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Gastronomia é abordada no último painel do dia no evento online Tendências 360

O último painel do primeiro dia do evento online Tendências 360, abordou a gastronomia como assunto. Com participações de Edrey Momo,  Restaurateur, Georges Schnyder, do Prazeres da Mesa e Néli Pereira,  mixologista e pesquisadora. Com cobertura da Revista Hotéis em tempo real, o primeiro assunto do evento foi em relação aos reflexos da COVID-19 no mundo e Ativismo no Brasil.

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Monocultura

Néli Pereira: “Eu acho que deveríamos pensar muito quando falamos em alimentação, em relação a monocultura”

Néli Pereira, mixologista e pesquisadora, começou o assunto falando sobre o ramo, o de bebidas. “Eu queria começar propor, embora eu seja um pouco menos pragmática, eu acho importante falar de tendências a partir da pandemia, certamente era uma tendência que já vinha acontecendo ganhando força. Eu acho que deveríamos pensar muito quando falamos em alimentação, em relação a monocultura. O primeiro problema é em relação ao solo, a terra. Ela padroniza, ela nesse processo aniquila cultura e saberes que estão naquela terra. Além disso, ela é perversa por conta do agrotóxico também. Isso causa doença, causa doença no solo, na água que a gente bebe. Ela é uma cadeia perversa”, comentou.

Tendências gastronômicas

Georges Schnyder: “Quando a gente fala de regeneração, mercado, comida, falamos de restauração”

Georges Schnyder, do Prazeres da Mesa, comentou sobre a as novas fases que a gastronomia passa. “Quando a gente fala de regeneração, mercado, comida, falamos de restauração. Está tudo ligado. E a restauração faz parte da arte de comer fora. Antes era um lugar de descanso, confraternização. Restaurar é uma função que se perdeu ao longo dos anos após criar tendências homogêneas. O que estamos abordando é adversidade. E adversidade do negócio não é só o cupcake, hamburgueria ou pizzaria, mas é no próprio negócio e é uma tendência a partir de agora. Repensar a forma da alimentação fora do lar, tem de pensar em tudo, desde o campo, da agricultura, até mesmo, até quem come, porque come, quem come. Essa discussão volta em vários outros aspectos”, comenta.

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Edrey Momo: “Na saída dessa fase, que entendemos o que é bom para nós e não para grande maioria”

Edrey Momo, Restaurateur (quem abre e gerencia profissionalmente restaurantes), opinou sobre o assunto: “O nosso setor sofre porque o consumidor não encontra dentro dos nossos restaurantes, então temos que educá-los. Tive um restaurante japonês. Fui pro Japão entender o conceito, ai eu abri e não tinha sushi nem sashimi. Então abre uma discussão om o cliente, porque é algo que ele está acostumado. Cabe a nós como restauradores, temos que resgatar a cultura e a dignidade da pessoa, na nossa área que é hospitalidade. Quando entramos num restaurante, ele tem uma cultura, uma história. Infelizmente temos uma clientela que não enxerga isso, que não vê isso. Ela vai pela mídia fala, não pelo que ela acha. O que deixo é para você ser analista das coisas para você mesmo. Como dizia o filósofo “conheça a ti mesmo”. Na saída dessa fase, que entendemos o que é bom para nós e não para grande maioria”, apontou.

Mercado

Momo deu a sua opinião sobre o lado dos Restaurantes no mercado brasileiro. “Precisamos viabilizar as coisas. Aqui no Brasil tudo é muito complicado. Cansa porque você você brigando com as coisas que seriam obvias. É muito mais fácil eu comprar um peixe de Santos do que trazer um salmão do Chile, mas não é. Porque é inviável economicamente. É muito mais fácil comprar vinho no Sul do Brasil, mas não é, então importamos. Então isso cansa, essa coisa só vai funcionar quando a cadeia estiver viável. Talvez eu pague mais caro comprando um produto brasileiro do que importado”, sinaliza.

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Desbravador

Néli Pereira falou sobre as leis da Anvisa. “A gente usa a questão da Anvisa como uma desculpa para não fazer. Claro, temos as legislações que são higienistas, para dizer o mínimo. Tem muita coisa brasileira que a gente consegue fazer e usar, e usamos como desculpa a Anvisa. Precisamos fazer um esforço para entender. Temos que fazer a tarefa de casa e estar disposto a fazer”, disse.

Georges Schnyder também opina sobre o assunto citando um exemplo. “Tem um outro ingrediente fantástico, o Paraná está fazendo, que vem das abelhas melíponas (sem ferrão ou com ferrão atrofiado). Isso é um mercado incrível, que ninguém entendia, funciona em bebida, é fermentado, pode ter variedade. E isso preserva a cultura. Mas nós precisamos mudar, tirar a abelhas africanas e europeias do mercado e colocar as melíponas lá. Nós estamos num momento de regeneração, é diferente de 10 anos atrás”, finaliza.

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