Cresce adesão na hotelaria ao mercado livre de energia limpa

O ambiente de contratação livre oferece flexibilidade para negociar preços, contratos, fornecedores e escolher as fontes de energia

A crescente conscientização ambiental tem impulsionado mudanças significativas em diversos setores, e a hotelaria não fica para trás. Os hotéis desempenham um papel crucial na indústria do turismo e, como tal, têm a oportunidade de liderar iniciativas sustentáveis. Uma das opções que cada vez mais tem ganhado força é a transição para comercialização livre de energia. Adotar essa iniciativa é uma estratégia eficaz para reduzir a pegada de carbono e melhorar a responsabilidade ambiental.

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Entre as opções de fontes de energia livre e limpa estão a solar, captada por meios de painéis solares e usinas fotovoltaicas; eólica, gerada pela força do vento capturada por turbinas eólicas; biomassa, obtida a partir de materiais orgânicos, como resíduos agrícolas ou florestais; e geotérmica, energia proveniente do calor interno da Terra. Além da questão ambiental, a livre comercialização de energia também envolve questões de democratização e redução das tarifas de energia elétrica. O mercado livre de energia elétrica, ou ACL – Ambiente de Contratação Livre, é o ambiente em que os consumidores podem escolher livremente seus fornecedores de energia. Nessa modalidade de compra os clientes negociam energia elétrica e têm liberdade para discutir preço, quantidade a ser adquirida, período de fornecimento e condições de pagamento. O mercado livre de energia não é uma novidade, mas por muito tempo foi restrito para grandes indústrias, como a metalúrgica, por exemplo. Isso porque as regras para comercialização de energia só eram aplicáveis para quem tivesse demanda acima de 1.000 quilowatts (kW) ou 500 kW. Em 2022, o governo federal publicou uma portaria permitindo que todos os consumidores ligados em alta tensão pudessem entrar no mercado livre, o que beneficiou diversos tipos de negócios. Redes hoteleiras, como o Grupo Tauá e Bourbon Hotéis e Resorts e hotéis de grande porte como o Le Canton e o Unique já aderiram ao mercado livre de energia. Porém a partir de janeiro de 2024 pequenas e médias empresas que utilizam média e alta tensão e fazem parte do chamado grupo A (indústrias e comércios que usam voltagem acima de 2,3 kV) poderão migrar para o mercado livre de energia, independentemente da demanda contratada e economizar até 35% na conta de luz. Essa ampliação vai beneficiar pousadas e pequenos hotéis que hoje ainda são atendidos no ambiente de contratação regulada, como a maioria dos clientes.

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Denise Bertola

Denise Bertola é Repórter da Revista Hotéis

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