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Biodigestor ECO-PRO x Composteira Elétrica: Entenda a diferença

Muitos profissionais desconhecem a diferença entre esses dois equipamentos

Na conjuntura do mercado de processamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, o Brasil contém uma realidade insustentável e um grave problema a ser revertido, carente de tecnologias eficientes e competitivas para combater este cenário. No âmbito de legislação e mercado, é importante destacar que a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos e o PGIRS – Plano de Gestão Integrada de Resíduos das capitais priorizam o processamento descentralizado de resíduos, com objetivo final de desviar o envio de lixo aos aterros sanitários e lixões. Entre as diretrizes para o manejo diferenciado dos resíduos sólidos está o investimento em novos destinos para resíduos orgânicos, com o fornecimento de composteiras e orientação técnica para compostagem in situ, inclusive o fomento ao estabelecimento de negócios com compostagem e biodigestão, prioritariamente descentralizadas.

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O engajamento em sustentabilidade, sobretudo no atual momento, gera as mais diversas dúvidas, das simples às complexas na hora de escolher a melhor solução para seu negócio. Uma delas é sobre a diferença entre um Biodigestor e a Composteira Elétrica. Ambos são maquinários voltados para processar materiais orgânicos em cozinhas profissionais, altamente procurados hoje em dia, uma vez que a necessidade de reverter o nível de descartes nos aterros sanitários e destiná-los de forma sustentável é gigantesca.

Biodigestor ECO-PRO x Composteira Elétrica: Entenda a diferença
O La Torre Resort conta com um biodigestor em uso que apresenta muitos ganhos sustentáveis (Foto: divulgação)

Essa preocupação aumenta ainda mais quando se fala no escopo operacional, que demanda ações rápidas e eficientes para não tornar a questão do “lixo” uma verdadeira ‘bola de neve’. Independente de sua escolha, uma boa operação envolve não misturar os resíduos, e garantir que os restos de alimentos estejam livres de materiais não orgânicos, tais como embalagens, utensílios entre outros típicos de uma cozinha profissional.

Muitos profissionais desconhecem a diferença entre esses dois equipamentos, por isso vale a pena explicar. As composteiras elétricas desidratam a matéria orgânica e geram um substrato sólido, e os biodigestores aeróbios, que não geram gás, mas geram efluente líquido para destinação ao ralo ou tratamento para água de reuso. Refeitórios industriais, universidades, hospitais e hotéis, por exemplo, têm buscado soluções ecológicas para os resíduos orgânicos e ainda assim manter o ritmo de produtividade em suas cozinhas profissionais. Nesses locais, o uso de equipamentos modernos como o próprio Biodigestor ECO-PRO surge como algo indispensável, principalmente por sua praticidade no dia a dia.

Biodigestor ECO-PRO x Composteira Elétrica: Entenda a diferença
O Biodigestor ECO – PRO é uma solução que digere os restos de alimentos transformando-os em efluente líquido com uso de microrganismos e enzimas – Foto – Divulgação

Entenda melhor sobre as vantagens de adotar medidas sustentáveis para tratamento do resíduo alimentar e conheça a diferença entre o Biodigestor ECO-PRO e a Composteira Elétrica.

O que é o Biodigestor ECO-PRO?

O Biodigestor ECO-PRO é um equipamento compacto de alta tecnologia voltado para o tratamento e disposição de resíduos alimentares. De forma simples, a solução digere os restos de alimentos os transformando em efluente líquido com uso de microrganismos e enzimas. Seu processo é contínuo, permitindo frequentes descartes ao longo do dia, sem a necessidade de ser esvaziado, com operação e pesagem automática. O resíduo se transforma em efluente, em processo natural, livre de produtos químicos, sendo destinado na caixa de gordura, e posteriormente para estações de tratamento de esgoto.

