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Brasil terá investimento de R$ 5,7 bilhões em 108 hotéis até 2027

Está sendo apresentado ao mercado hoje a 17ª edição do Panorama da Hotelaria Brasileira. Esse estudo foi realizado pela empresa de consultoria, HotelInvest, contando com o apoio institucional do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. Junto com o estudo, é apresentado uma ferramenta interativa de análise online através do Power BI, na qual é possível observar o desempenho anual e mensal dos últimos quatro anos, assim como fazer comparações entre a cidade escolhida e as demais capitais da região na qual ela está inserida, além da média móvel da ocupação e da diária média.

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Nessa edição de 2023, o estudo analisou o desempenho de 202 hotéis e 35.259 UHs, em dez capitais brasileiras. Além disso, o relatório inclui o pipeline dos novos projetos das principais redes hoteleiras do país, sendo 108 hotéis com inauguração prevista até 2027. Apesar do aquecimento da demanda hoteleira no último trimestre de 2021, a recuperação do desempenho da hotelaria foi momentaneamente freada pela variante ômicron no início de 2022. Com a queda no número de casos, a demanda corporativa e de eventos se mostrou mais presente e constante. Assim, no agregado anual do desempenho dos hotéis no Brasil, 2022 teve um aumento de 41,1% na ocupação em relação à 2021 e a diária média, por sua vez, obteve um crescimento de 19,7%, resultando em um RevPAR 68,8% maior.

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Belo Horizonte teve melhor variação positiva

Dentre as capitais analisadas, três ultrapassaram o RevPAR de 2019 (Rio de Janeiro, Recife e Manaus), sendo que Curitiba se igualou ao ano pré-pandemia e as demais estão próximas, mas ainda abaixo do patamar visto na época. Quando comparado os anos de 2022 versus 2021, todas as cidades apresentaram variações positivas nos três índices analisados. Se tratando do RevPAR, ganham destaque as cidades de São Paulo que teve uma variação de 139,8%, Belo Horizonte com 83,4% e Porto Alegre com 79,0%. Quanto ao aumento da ocupação, São Paulo teve a maior variação positiva (73,9%), seguida de Curitiba (63,1%) e Belo Horizonte (61,0%). Com relação à diária média, São Paulo lidera com o maior incremento de tarifa com um crescimento de 37,9%, sendo que o Rio de Janeiro também teve destaque com aumento de 31,1%.

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108 hotéis estão em desenvolvimento no Brasil até 2027, 12,9% a menos em relação à edição anteriorImagem – Reprodução
A nova oferta hoteleira

O Panorama também destaca a quantidade de novos empreendimentos previstos para os anos de 2023 a 2027, incluindo o ano de abertura, perfil do produto e o volume de investimento. Atualmente, são 108 hotéis em desenvolvimento no Brasil até 2027, 12,9% a menos em relação à edição anterior, com um total de R$ 5,7 bilhões em investimentos.

A nova oferta foi divulgada por 15 redes e deve acrescentar 17.923 unidades habitacionais no país, equiparadas, nos segmentos midscale/upper-midscale (38%), supereconômico/econômico (35%) e upscale/luxo (27%). Do ponto de vista geográfico, as regiões Sudeste (56%) e Sul (22%) concentram a maior parte dos novos apartamentos, e as cidades com até 100 mil habitantes ganharam destaque no desenvolvimento de novos hotéis. Ainda que as cidades de grande porte tenham ganhado representatividade, o interior continua sendo o principal eixo de desenvolvimento: 68% das novas UHs se encontram no interior, 27% nas capitais e 5% nas regiões metropolitanas. As franquias continuam crescendo e representam 41% dos novos contratos, mas o modelo de “administração” ainda é predominante, com uma representatividade de 57%.

R$ 5,7 bilhões estarão sendo investidos em novos hotéis no Brasil até 2027 – Imagem – Reprodução
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Recomendações para o setor

Ainda que alguns projetos tenham sido destravados devido ao reaquecimento do mercado hoteleiro, a alta do custo de construção está inviabilizando o desenvolvimento de novos hotéis, uma vez que, desde o início de 2020, o crescimento do INCC foi superior ao avanço da inflação e algumas cidades ainda não conseguiram reajustar as suas tarifas na mesma proporção. Além disso, a SELIC em um patamar alto eleva o custo de oportunidade dos investidores qualificados, fazendo com que eles reavaliem a alocação dos seus investimentos. Por fim, o RevPAR de algumas cidades ainda não atingiu o patamar pré-pandemia, reforçando ainda mais que o foco para 2023 deve ser o reajuste de tarifa, para que as margens operacionais não sejam corroídas pela inflação e para que os ativos permaneçam financeiramente saudáveis.

Para baixar o estudo na íntegra, clique aqui.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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