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Oportunidades e investimentos em resorts no Brasil são debatidos no BHIC

Este foi o tema da palestra que terminou agora à pouco no  BHIC – Brasil Hospitality Investment Conference que é realizado em parceria entre a Questex Hospitality + Travel e a BSH International. Este evento que teve inicio hoje, prossegue até amanhã no hotel Tivoli São Paulo Mofarrej, na capital paulista. Ricardo Domingues, Diretor executivo da Resorts Brasil – Associação Brasileira de Resorts foi o mediador do debate que contou com a participação de Francisco Costa Neto, Diretor executivo de experiências do Rio Quente Resorts, Margarida Caldeira, Diretora da empresa portuguesa Broadway Malyan e Antônio Dias, Diretor executivo da rede Royal Palm.

  

Antes de iniciar os debates, Domingues apresentou alguns dados do setor de resorts no Brasil. “Em 2012 a taxa de ocupação de resorts no Brasil ficou em 57% sendo o melhor ano de sua história. Se a taxa de ocupação cresceu, o mesmo não aconteceu com a diária média de 2012 que continua com a mesma de 2010 que foi de R$ 533,00, mas neste ano prevemos um crescimento de 4%”, destacou Domingues.

  

Segundo ele, em 2008 os estrangeiros representavam 43% da taxa de ocupação, mas no ano passado ficou em torno de 10%. “Isto representou uma queda considerada e muitos resorts que focavam turistas estrangeiros tiveram que rever sua vocação e passaram a disputar o público doméstico e os eventos para serem rentáveis”, explicou Domingues que ainda apontou uma pesquisa comparativa sobre custos nos resorts no Caribe e Brasil. “O custo da mão de obra num resort no México é de 24% e no Brasil chega a 32%. Além disto, existe uma tributação maior no Brasil e isto inclui também a energia elétrica que ainda representa um custo elevado”.

  

E descobrir vocação é algo que o Royal Palm Plaza resort, de Campinas em São Paulo aprendeu faz tempo. “Hoje eventos representa 70% do faturamento do nosso resort, mas a fatia de lazer é bem representativa na rentabilidade. Por ser um resort urbano, temos uma maior facilidade em lidar com estes dois segmentos. No lazer se vende mais conveniência, pois os hóspedes em sua maioria chegam de carro e de destinos próximos e se hospedam em períodos curtos e num volume maior em determinadas datas comemorativas. Por isto, eventos é fundamental para manter o equilíbrio na rentabilidade”, assegurou Antônio Dias.

Já no Rio Quente Resorts eventos representa apenas 10% do faturamento e 20% é o máximo que pode aumentar para não perder o foco. Isto é o que afirmou o Diretor Francisco Neto que disse estar convicto que nos próximos anos o mercado de resorts no Brasil vai dar uma ‘sacudida’, conforme enfatizou. “Hábito de consumo se cria de geração em geração e os resorts no Brasil ainda são relativamente novos, mas já possuem experiências nos erros e acertos. A maioria dos resorts no Brasil não sabem operar dentro de padrões mundiais e ainda vivem na dependência de operadoras para terem rentabilidade. Isto aniquila os canais de vendas e distribuição próprios e os resorts acabam ficando amarrados as operadoras”, enfatizou Neto.

  

Segundo ele, lazer continuará sendo o grande foco do Rio Quente Resorts que está demandando um investimento de R$ 16 milhões numa fábrica de alimentos para melhor atender a área interna e poderá atender outros meios de hospedagens da região de Caldas Novas.

  

A executiva Margarida levantou um tema que vivencia em resorts da Europa e Estados Unidos que é o low coast, ou seja, resorts econômicos. “Viajo para muitos países e nunca vi tantos turistas brasileiros como agora. Ao voltarem ao Brasil, eles querem a mesma qualidade dos serviços e resorts encontrados no exterior. Eles estão mais exigentes, mas não querem pagar alto pelas diárias”, salientou margarida, destacando a importância de se criar resorts econômicos no Brasil.

 

Francisco Neto acredita que isto possa ser um nicho de mercado no Brasil nos próximos anos, mas Antônio Dias acredita que será um grande desafio. “Uma determinada rede hoteleira chegou ao Brasil sem apresentar café da manhã na hospedagem, mas isto  não foi aceito. Falar em resort econômico é um desafio, pois os alimentos e bebidas é algo que aumenta de forma considerável os custos”, concluiu.

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