Com a regressão da pandemia, o setor vê aumento no quadro de hóspedes e novas tendências na hora de escolher um hotel para estadia
A recuperação da economia brasileira no primeiro trimestre de 2022 foi de 1%, em comparação com o último trimestre de 2021, segundo pesquisa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal fonte desse avanço foi o segmento que engloba serviços de hotelaria, bares, restaurantes e casas noturnas.
Mas, se teve um setor que de fato se recuperou no pós-pandemia, sem dúvidas, foi o de hotelaria. Com o avanço da imunização contra a Covid-19 em todo o território nacional, o segmento sentiu um forte impulso durante o primeiro semestre de 2022, com uma alta de ocupação de 89,1%, se comparado com o mesmo período de 2021. A flexibilização das medidas restritivas da pandemia auxiliou na retomada dos serviços da rede de hotelaria, e datas como Carnaval e Réveillon foram as mais procuradas para reservas em todo o Brasil. Esse é um bom sinal, visto que os dois últimos anos foram desafiadores para o setor. Segundo levantamento feito pela Geofusion, apenas no Brasil, no ano de 2020, o faturamento no setor hoteleiro registrou uma queda de R$ 46,7 bilhões. Já em maior escala o Barômetro de Turismo Mundial da OMT – Organização Mundial do Turismo registrou 117 milhões de chegadas internacionais no primeiro trimestre de 2022, em diversos destinos espalhados pelo mundo. O registro marca um aumento de 182%, quando comparado com o mesmo período de 2021, com apenas 41 milhões de chegadas. A maior parte de usuários do setor hoteleiro busca economia no momento de fechar uma estadia, portanto existe uma migração para redes de hotéis que praticam tarifas menores, sem comprometer a qualidade dos serviços. Outro fator que foi fortemente influenciado pela pandemia é o desejo dos usuários de comprarem estadias maiores, motivados pelo home office, estabelecido por boa parte das empresas. Nessa modalidade, a pessoa pode trabalhar de qualquer lugar do mundo, até mesmo de um quarto de hotel. A sustentabilidade é outro fator que cada vez mais impacta a decisão do hóspede. Segundo pesquisa feita pelo IBD – Institute for Business Value, entre 2019 e 2021, a preocupação pela sustentabilidade aumentou 22% entre os brasileiros. Focar em ações sustentáveis, como reciclagem, aproveitamento de água de chuva ou uso de energias renováveis (solar ou eólica), podem ser pontos de decisão para futuros hóspedes no momento da contratação do serviço. Para além dos valores da empresa, é importante ressaltar que a venda de pacotes de viagem também é um ponto muito considerado pelos turistas. Deve-se levar em conta que o hóspede vai colocar na ponta do lápis fatores como alimentação, transporte e estadia no momento de viajar, e vai sempre optar por pacotes que oferecem passagens aéreas baratas para emplacar menos dinheiro no transporte e poder aproveitar o tempo de estadia com mais conforto. Por fim, mesmo que as restrições da pandemia estejam mais amenas, muitos hóspedes ainda se sentem receosos em viajar, por causa da segurança. Ao escolher um hotel para se hospedar, esses potenciais clientes vão procurar por serviços de hotelaria que seguem as normas de higienização e distanciamento.Setor de hotelaria retoma o fôlego após recesso
Quais são as novas tendências para o setor?
