas de nos transbordar, colocar o nosso eu interno para fora. Temos a tendência nesse sentido, de eliminar excessos, estamos nos olhando de uma forma mais verdadeira. O essencial aflora muito mais. Essa é uma tendência de comportamento que enxergamos, e não significam uma ruptura, essas mudanças já vinham se desenhando e a pandemia só acelerou o processo”, explicou Denise. “Na nossa imagem, isso se reflete em maquiagens mais naturais, tecidos mais leves, calçados mais confortáveis, entre outros. Mesmo quando voltarmos a interagir com o mundo, iremos continuar levando isso como comportamento definido. No profissional, como hoje tudo está acontecendo em casa, vemos uma busca por um lado mais humanizado nas relações profissionais. Vulnerabilidade é a chave desse isolamento, e isso não é necessariamente ruim”, complementou.

Cuidar é um ato político

Para Suelen Matos, “essa mudança de comportamento já vinha acontecendo, mas a pandemia meio que legitimizou essas transformações. Esse começo de olhar para o outro, se preocupar com o outro, esse movimento de consumo consciente, já estavam nascendo antes da pandemia. Em 2013, 2014, a moda já vinha trazendo o movimento Fashion Revolution. Em 2020 tivemos essa surpresa, a COVID, que fez com que nos isolássemos. A internet é outra construção de sociabilidade, estamos estabelecendo relações, só que de outras formas. O aumento do consumo das redes sociais foi muito forte e a partir dessa tomada de consciência, com os nervos a flor da pele, tendo que reaprender muitas coisas, nos obrigou também a rever muitas posições, incluindo o auge do antifascismo. Essa consciência é política porque isso já estava estruturado, muitos se deram conta que se encaixavam nos comportamentos fascistas e começaram a elaborar a mudança”. Suelen Matos também detalhou o movimento de marcas famosas da moda no posicionamento político, colocando em evidência outros grupos como o LGBTQI+.

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Andréa Lomando compartilhou o conceito de cuidar-se como algo mais amplo e com múltiplas nuances. “Ouvi muito sobre a tomada de consciência e talvez a grande expectativa é que realmente isso aconteça conosco e para com os outros. Existem pessoas no nosso entorno que a gente afeta com o nosso comportamento e que nos afeta também. A forma como impactamos como humanidade, perceber o ar mais limpo, enfim, o cuidar-se não é cuidar de si egoisticamente. A gente vem de um modelo de sociedade em que precisamos estar sempre agindo e as vezes a ação toma o lugar de estarmos sentindo, percebendo. Como tomar decisões, fazer novas escolhas, me distanciar um pouco dessa realidade tão dura e ao mesmo tempo, tomar decisões para meu cuidado físico, emocional e mental. O século XX foi o momento em que começamos a trabalhar como nós funcionamos, nossas ações, reações, comportamentos e autonomia para melhores escolhas. Nessa auto-consciência, precisamos descobrir o que nos restaura, porque somos seres energéticos”, refletiu Andréa.

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