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O que esperar do turismo para 2023?

Por Fabio Pontes*

Na contagem regressiva para um novo ano, as expectativas para o turismo colocam em perspectiva um cenário similar ao de 2022, de alta demanda por destinos domésticos. Diversos fatores indicam que o brasileiro deve buscar menos viagens internacionais. Já na esteira das estimativas desanimadoras de crescimento para as grandes economias, segundo relatório do Banco Mundial, outro indicador que reforça esta tendência é a publicação da revista The Economist sobre o panorama de sete setores essenciais da macroeconomia. O turismo, de acordo com a publicação, viverá um período turbulento face às medidas extremamente restritivas da China, as sanções à Rússia e a crise energética na Europa, sem mencionar os altos custos das companhias aéreas que terão um grande desafio para manter uma política de preços competitiva.

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Na contramão desta conjunção de fatores, o turismo de proximidade segue na preferência dos viajantes. Este aquecimento é exibido nos relatórios de desempenho do setor, publicado pela Secretaria de Estado do Turismo, que tem como base a movimentação de veículos leves nas rodovias até estâncias turísticas – e que apontam, inclusive, Brotas como o segundo local mais visitado, atrás somente de Aparecida do Norte, referência em turismo religioso no mundo.

Ano eleitoral conturbado, Copa do Mundo, o enfrentamento à pandemia. A série de eventos em uma sociedade cada vez mais afetada pela ansiedade, como mostram estudos científicos que apontam para a importância de acionar os freios – em especial no Brasil, que assume a triste liderança no ranking das nações que mais sofrem do transtorno -, é uma combinação de elementos que fazem boa parte dos turistas optarem por destinos em que é possível restabelecer a tranquilidade. Tanto que 2023 aparece como o ano do ecoturismo, de acordo com a TripWonder, que detalha ainda as tendências para viagens com atrativos ecológicos e no conceito “slow travel”, em uma breve explicação, vivências que tragam momentos de relaxamento. O reflexo disso é o crescimento da demanda em nossa cidade por novas atividades como o cicloturismo, as provas de esportes na natureza, além de integrantes da família cada vez mais presentes nos passeios: os pets, já bastante integrados às práticas do negócio da hotelaria e das atividades como o rafting.

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Referência no turismo de aventura e nos atrativos de natureza, Brotas mantém, desde 2021, uma guinada na demanda por visitantes que impacta no crescimento da rede hoteleira.  A arrecadação para os cofres públicos de impostos somente do setor, entre janeiro e setembro, já soma R$ 1,8 milhão, praticamente o montante arrecadado em 2021 e que deve ser superado no balanço final se considerada a média mensal do repasse. Para 2023, além dos negócios do trade que impulsionam o destino no Brasil e no mundo – Brotas está no top 10 dos locais recomendados pela Trip Advisor -, novos investimentos serão feitos para ampliar a oferta de atrativos. Somente para os espaços públicos, o montante, que já tem parcela direcionada até o fim do ano, será de R$ 5,6 milhões. Além disso, há um trabalho intersetorial robusto na preservação do rio Jacaré-Pepira Mirim, a estrela do turismo em Brotas e fonte de abastecimento da população local.

Neste caminhar de novos investimentos e um desempenho crescente da atividade, o turismo em Brotas continua a estimular os empreendedores locais a potencializarem seus negócios e também a abertura de novas empresas do segmento. A considerar o impulso econômico de R$ 130 milhões por ano, o turismo é o motor da economia do município.

*Fabio Pontes é secretário de Turismo de Brotas

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Denise Bertola

Denise Bertola é Repórter da Revista Hotéis

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