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Cassinos podem ser caminho de investimento no turismo brasileiro

*Por Alexandre Sampaio

Sabemos que a indústria de cassinos está presente no mundo há muitos anos. Esse tipo de entretenimento tem se destacado devido ao seu poder de atração de um grande público e fomentar o turismo e economia local. No Brasil, a legalização dos cassinos vem sendo debatida há bastante tempo, no Congresso Nacional, e nenhuma concordância sobre o assunto foi estabelecida até o momento.

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Recentemente, o assunto voltou à tona na 103ª Reunião Extraordinária do Fornatur – Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, onde estive presente em Brasília. Na ocasião, o deputado relator no Plenário da Câmara dos Deputados do PL 442/91 que dispõe sobre a liberação de cassinos e jogos de azar no Brasil, Felipe Carreras (PSB-PE), apontou que, com a retomada deste segmento no País, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Brasil (Embratur) poderia arrecadar cerca de 12%, ou R$ 1 milhão por ano para investir em comunicação e promover o nosso País no exterior.

Concordo com a ideia do deputado e, ao longo dos anos, em minha gestão como Presidente da FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, venho reforçando que a aprovação da exploração de jogos e apostas no nosso País, além de servir como instrumento de fomento ao turismo, trará outros benefícios como geração de emprego e renda e também desenvolvimento regional, fazendo menção concreta a prestadores de serviços turísticos (a exemplo de hotéis, bares e restaurantes), bem como o jogo viabilizaria em largo espectro recursos para o funcionamento da Embratur.

No mundo todo, vemos cassinos integrados a resorts, o que para nós tornar-se-ia um grande atrativo para os empreendimentos brasileiros, pois uniria atividades que vão além de relaxar em um hotel, trazendo a proposta de diversão e, com certeza, maior lucratividade. Isso porque, geralmente, os resorts de cassino atraem um público com maior poder aquisitivo e que buscam experiências mais requintadas em apenas um local.

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Em nosso País é hipocrisia dizer que não existem jogos de azar, uma vez que diversos eventos são patrocinados pela Bet, uma casa de apostas online, por exemplo. Se já existe a modalidade virtual, por que não fomentamos a mesma modalidade presencial? E, claro, devidamente regulamentada? Destaco que dados da Loteria da Caixa Econômica Federal mostraram que esta empresa de apostas online arrecadou, em 2022, R$ 18 bilhões e 600 milhões no País. Como um dos porta-vozes do turismo brasileiro, imagino parte deste valor sendo revertido em ações pela Embratur e gerando renda e emprego para milhares de brasileiros.

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Por fim, estou aqui novamente batendo nesta tecla para que o Congresso Nacional olhe e avalie com atenção a importância desse projeto para que, num futuro próximo, venha se tornar realidade e trazer esse grande investimento ao nosso turismo. Existem infinitas possibilidades para os resorts e comércios presenciais de cassinos serem realidade no Brasil, claro, através de normas e sendo assistidos da melhor forma possível pelo governo federal em todas as suas esferas. O que parece faltar é vontade política e bom senso. Estamos aqui na torcida para que esta realidade mude o quanto antes e fortaleça o nosso setor, tão atingido nos anos pandêmicos e que começa a respirar de novo só agora.

*Alexandre Sampaio é Presidente da FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação

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