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Hotelaria nacional adotará sete modelos de classificação

A hotelaria nacional terá um novo sistema de classificação, mas as novas matrizes para hotel urbano, flat, resort, hotel histórico, hotel-fazenda, pousada e de cama e café, ainda passarão por novo processo de avaliação com a realização de um projeto piloto. Isto é o que ficou acordado numa reunião ocorrida no dia 28 de maio, no 5º Salão do Turismo, que aconteceu na cidade de São Paulo, entre o Ministério do Turismo e as principais entidades da hotelaria nacional. Este novo modelo foi alvo de quatro meses de discussão entre todos os segmentos envolvidos com a atividade turística, e a partir de agora, o público conhece sete modelos que serão adotados para atribuir estrelas a sete tipos de alojamentos.
As novas matrizes foram aprovadas pela ABIH — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis e pela Associação Brasileira de Resorts. Reunidos no Salão do Turismo, a maioria das regionais da ABIH, avaliaram a iniciativa do MTur, segundo o presidente nacional da entidade, Álvaro Bezerra de Melo (Foto). “Inicialmente ficamos preocupados devido às diferenças regionais que impedem uma padronização. Porém, o ministério propôs um debate onde pudemos adequar o sistema às necessidades da hotelaria”, disse Melo. Segundo ele, no início, a entidade era totalmente contra a nova classificação, mas como as exigências ficaram mais factíveis e houve a possibilidade de todos participarem das discussões, os hoteleiros estão aderindo à classificação. “Foi uma decisão difícil de ser tomada, mas hoje, das 26 ABIH´s representadas pelo Brasil, 24 apoiam e vão entrar na nova classificação hoteleira”, garante Mello. “Discutir tudo com a sociedade e com todos os setores do trade foi o grande mérito deste projeto. Sabíamos que era necessário, mas chegar a este consenso foi difícil, mas chegamos”, disse o Presidente da Associação Brasileira de Resorts, Rubens Regis, que também participou dos debates sobre classificação hoteleira no Salão do Turismo.
A criação de um novo sistema de classificação hoteleira e a implantação do Selo de Qualidade no país são medidas fundamentais para que o Brasil se posicione com destaque no mercado mundial do turismo. A avaliação é do ministro do Turismo, Luiz Barretto. “A realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas aqui no Brasil são excelentes oportunidades para avançarmos nesse processo de qualificação do turismo nacional”, diz Barretto.
Ele argumentou que o governo não pode abdicar do papel de conduzir o processo de certificar a hotelaria e implantar o selo para prestadores de serviços turísticos. “Mas que a tarefa não é exclusiva da autoridade pública. O selo e a classificação são ferramentas para auxiliar o consumidor em suas escolhas”, acrescentou o ministro. Barretto lembrou que todo o trabalho do Ministério do Turismo está sendo feito de forma democrática, em conjunto com empresas, entidades e pessoas envolvidas com a atividade turística. Ele disse que adesão tanto à classificação como à certificação é voluntária, mas que o mercado será regulado pelo consumidor “que cada vez mais tem exigido serviços e produtos de qualidade”.
O Diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do MTur, Ricardo Moesch, ressaltou a intensa participação dos hoteleiros durante os oito encontros realizados em todas as regiões do País, reafirmando que a classificação será voluntária e não obrigatória, não sendo requisito para a concessão de financiamentos através dos bancos oficiais. Segundo Moesch, a segunda etapa do processo será estudar o sistema de classificação, a partir da sistematização das sugestões colhidas ao longo dos oito encontros. “Queremos fazer um projeto-piloto em determinados hotéis, a partir de agosto, lançando para o mercado no decorrer do segundo semestre”, afirma Moesch.

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