Por Alexandre Sampaio*
Segundo o Ministério do Turismo, de acordo com uma pesquisa realizada em 2020, 74% das 30 rotas turísticas estratégicas do Brasil que agrupam 158 municípios não oferecem internet gratuita em seus principais locais turísticos. O levantamento apontou ainda que os principais motivos apontados foram a falta de planejamento e de estrutura local.
Esses dados preocupam o trade turístico, pois a internet faz parte de toda a experiência de uma viagem. Desde a escolha do local, a reserva dos hotéis, montagem do roteiro até o registro e compartilhamento de fotos. Nos últimos anos, a internet se tornou a principal ferramenta para a troca de informações.
O setor turístico brasileiro açambarca inúmeras atividades e impacta de maneiras distintas os estados e as regiões da federação. A pujança de nossa natureza, já classificada pelo WTTC como nosso maior ativo, alavanca o empreendedorismo de prestadores de serviços de inúmeras empresas, investidores e profissionais.
Com base nos cinco pilares da metodologia de Destinos Turísticos Inteligentes — governança, tecnologia, inovação, sustentabilidade e acessibilidade -, a tecnologia faz parte dos objetivos do turismo. E, apesar de toda a modernidade e avanço da tecnologia, o Brasil segue em atraso se comparado a outros países. Por se tratar de um país tão rico com os melhores destinos, seja pelas praias e gastronomia, deveríamos estar com a tecnologia alinhada ao tamanho do potencial que temos em nosso País.
Sabemos que existem diversas possibilidades para o segmento de turismo, quando o assunto é tecnologia e inovação. Dentre eles, fatores que podem revolucionar as estratégias de atuação das empresas, alguns deles são a velocidade da informação, o acesso direto aos nichos de clientes e a amplitude de mercado.
No tocante às redes sociais, sabemos que elas se tornaram grandes aliadas do turismo. Especialmente pelo poder de divulgar e engajar os visitantes e pontos turísticos rapidamente. Afinal, a imagem é um dos principais cartões de visita para venda de pontos turísticos.
Nesse sentido, parabenizo a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, pela parceria com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para tratar da melhoria da conectividade à internet nos principais destinos turísticos do Brasil. Precisamos destas alianças e este incentivo para alavancar o trade turístico de os meios de hospedagem do país, especialmente no primeiro ano oficialmente sem pandemia.
*Alexandre Sampaio é Presidente da FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação
