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Primeiro painel do IMOBTUR 2023 trouxe a visão dos investidores

Com o tema “A hotelaria como negócio: a visão dos investidores institucionais”, o painel abriu os primeiros debates do dia

IMOBTUR 2023, evento que reúne os diversos meios de hospedagem, plataformas e operadores de aluguel por temporada, OTAs, startups de tecnologia e investidores para discutir o futuro da hospitalidade, que acontece nesta quarta-feira, 29 de novembro, no Amcham Business Center, em São Paulo (SP), abriu seus trabalhos com o painel “A hotelaria como negócio: a visão dos investidores institucionais”, que trouxe como moderador Diogo Canteras, Sócio-diretor da HotelInvest e como convidados Gastão Valente, Head Brazil da GIC Real State; Caio Adelfo, Diretor de Real State do BTG Pactual; e Rodrigo Reali, VP Sênior de Investimentos do HSI.

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Primeiro painel do IMOBTUR 2023 trouxe a visão dos investidores
Caio Adelfo, Diretor de Real State do BTG Pactual; (Foto: Edgar J. Oliveira)
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Diogo Canteras começou falando que temos no Brasil grandes grupos econômicos que escolhem a hotelaria como investimento. “Há uma estratégia de gerir o investimento hoteleiro. Hoje contamos com a presença de grandes protagonistas nessa área”, disse. Em seguida, Diogo pediu para os convidados se apresentarem. O primeiro foi Gastão Valente, afirmando que, “a GIC Real State tem investimentos em mais de 40 países e está há mais de 20 anos no Brasil, com um escritório desde 2014 na cidade de São Paulo”. Já Caio Adelfo falou que o BTG Pactual gere 1.600 quartos de hotel e possui ativos econômicos, inclusive no segmento de luxo. Rodrigo Reali comentou que “a HSI é gestora de recursos alternativos, atuamos no Brasil desde 2006, com boa parte do negócio em imobiliário. Gerimos um portfólio com quase 2.000 quartos de hotéis, desde o interior do Brasil até a cidade de São Paulo”.

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Rodrigo Reali, VP Sênior de Investimentos do HSI. (Foto: Edgar J. Oliveira)
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Canteras salientou que o setor hoteleiro foi um dos que mais sofreu na pandemia e perguntou aos convidados quais as cicatrizes que ela deixou e o momento atual, com as oportunidades de investimento. Reali afirmou que “foi o maior teste de estresse que o setor podia passar, foram quatro meses de atividades suspensas, desligamos boa parte dos funcionários, foi algo fora do convencional. Mas o ano de 2023 tem sido um dos melhores anos desde que comecei a trabalhar no negócio, e a pandemia é uma página virada para a hotelaria, foi o setor que saiu mais fortalecido. Além disso, o turismo de lazer tem soprado bons ventos para nossos negócios também. São nesses momentos que conseguimos enxergar investimentos em ativos”, ele completa. Caio Adelfo lembrou que “ainda tem muita coisa para correr atrás e que não foi possível durante a pandemia. Um ponto positivo é a recuperação do setor de eventos corporativos, turísticos e shows. Buscamos ampliar nosso ramo de negócios nessa área”. Para Valente, “nosso primeiro investimento em equity foi em janeiro de 2020, em março ocorreu a pandemia e ficamos muito preocupados. Vindo uma oportunidade, nós reagimos e vemos se encaixa no nosso perfil de risco e retorno. O impacto da pandemia vai ser difícil recompor em investimentos, mas hoje vemos números interessantes, a reação do setor, principalmente em São Paulo, vemos com muito otimismo no setor de turismo de business”.

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Gastão Valente, Head Brazil da GIC Real State. (Foto: Edgar J. Oliveira)
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O assunto seguinte abordado foi a gestão do investimento, a hora de saber quando comprar, vender, reformar, renovar e quando a operação não está devidamente enxuta. Como fazer essa gestão do investimento hoteleiro dentro do DIC? Para Gastão, “nós sempre temos parceiros para a gestão do dia a dia dos ativos, como venda e compra. Sentimos falta de uma liquidez dos ativos, nós temos uma exposição de R$ 1,5 bilhão e meio para hotelaria (crédito e equity). Essa incerteza de achar liquidez para os ativos é importante. Temos poucos fundos de hotel, acredito que para ter mais investimento, precisamos ter um mercado que recicle o investimento”, revelou. Caio concordou: “Os fundos são pequenos, hoje existem duas gestoras com fundos listados de hotelaria. Para os outros setores é mais comum. Pessoa física é rendimento mensal, buscar uma carteira blindada e com pouca sazonalidade, investimos em São Paulo porque ela oferece essa segurança maior da continuidade dos resultados”, afirmou.

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Rodrigo Reali comentou sobre o investimento em Greenfield, que no momento tem sua viabilidade complicada. “Se eu tivesse segurança num retorno de 30% ao ano, dava para fazer esse investimento, mas é muito difícil”. Ele finalizou falando sobre as dificuldades para gerar os ativos com bandeiras próprias. “Cheguei na HSI em 2017, encontramos muitas dificuldades para gerar os ativos com bandeiras próprias, a solução foi colocar todas do hotel Ibis para a Atrio. Contamos muito com o apoio das operadoras e nossa missão é fazer com que a propriedade esteja apta para as bandeiras extraírem o máximo de resultado”, concluiu

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João Bernardes

João Bernardes é Repórter da Revista Hotéis

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