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Café da manhã, vitrine para a produção da agricultura familiar

Artigo de Marina Simião* – Café da manhã também podia chamar “aconchego”. Um bom café da manhã é sinônimo de autocuidado e, confesso, é a minha refeição preferida. Começar o dia provando produtos de qualidade, saborosos e de preferência caseiros, ajuda a manter o ritmo, melhora o humor e dá energia para realizar as atividades de forma mais leve, seja em um dia de descanso, de trabalho, de estudos ou de viagem.

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Ao viajar, o café-da-manhã se torna uma diversão à parte! Isso porque acredito, que parte da experiência turística passa por conhecer os sabores do destino. Sendo assim, o café-da-manhã do hotel ou pousada vira uma espécie de “aperitivo”, do que se tem por descobrir.

Por exemplo, em uma viagem a qualquer destino mineiro é praticamente um sacrilégio, não ter no café da manhã um pão de queijo quentinho. Sendo isso, a principal porta de entrada dos turistas para o estado, por isso, poder apresentar a diversidade da gastronomia mineira, mesmo que seja uma viagem de trabalho, faz despertar a curiosidade e o paladar, para conhecer mais de perto as riquezas e as paisagens.

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Café da manhã, vitrine para a produção da agricultura familiar
O café é a principal refeição do dia – Foto de Marina Simião

Afinal, como não apresentar ao turista que vai à região do Caparaó, o café e para quem vai visitar a Canastra, Serro, Salitre ou qualquer uma das regiões queijeiras, o queijo minas artesanal? Em Nova Lima temos “queca”, herança da passagem dos ingleses pela região e ainda, em Congonhas, não podemos deixar de apresentar as quitandas. Assim, por si só, o café-da-manhã pode se tornar uma experiência para o turista e uma vitrine para os produtos locais.

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Vitrine essa, que tem como base a agricultura familiar. Minas Gerais possui o segundo maior número de agricultores familiares do País, diretamente envolvidos com a produção de queijo, doces, geleias, cafés, frutas, mel, azeites e outros tantos alimentos. São produtos que carregam em si a história, os saberes, as características daquela terra, daquele ambiente, ou seja, que falam de gente, que valorizam o conhecimento passado de geração em geração.

Antes mesmo da pandemia, o “storytelling”, ou seja, a capacidade de contar histórias, compartilhar narrativas, já despontava como uma tendência para o turismo. Com a retomada gradativa das atividades turísticas, a busca por histórias, por aproximação, por oportunidades de encontro, configuram uma importante parcela das demandas apresentadas pelos turistas.

Café da manhã, vitrine para a produção da agricultura familiar
A agricultura familiar possui muitos produtos que podem ajudar na formação do café da manhã dos hotéis – Foto de Marina Simião
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A aproximação de agricultores familiares e empreendedores do setor de meios de hospedagem é uma oportunidade para agregar valor aos produtos e serviços de ambos. A apresentação de produtos locais nos cafés da manhã, com narrativas próprias, que contam um pouco mais sobre a região, sobre as pessoas e a cultura local, trazem para os meios de hospedagem um aumento na qualidade por meio da humanização na prestação de serviços.

A agricultura familiar, é a entrada em um nicho de mercado que contribui para o reconhecimento do trabalho dos agricultores familiares e também agrega valor ao produto em si e ainda pode gerar outras demandas de serviços acoplados, como por exemplo, cestas de produtos artesanais para piqueniques, lanches de trilha e outros.

Café da manhã, vitrine para a produção da agricultura familiar
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Parcerias como essas beneficiam também o destino, já que novos atores são incluídos na cadeia produtiva do turismo, gera-se a oportunidade de aumento da oferta de trabalho e geração de renda, valorização dos saberes e das pessoas da localidade, além da diversificação da oferta turística com a apresentação de novos roteiros gastronômicos.

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O turista, que cada vez mais busca por experiências, passa a encontrá-las então, já no café da manhã e, caso seja uma passagem rápida pelo destino, poderá retornar com história pra contar e claro, um gostinho de quero mais.

Café da manhã, vitrine para a produção da agricultura familiar

*Marina Simião é Turismóloga, mestre em economia criativa, membro da Recria – Rede Brasileira de Experiências e Turismo Criativo, idealizadora da Metologia Patchwork, mineira de nascimento e do mundo de coração.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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