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Gargalos e adequações no Brasil foram debatidos no Encontro do Setor de Feiras e Eventos

Os Serviços – Gargalos e adequações para o hoje, foi o tema da palestra que terminou agora à pouco no terceiro painel da VIII edição do ESFE – Encontro do Setor de Feiras e Eventos  que acontece durante o dia de hoje no Centro de Eventos Golden Hall no hotel Sheraton WTC, na capital paulista. O foco foi debater os rumos que serão tomados com relação à alta demanda de hotéis e infra-estrutura no País com a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

 

O Vice-presidente da ABIH-SP – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do estado de São Paulo, Maurício Bernardino mediou os debates que contou com a participação de Lúcio Yamashita, Diretor geral da Aeroméxico para a América do Sul, Patrick Mendes, Diretor de operações da rede Accor no Brasil, Rui Manuel Oliveira, Vice-presidente sênior da Melia International, Ralph Aissemann, Presidente da companhia aérea Emirates no Brasil e João Márcio Jordão, Supervisor da INFRAERO.

 

A palestra inicial ficou por conta do empresário Paulo Castelo Branco, Presidente do Grupo Águia que assegurou que os gargalos é “um conjunto de coisas numa somatória que faz com que estejamos atrasados em relação a outros países. Se discute muito em saber se os estádios vão sair, mas não os entornos e a mobilidade de como chegar. Não falta planejamento no Brasil, mas sim, falta de vontade política em executar aquilo que deve ser executado. Temos uma oportunidade única de mostrar ao mundo nosso legado, pois cerca de 4,2 bilhões de pessoas ao redor do mundo assistirão aos jogos da Copa do Mundo de 2014 . Se quiser ter uma economia moderna e evoluída é necessário que a iniciativa privada seja chamada para ajudar a avalancar o desenvolvimento. Mesmos com tantos problemas, tenho uma visão otimista que mesmo os governantes começando a agir tarde, teremos a infraestrutura necessária para atender a demanda, se contar com a vontade política.

 

O Supervisor Jordão destacou que os planos diretores de modernização e ampliação dos aeroportos já existem desde a época de 80, mas os tempos mudaram e aeroportos que recebiam pequenas aeronaves e hoje modernas aeronaves transportam um grande número de passageiros que sobrecarrega os aeroportos. É difícil acompanhar a demanda. No ano passado a INFRAERO investiu 1,4 bilhão na modernização dos aeroportos e este ano 1,8 bilhão. Isto assegura que os aeroportos estarão preparados para atender a demanda de passageiros.

 

Rui Manuel destacou alguns gargalos na hotelaria brasileira, focando a cidade de São Paulo, e o primeiro foi o fato de quase todas as feiras e eventos serem realizados durante a semana. “Isto impactua na piora da mobilidade viária e acesso aos locais, justamente quando existe uma alta demanda de ocupação hoteleira. A solução seria os organizadores de feiras e eventos começarem a conceber os eventos nos finais de semana, pois teria uma hotelaria com uma ocupação um pouco mais baixa e uma melhor mobilidade viária”, destacou Rui Manuel. Ele completou dizendo que a escassez da mão de obra qualificada, assim como o crescimento da violência urbana, como outros gargalos que atravancam o setor hoteleiro.

 

De acordo com Lúcio Yamashita, grande parte dos aeroportos no México são privatizados e as operações funcionam. “Os aeroportos brasileiros não possuem infraestrutura necessária para atender aeronaves de vôos de longa distância, como os que são realizados pela Aeroméxico. Fico com receio se os aeroportos brasileiros estão preparados para receber a grande demanda de turistas que virão para os eventos que o Brasil sediará nos próximos anos”, mencionou Yamashita.

 

O Diretor de operações da Accor no Brasil, Patrick Mendes destacou que a insegurança é muito destacada no exterior e isto causa um  certo temor pelos turistas estrangeiros. Além disto, Mendes destacou a entrada e saída de trabalhadores hoteleiros no Brasil é muito grande. “Temos de 45 a 50% de tuner over no Brasil e em Portugal não passa de 8%”, garantiu Mendes encerrando seu debate lembrando das dificuldades de se construir hotéis no Brasil em razão da burocracia.

 

Ralph Aissemann, Presidente da Emirates no Brasil, disse que o aeroporto de Guarulhos teve uma ‘maquiagem, maquiagem esta bem feita’ e que isto é um alento de que as coisas vão melhorar, mas criticou a demora em fazer os investimentos aeroportuários necessários. “Em Cumbica falta local de estacionamento para as aeronaves que se agrava se for de portes maiores, como os A 380. Nossa companhia aérea opera vários que podem descer em Cumbica, mas ainda não descem em razão das limitações do pátio que não está preparado”, conclui o debate Aissemann.

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