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Fórum Nacional de Hotelaria discute modelos de desenvolvimento

O 5º painel do II Fórum Nacional de Hotelaria, realizado nesta segunda-feira, 9 de setembro, no Centro de Convenções Pullman Vila Olímpia e Grand Mercure, em São Paulo, discutiu os “Novos modelos de desenvolvimento de hotéis: revolução ou evolução?” com mediação de Gabriela Otto, da GO Consultoria. Os convidados deste painel foram: Flavia Lorenzetti, CEO da Selina Brasil; Patrick Mendes, CEO América do Sul da Accor; e Vinícius Marques, Diretor de estratégias digitais da VMV Group.

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Gabriela Otto iniciou o painel explicando como a criatividade é essencial ao desenvolvimento e resolução de problemas dentro da indústria da hospitalidade. “O quanto somos inovadores em hotelaria? Estamos muito aquém da velocidade em inovação que precisamos”, provocou Gabriela. A executiva também detalhou as diferenças entre a “velha” e a “nova” hotelaria e como essas mudanças são percebidas pelo mercado. Novas modalidades de hospitalidade foram mostradas por Gabriela, como o Sonder, que foi descrito como um modelo híbrido entre o Airbnb e a hotelaria tradicional.

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Sonder, modelo híbrido entre Airbnb e hotel apresentado por Gabriela Otto

Gabriela convidou então Flavia Lorenzetti, da Selina Hotéis, que resumiu a trajetória da companhia. “Olhamos para os millennials e quisemos entender seus novos hábitos, provendo-os não apenas de hospitalidade como também de experiência, conectando-os e fazendo com que os mesmos se sintam abraçados pelos nossos colaboradores. Não temos TV nos quartos, muitos ainda não conhecem as nossas unidades, estamos começando a segunda operação no Brasil agora. Convido a todos a irem e comprovarem nossa proposta”, explicou Flavia.

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Towhouse, modelo de hotel econômico criado por Ritesh Agarwal apresentado por Gabriela Otto
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Patrick Mendes tomou a palavra e falou sobre a atuação dos grandes players do mercado em termos de inovação na hospitalidade em nível mundial. “Existem três ‘buckets’, como costumamos chamar: um com os novos players, o segundo com as oito marcas gigantes da hospitalidade e o terceiro, onde se concentram os independentes”, disse Mendes, mostrando em gráfico a posição de cada categorias. Para o CEO, a inovação consiste em novos produtos e marcas, customização de produtos, novas tecnologias e distribuição. Para inovar e atender o seu público de forma diferenciada, a Accor, concluiu a aquisição de diferentes marcas, fazendo com que a empresa saltasse de companhia hoteleira para, segundo as palavras de Mendes, “uma travel companion”.

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Os painelistas mostraram muito conhecimento para debater os temas propostos nesse painel

Vinícius apresentou a VWV, uma empresa dedicada à tecnologia a serviço da hospitalidade, com diversas funcionalidades por meio de um único aplicativo, a chamada “hotelaria do futuro”. “Muitas pessoas acham que a tecnologia significa o fim do talento humano e eu digo que não, na verdade, a tecnologia veio para acabar com o stress dos hóspedes durante a sua experiência nos hotéis, trazendo mais conforto e mais agilidade à operação, deixando os dois lados livres para gastar mais tempo com assuntos que exigem mais tempo”, explicou o executivo.

Gabriela Otto direcionou a primeira pergunta para Vinícius, baseada na nova era tecnológica da hospitalidade. “É absurdo atualmente pensar em preenchimento de fichas, sendo que o celular pode ser uma ferramenta que dispensa essa obrigação. É um ponto de stress. A tecnologia elimina o trabalho braçal e pontos de stress, voltando esse foco para outras características da operação”, afirmou Marques.

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Mendes reiterou a importância do investimento em tecnologia e usou como exemplo o aporte da própria Accor no segmento. “O custo é brutal e temos que ter consciência que isso vai aumentar e não diminuir. Hoje os grandes players como Google, Facebook e Amazon estão onde estão porque investem pesado em tecnologia”, observou o CEO.

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Transformações da industria hoteleira mundial apresentadas por Patrick Mendes

Flavia explicou que no Selina, não há planos para a eliminação do ser humano nesse processo. “No Selina a tecnologia não é um fim e sim um dos meios para que o serviço excelente aconteça”, opinou. Vinícius voltou a afirmar a tecnologia como principal aliada na eliminação de pontos de stress, proporcionando mais tempo para outras demandas da operação. “Muitos hoteleiros fazem uso de empresas terceirizadas para oferecer tecnologia para os hotéis”, complementou.

Nos hotéis Selina, segundo Flavia, “além de termos essa parte da ocupação, também trabalhamos o alimentos e bebidas e o coworking, trabalhando as características do entorno dentro do empreendimento. Também estamos integrando o Airbnb por meio de um app que aumentará a oferta de hospedagem da marca para clientes em todo o mundo”, detalhou.

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Mendes opinou ainda que: “Da mesma forma que os taxistas se mexeram e mudaram o seu modelo de negócio com a chegada do Uber, nós hoteleiros também temos que nos mexer. Hoje os hotéis da Accor não obedecem mais um padrão, cada hotel ibis por exemplo, tem a sua própria característica, tudo em nome da inovação e experiência”.

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Patrick Mendes: “A hotelaria deve estar preparada para as mudanças”

Gabriela Otto citou a inovação trazida pelos aplicativos e citou como exemplo o Rappi, que já conta com uma aba de venda de hotéis dentro de sua plataforma. “Faço tudo pelo celular, as vezes quando viajo fico muito tempo sem tocar na minha carteira. Se você puder agregar novos parceiros em uma integração que facilite a vida do usuário, é algo muito bom e recomendado”, disse Vinícius Marques.

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Vinicius Marques: “Faço tudo pelo celular, as vezes quando viajo fico muito tempo sem tocar na minha carteira”

O II Fórum Nacional da Hotelaria é uma iniciativa do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil em parceria com o Valor Econômico e Revista Época, com a Revista Hotéis como mídia de apoio.

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