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O novo perfil do consumidor e a multipropriedade

Por Alejandro Moreno*

O sonho do imóvel próprio parecia algo mais vívido para as gerações anteriores. Afinal, em outros tempos, ter a casa própria era um dos maiores símbolos de estabilidade financeira, passando, assim, segurança para a família. Com a geração dos millenials, aquelas pessoas nascidas entre 1981 e 1995, a cultura se alterou e até mesmo as famílias encolheram. Porém 2023 pode ser um ponto de virada cultural, ainda mais com a possibilidade de comprar um imóvel fracionado.

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Um levantamento da Bankrate, consultora americana de investimentos, entrevistou mais de 2,5 mil americanos da geração Y e Z (idades entre 26 e 41 anos e de 18 a 25 anos) em março de 2022 e os resultados foram impressionantes. Para 74% dos entrevistados, ter uma casa própria é a maior prioridade de estabilidade econômica, porém, para dois terços deles, o preço de um imóvel é o maior empecilho para alcançar este objetivo, especialmente por conta dos valores de manutenção.

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, 67,4% dos domicílios brasileiros eram próprios, enquanto 19,5% eram alugados e 12,6% cedidos (colocados à disposição de outra pessoa, para que possa usufruir de forma gratuita). Isso indica que a maioria dos brasileiros valoriza a importância de ter uma casa própria e é neste contexto que a venda fracionada pode se tornar uma alternativa para quem busca um imóvel.

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A multipropriedade imobiliária chegou ao Brasil na década de 1990, mas só se estabeleceu como um modelo de negócios próspero e seguro em 2018, com a criação e consolidação da lei 17.777, que foi essencial tanto para empresas quanto para proprietários, regulando o mercado no país, até então sem regras específicas. De lá para cá, o modelo tem crescido exponencialmente no Brasil, movimentando bilhões de reais e oferecendo uma opção acessível e rentável para proprietários e investidores.

De acordo com dados da Caio Calfat Real Estate Consulting, o Valor Geral de Vendas (VGV) potencial cresceu 45% em 2022 no comparativo com 2021, totalizando R$ 41,2 bilhões, e a absorção de vendas está em 58% desse total, restando 42% em estoque. Inclusive, no ano passado, o mercado superou a marca de 700 mil frações disponíveis.

Assim, muitos viram na multipropriedade uma oportunidade para realizar o sonho de ter uma casa de veraneio ou um lugar para passar as férias, sem precisar se preocupar com os altos custos da propriedade individual. Desde então, o segmento tem crescido no país e se estabelecido como um modelo de negócios próspero.

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O sucesso do modelo se deve a diversos fatores. Um deles é a busca por qualidade de vida, especialmente por aqueles que desejam ter um lugar para descansar e aproveitar as férias com a família. Outro fator é a possibilidade de dividir os custos da propriedade, tornando-a mais acessível para um número maior de pessoas, se adaptando aos gostos dos millenials.

Por isso, 2023 tem tudo para ser um excelente ano para o mercado imobiliário, com uma oferta ainda maior de frações disponíveis e com um sinal claro de mudança de cultura dos novos consumidores da geração Z e Y, que estão chegando à idade em que buscam estabilidade financeira.

*Alejandro Moreno é CEO da Trul Hotéis

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