Retomada da hotelaria no Brasil em 2021 será lenta e gradual

O segmento sofreu um grande impacto provocado pela pandemia da COVID-19 em 2020, mas já começou a reagir, principalmente o setor de lazer

Retomada da hotelaria no Brasil em 2021 será lenta e gradual

Houve uma queda drástica na taxa de ocupação nos hotéis associados ao FOHB em 2020 na comparação com 2019 (Foto: Divulgação/FOHB)A pandemia da COVID-19 que teve início no final de 2019 na China e se espalhou rapidamente pelo mundo, teve um grande impacto na economia mundial. E a hotelaria foi um dos setores que mais sentiram esse impacto, pois é o principal elo da economia do turismo. E no Brasil o impacto nos hotéis voltados ao business travel foi devastador. Isso é o que afirma Orlando de Souza, Presidente executivo do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. “Mais de 90% dos hotéis filiados ao FOHB têm 90% de seu fluxo financeiro em cima do business travel e são dependentes de malha aérea, dos eventos, feiras, congressos e reuniões. Como tudo isso parou, nossas receitas foram, num primeiro momento para quase zero. Atualmente apenas 6% dos hotéis que interromperam as operações, em razão da COVID-19, se encontram fechados, mas devem retomar às atividades nesse mês de fevereiro. Mas com o recrudescimento na pandemia, é possível que muitos hotéis que reabriram podem voltar a fechar neste semestre de 2021 se a movimentação do business travel não melhorar. Nós achamos que não vai melhorar, ou pode piorar se esta segunda onda vier com mais força ainda. Nessa situação as empresas não vão deixar seus quadros executivos viajarem e participarem de eventos enquanto não houver uma imunização consistente através de um processo alargado de vacinação.

Publicidade
APP da Revista Hoteis

Orlando defende ações das autoridades em relação a projeção para que as empresas possam sobreviver a esse período de escassez absoluta e para que possam estar minimamente saudáveis quando da retomada e lista algumas medidas. “A prorrogação do estado de calamidade, pois ainda ele persiste na prática, com a reedição das medidas trabalhistas de alívio na folha e dos encargos. A prorrogação de moratória no recolhimento de impostos, na reedição do benefício emergencial na suspensão de contratos de trabalho, evitando demissões. Prorrogação da lei que permite que não tenhamos que reembolsar reservas antecipadas, mas que sejam remarcados ou gerados créditos para uso futuro (a exemplo do que fizeram para as aéreas). A demanda não volta porque as pessoas não querem viajar, não volta porque não podem e não devem viajar sem a vacina”, enfatiza Orlando.

Leia Mais
Publicidade
Harus

Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

CLICK AQUI PARA ESCOLHER O IDIOMA DA LEITURA
error: ARQUIVO NÃO AUTORIZADO PARA IMPRESSÃO E CÓPIA