Palestra de Márcio Kumruian encerrou a 7ª edição do Top Seller
O evento promovido pela RCI Brasil, desde ontem no Wish Resort Natal by GJP, tem a Revista Hotéis como Media Partner que fez cobertura em tempo real de todas as palestras e dos debates
Direto de Natal (RN) – Márcio Kumruian, fundador da Netshoes, um dos maiores e-commerces de artigos esportivos do planeta, proferiu agora a pouco a palestra de encerramento da 7ª edição do Top Seller Event. O evento promovido pela RCI Brasil, desde ontem no Wish Resort Natal by GJP, tem a Revista Hotéis como Media Partner que fez cobertura em tempo real de todas as palestras e dos debates. Esse é o maior evento do gênero no Brasil e reuniu 550 profissionais ligados a indústria do tempo compartilhado (timeshare e multipropriedade) para amplos debates de temas importantes do setor.
Kumruian abordou em sua palestra o tema: Do fundo do estacionamento ao bilhão na Internet. Ele é formado em economia e ainda no período de sua graduação, trabalhou em uma loja de calçados. Em 2000, ele e seu primo Hagop Chabab abriram uma loja no centro da cidade de São Paulo e experimentaram a expansão do negócio nos dois primeiros anos. Mas em 2002 tiveram uma crise financeira o que os levou a moldar o negócio da Netshoes as operações de e-commerce. “No início não foi fácil, no primeiro mês teve um pedido e mais um pedido no segundo mês. Mas persistimos no negócio e hoje temos mais de 45 mil pedidos dia. Mas tivemos que entender que o cliente é o centro da questão e para isso passamos a adotar uma cultura disruptiva, a oferecer experiências inovadoras aos clientes, pois quando ele tem serviço de commodities, ele busca preço. Já em 2010 entregávamos o pedido no mesmo dia e tivemos coragem e estabelecer o nosso diferencial, como por exemplo, camisa de times de futebol personalizada e com troca grátis”, destacou Kumruian.
Ações disruptivas e pioneiras
Segundo ele, em 2014 foi feita uma pesquisa que detectou que o cliente não acessa a Netshoes pelo celular, pois pagava. “Fizemos um acordo com as operadoras de telefonia de mobile free e os acessos bombaram e consequentemente as vendas. Recentemente passamos a vender através de whatsAppque também se mostrou muito eficaz. Adotamos também outras ações disruptivas e pioneiras que surpreenderam muito os nossos clientes, como a entrega de um pedido em apenas quatro horas. Com isso conseguimos um número elevado de fidelização”, ressaltou Kumruian.
Para ele vender cada vez mais é preciso eliminar o achismo. “Colocamos os dados no centro da tomada da decisão, usamos dados de pesquisas internas e sempre escutamos o que o cliente tem a dizer sobre o produto que vendemos. Essas avaliações pelos clientes dos produtos que vendemos também são muito importantes para termos um feedback.
Estabelecemos também uma linguagem bem clara para que o cliente entenda e as informações são explicadas de forma fácil entendimento e isso impacta. Tecnologia, pisada e definição do amortecimento de um tênis vendido”, mencionou.
Organizando informações
Ele lembrou que hoje em dia organizar as informações dos clientes e fazer ações promocionais, traz impacto no incremento das vendas e citou uma promoção da Amazon Prime Day que vendeu R$ 20 bilhões em 36 horas com mais de 175 mil itens. Outro exemplo citado por ele, foi o Singles Day do Alibaba na China que vendeu R$ 115 bilhões em apenas 24h00, mais que o dobro que a Black e Cyber juntas.
E ele deixou algumas dicas para se vender mais. Seja simples na maneira de pensar, simplifique a cadeia, seja ágil, redução de custo, adote processos escaláveis, use a tecnologia a seu favor e seja criativo e ousado para sair do marasmo.
Inovar ou falir
Preço dinâmico, como fazem as companhias aéreas também foi relato por ele como um método eficiente e citou a Amazon que troca em média de três a quatro vezes por dia os preços dos produtos. Análise de dados do comportamento dos clientes também foi citado por Kumruian, assim como a cultura disruptiva que surgiu para simplificar e fazer pequenas inovações.
Ele lembrou que empresas inovadoras vendem quase dez vezes mais que as que não inovam. “No Brasil, apenas 6% das empresas estão no estágio de inovação, mas não tenham medo de errar, pois as inovações surgem através dos erros e acertos. Em empresas inovadores apenas 6% das pessoas são punidas por tentarem inovar quando 17% são penalizados em empresas que não inovam. Mas uma coisa é certa. Quem não inovar, vai falir e temos bons exemplos como a Blockbuster, Xerox, Kodak, Atari, Yahoo que falariam e deram lugares as empresas inovadoras como: Uber, Netflix, Spotify, Tesla, Google, Aplle, Amazon, entre outras”, lembrou.
Mesmo com o mundo cada vez mais automatizado, ele destacou que todo negócio é feito por pessoas e a escolha dos parceiros é muito importante. Terminando sua palestra ele apresentou um estudo de case para vender uniforme esportivo em alta escala. “A Netshoes fez uma parceria com a Adidas e criamos o sistema SixTeam. Nele o cliente comprava a camisa e short, meião, chuteira do seu time de forma personalizada. Isso reflete tecnologia, demanda e quebramos fricção”, concluiu sua palestra Márcio Kumruian destacando que foi estratégica a decisão recente de venda da Netshoes a Magazine Luiza.
A reportagem da Revista Hotéis viaja a Natal (RN) e se hospeda no Wish Resort by GJP graças à parceria com a RCI Brasil de cobertura desse evento.