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Gastronomia hoteleira impulsiona a experiência dos hóspedes

Riqueza cultural brasileira permite um amplo leque de possibilidades a serem exploradas no segmento hoteleiro

Conhecer novos lugares e suas culturas é uma das motivações principais de qualquer viajante. Cada destino é único e oferece o que tem de melhor: seja a hospitalidade de seu povo, suas paisagens, suas construções, mas, além de tudo, sua comida. Há tempos, o turismo gastronômico tem disputado a vanguarda das prioridades dos turistas, que buscam, além de tudo, experiências gastronômicas marcantes. É o que aponta o levantamento feito pela The World Food Travel Association, que indica que 93% dos turistas se consideram “food travelers”, ou viajantes gastronômicos. Afinal, é impossível dissociar a Itália, o Japão, a Índia e o México, por exemplo, da sua vasta riqueza culinária e imaginar que um turista visite estes países e não prove ao menos um prato tradicional – ou ainda que a culinária não seja a finalidade principal da viagem.

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Culinária é cultura

Cada destino carrega muitas histórias e tradições, e nada mais representativo desse fato do que a culinária. É sabidamente nas comidas e bebidas locais que as tradições se materializam. E, a fim de entregar uma experiência completa, muitos hotéis têm percebido a importância de oferecer boa comida local, aproveitando assim o tempo de estadia de seus hóspedes para enriquecer sua bagagem gastronômica. E, com tantos pratos tradicionais nacionais e locais, o turismo gastronômico no Brasil apresenta um leque gigante de oportunidades para bons negócios. Sendo assim, além de algo estrategicamente vantajoso e rentável, a gastronomia hoteleira eleva o status do hotel, tornando-o mais atrativo e um destino culinário per se.

Gastronomia hoteleira impulsiona a experiência dos hóspedes
O turismo gastronômico no Brasil apresenta um leque de oportunidades – Créditos: LeoPatrizi /iStock
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Impactos positivos na receita do hotel

Em termos de economia, levantamento da consultoria Jones Lang LaSalle Hotels indicou que a área de Alimentação e Bebidas (A&B) representou uma média de 24,6% da receita dos hotéis, podendo chegar de 30% a 40% nos segmentos de luxo, que já habitualmente investem em alta gastronomia. Para Peter Kutuchian, CEO do portal Hotelier News, “é preciso trabalhar o restaurante do hotel como um negócio independente”. Sendo assim, o hóspede não precisa mais sair do hotel para comer bem. Porém deve-se atentar às suas demandas: os turistas gastronômicos são bastante exigentes e cobram qualidade da origem dos produtos à apresentação à mesa, sem esquecer do sabor, é claro. Se certificar de oferecer qualidade e experiências marcantes certamente elevará a imagem do hotel.

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Pratos tradicionais podem ser carro-chefe na experiência cultural

Portanto, uma das estratégias a seguir passa por incluir pratos tradicionais da região ao menu. Ao lado de cada opção, é possível incluir uma história do prato, enriquecendo assim a refeição ao aliar comida à cultura e à história. Esses e outros elementos, quando agregados, enriquecem toda a experiência de mergulho na cultura local, como ao criar eventos temáticos e decorações especiais, por exemplo.

Além disso, cada vez mais as pessoas têm se preocupado com a qualidade e com a proveniência dos produtos que consomem, e, com a gastronomia hoteleira, não é diferente. Utilizar produtos orgânicos e locais – o chamado “quilômetro zero” – agrega valor e sustentabilidade aos produtos ao valorizar pequenos produtores e mostrar preocupação com a redução nas emissões de gases prejudiciais ao meio ambiente. Ademais, produtos orgânicos são mais saudáveis e não utilizam agrotóxicos. Nessa mesma toada, um menu vegano ou plant-based oferece opções para quem não consome produtos derivados de animais, abrindo assim uma janela de oportunidades para um público crescente. Por vezes, pode ser esta a única opção vegana em um destino turístico.

Gastronomia hoteleira impulsiona a experiência dos hóspedes
A oferta gastronômica dos hotéis não devem se restringir somente aos hóspedes – Créditos: ilkermetinkursova/iStock
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Abrindo a cozinha para a comunidade

Por essa razão, a experiência gastronômica no hotel pode e deve não se restringir somente aos hóspedes, mas precisa estar aberta para a comunidade e para os demais turistas e clientes externos. No entanto, para garantir uma experiência única, pacotes especiais podem ser oferecidos, com direito a refeições exclusivas, por exemplo. No mais, oferecer experiências de cozinha aberta pode ser algo edificante. Permitir a interação do hóspede com o preparo de sua comida pode ser ainda mais gratificante com a presença e atuação de chefs convidados. Tais eventos podem incluir um prato especial pensado pelo profissional, podendo atrair bastante atenção para o hotel. No entanto, para alcançar o objetivo de criar marcas indeléveis na memória dos hóspedes, deve-se pensar em oferecer o melhor, o que significa contratar profissionais formados na faculdade de gastronomia, para, através dos seus conhecimentos e técnicas, preparar o que a culinária local tem de melhor.

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Denise Bertola

Denise Bertola é Repórter da Revista Hotéis

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