Brazil GRI 2012 discute sobre as perspectivas da oferta e demanda hoteleira nos próximos anos
A demanda e a oferta hoteleira estão harmoniosas ou turbulentas no Brasil? Este foi o tema da palestra que aconteceu agora à pouco na 3ª edição do GRI – Global Real Estate Institute, que termina hoje (7/11), no Hotel InterContinental São Paulo, na capital paulista. O evento é promovido pela GRI – Global Real Estate Institute, reúne profissionais do setor imobiliário e hoteleiro com objetivo de debater assuntos relevantes do setor. A Revista Hotéis está presente como Media Partner.
Participaram deste painel: Roland Bonadona, COO da Accor para América Latina; Guilherme Cesari, Vice-presidente de Desenvolvimento da rede Marriott International; José Romeu Ferraz Neto, Representante do Sinduscon-SP, junto a FIESP; Gastão Valente, Diretor Executivo da BTG Pactual; Bernard Van der Lande, Diretor Administrativo da Hodges Ward Elliott e Rogério Basso da Terranum.
Entre os assuntos abordados pelos painelistas sobre hotelaria foram sazonalidade, rentabilidade, investimentos, desenvolvimento de novas atrações, diária média e marketing. Eles foram unanimes em dizer que o investidor primeiramente tem que fazer uma pesquisa de mercado para qualquer tipo de bandeira tanto para hotéis econômicos quanto a resorts no Brasil, e avaliar a demanda a médio e longo prazo. “Temos um mercado bem amplo e promissor para atender este mercado hoteleiro que está em franco crescimento. Precisamos detectar áreas inexploradas, e que não estão saturados para o mercado hoteleiro”, frisa Bonadona.
De acordo com os painelistas um dos locais prósperos e que tem uma demanda reprimida por hotéis no país é a região do pré-sal. Já Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM), são lugares que vai ter excesso de oferta e falta de demanda. “Concordo com meus colegas painelistas que são locais que são lugares prósperos para se investir em hotelaria. Na minha visão São Paulo e Rio de Janeiro também são mercados que tem uma demanda muito grande e reprimida principalmente de perfil corporativo e econômico. Devem ser vistos como mercados promissores”, destaca Cesari.
Já em referência aos hotéis-boutique e de luxo no Brasil, Basso enfatiza que tem um custo muito alto de construção no Brasil, comparado a outros países da América Latina e a diária média é muito baixa, ou seja, não é rentável ainda investir no país. “O mercado brasileiro não está maduro para absorver este tipo de hotel. Os investidores ainda se assustam com a burocracia para se construir no Brasil e o custo do terreno”, diz Basso. “Entretanto temos um mercado amplo e promissor para atender o segmento de hotéis econômicos, principalmente em regiões de alto crescimento econômico, como o interior paulista, em regiões do nordeste e ao em torno de grandes capitais brasileiras, ressalta Bonadona.
Os investimentos em condo-hotéis é um modelo considerado pelos painelistas que podem ajudar no crescimento de resorts e de hotéis de luxo no país nos próximos anos, e suprir a oferta e a demanda devido ao crescimento do poder aquisitivo da população. Mas deve ser analisado com cautela pelos investidores, por ser visto mais como fundo de investimento imobiliário. “O condo-hotel é ainda visto como um pool no mercado hoteleiro brasileiro. O investidor que quer investir neste segmento necessita pesquisar muito e observa também a especulação do mercado, principalmente de terrenos e incorporações. Ficar atento a legislação brasileira, principalmente referente a ambiental”, conclui Basso.
Ainda hoje no Brazil GRI 2012 serão realizadas palestras sobre: fundos de pensão no mercado imobiliário, o programa do governo federal Minha Casa Minha Vida e comunidades planejadas.
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