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Captação de talentos é tema de painel na 60ª Equipotel

No quarto e último dia da 60ª Equipotel, evento realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, Carlos Jacobina, Gerente geral do Novotel Itu e VP financeiro da Resorts Brasil; Felipe Castro, Diretor de operações do Grupo Tauá e VP de operações da Resorts Brasil; e Marcelo Picka Van Roey, Presidente da Resorts Brasil, integraram o painel “Desafios e Soluções na Busca por Talentos Qualificados para Resorts”, promovido pela Escola de Hoteleiros, com mediação de Lizandra Nunes.

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Captação de talentos é tema de palestra na 60ª Equipotel
O painel foi o mais aguardado do último dia da programação da Escola de Hoteleiros (Foto: Hugo Okada)

Para começar, Lizandra explicou a missão da Escola de Hoteleiros e como os interessados podem se inscrever e acompanhar os conteúdos on-line e presencial. Em seguida, apresentou os convidados, que fizeram uma breve apresentação sobre suas carreiras na hotelaria. A primeira indagação de Lizandra foi direcionada para Marcelo Picka, sobre o tema principal do painel, captação de talentos. “A característica do resort, segundo pesquisa da própria entidade, mostra que a maioria do resorts no Brasil estão em cidades pequenas, o que por um lado gera dificuldade, mas também é uma oportunidade para capacitar a mão de obra local.

Nosso setor vem enfrentando dificuldades nesse sentido, mas no final das contas, a hotelaria e o lazer não é tão diferente de outras áreas, que funcionam também de final de semana. Não existem longas jornadas de trabalho, seguimos a legislação vigente, mas o grande desafio reside em como atrair a nova geração para o mercado. Temos a vantagem de ser um ambiente prazeiroso de se trabalhar, com uma proposta diferente, mesmo para quem está no back. Acho que toda profissão exige dedicação e o ‘fazer acontecer’. Não temos todas as respostas, mas acho que basicamente é isso, o que fazer para captar, treinar e desenvolver”.

Captação de talentos é tema de palestra na 60ª Equipotel
Felipe Castro, do Grupo Tauá (Foto: Hugo Okada)
Destinos e estratégias

Felipe Castro, do Grupo Tauá, complementou a fala de Marcelo sobre a questão das regiões. “Conseguimos atrair muitas pessoas, mas acredito que o retenção é o maior desafio. Diminuir o turnover. No Tauá temos uma universidade interna com mais de 120 cursos para o desenvolvimento dos colaboradores. No ano passado, 50% do nosso quadro apresentou desenvolvimento dentro do nosso Grupo. Não existe fórmula exata para isso, mas os desafios estão divididos em algumas áreas. 95% das grandes empresas possuem os mesmos benefícios, mas o Tauá faz a diferença no tratamento com os colaboradores. Criamos um plano de trainee para gerentes e gerentes de áreas. Sabemos que os colaboradores necessitam de ajuda para esse crescimento. Mas não existe uma fórmula, repito. Independente de região”, pontuou o executivo.

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Carlos Jacobina afirmou: “Na Accor são mais de quatrocentos hotéis no Brasil e 90% são executivos. Costumo dizer que trabalhamos no resort, que remete a diversão, mas a legislação no País ainda é muito ‘careta’. Trazemos para a nossa realidade, em uma cidade como Itu, que ainda não tem formação de mão de obra, muita criatividade. Estamos investindo muito na retenção de talentos. Treinamento mais do que nunca, deve ser criativo. Procuramos prefeituras, ONG’s, entre outras entidades para a descoberta de novos talentos e desenvolvimento da mão de obra. Temos diversos programas voltados para o processo de formação de pessoas”.

Entendendo a Geração Z

Ainda sobre o turnover, Lizandra quis saber dos convidados se todos mantém a prática da entrevista de desligamento, a fim de saber os motivos da saída e a partir disso, formular novas estratégias de retenção. “A impressão que eu tenho é que nunca temos um recorte real na entrevista de desligamento. Acho que o trabalho é preventivo, acompanhar e entender o desenvolvimento do colaborador e ajudar na sua trajetória. Os gestores são muito próximos das operações dos resorts. O hóspede passa mais tempo no restaurante do que no quarto em nosso segmento, e também nas áreas sociais. Assim, você já sabe a importância dos colaboradores em manter o melhor atendimento e a melhor manutenção desses espaços. Temos que acompanhar tudo isso, é legal saber antes o que acontece e tornar essa entrevista só uma formalidade”, opinou Marcelo Picka.

Castro complementou que, nesse processo de acompanhamento, é possível sim, aumentar a retenção de talentos. “Garanto que a maior parte dos desligamentos é por causa dos líderes. Ao mesmo passo que você vê equipes extremamente motivadas, você também pode constatar o contrário e a origem disso vem da liderança”, ressaltou. Para Jacobina, o recrutamento e o acolhimento do colaborador são dois momentos essenciais para definir a jornada do profissional dentro do empreendimento.

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Crescimento

Lizandra quis saber a percepção de Marcelo Picka sobre os talentos no setor de resorts e multipropriedade. “Nosso problema para as aberturas, é a ansiedade de uma geração que não consegue se manter mais que nove meses em um mesmo emprego. Você só não cresce na hotelaria se você não quiser. A própria Escola de Hoteleiros está ai e não me deixa mentir. A formação depende hoje muito mais da pessoa. O Grupo Tauá mesmo, está em expansão, a Accor também, vão abrir muitos hotéis e existe espaço para esse desenvolvimento, e se você se dedica, alguma vaga de liderança vai sobrar para você. Nós como gestores, sabemos quais são esses potenciais e sempre motivamos a sua dedicação para o seu crescimento. Sendo muito repetitivo, você não será um gestor na hotelaria se você não quiser”, finalizou Picka.

A 60ª Equipotel encerra a sua programação logo mais às 20h00, no Expo Center Norte, em São Paulo.

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