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Estabelecimentos que contam com ETEs – Estações de Tratamento de Efluentes ainda geram água de reuso, assim fechando o ciclo de consumo de água. Entre as grandes vantagens desse aparelho é a automação do processo de descarte, pois reduz drasticamente o uso de sacos de lixo e riscos de contaminação, ao eliminar o manuseio do resíduo entre as lixeiras, câmaras refrigeradas, e as caçambas de resíduos para coleta. Seu único subproduto é líquido e destinado automaticamente ao ralo, portanto, basta realizar o descarte e o equipamento cuida do resto. Além de reduzir a dependência de aterros sanitários, a solução traz transparência sobre os descartes, não apenas sobre o quanto, mas principalmente sobre quais suas fontes. Com pesagem automática de cada descarte realizado, o usuário pode classificar, por exemplo, se veio do preparo do almoço, ou sobra limpa do jantar. Dessa forma, conhecendo o perfil dos descartes, o usuário pode utilizar essa informação para identificar as causas dos descartes, e otimizar sua operação para combater o desperdício. Afinal, lugar de comida não é no lixo!

Com um sistema simples e moderno, esse biodigestor pode ser instalado em cozinhas profissionais em diversos segmentos com metas de aterro zero e que buscam combater o desperdício de alimentos. A automação deste processo facilita o dia a dia na cozinha, mais organizado, evitando o acúmulo de funções, e com a eficiência esperada no final do expediente.

De acordo com Eduardo Prates, fundador e CEO da Eco Circuito, criadora do Biodigestor ECO-PRO, o processo de biodigestão é aeróbio, com a presença de oxigênio e não gera gases ou odores. “Por outro lado, os biodigestores tradicionais são anaeróbios, portanto, a decomposição da matéria orgânica com a ausência de oxigênio gera o gás metano. Desenvolvido com tecnologia de ponta, seguindo padrões internacionais de qualidade, a solução traz resultados mensuráveis de eficiência de digestão assim como ouso de água e energia, acima da média em comparação com outras soluções no mercado”, destaca Prates.

Ele lembra que no turismo, por exemplo, grandes hotéis e resorts têm se beneficiado do Biodigestor ECO-PRO para conduzir a rotina de descarte sustentável em suas cozinhas profissionais, e utilizar a inteligência gerada pelo equipamento para evitar que a comida vá para o lixo. O empreendimento que aposta em um equipamento desse adquire vantagens inestimáveis, principalmente na conscientização e engajamento de seus colaboradores. Afinal, as ações aplicadas imediatamente se revertem em uma gestão mais responsável, descomplicada, passível de reconhecimento tanto pelo mercado quanto pela sociedade.

O que é uma Composteira Elétrica?

A composteira elétrica é outra opção que o mercado oferece, mais antiga que o Biodigestor ECO-PRO, que tem a mesma finalidade de processar o resto de alimento, mas dispõe de um processo diferente. Para falar da composteira que utiliza energia para funcionar, é preciso explicar o que é a compostagem em si. Existem diversas técnicas de compostagem, mas em poucas palavras, trata-se de um processo biológico no qual microrganismos atuam na decomposição do material orgânico para transformá-lo em adubo. Folhas, frutas, legumes, carnes, grãos, cascas de ovos, borras de café, etc., misturados com resíduos de jardinagem formam um composto único. É o conhecido adubo, rico em nutrientes, essencial para fertilizar a terra para o plantio.

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A compostagem natural leva cerca de 90 a 120 dias para chegar em seu produto final. Mas no caso de uma composteira elétrica, esse procedimento pode ser agilizado em muito menos tempo, através da desidratação do material. Modelos de composteira elétrica prometem reduzir o volume dos descartes entre 80 a 90% em até 24 horas, e algumas prometem fazer a transformação de resíduos entre 8 a 12 horas. Isso ocorre devido ao aquecimento e desidratação do material descartado com uso de energia elétrica, assim neutralizando a atividade biológica do material e reduzindo seu volume.

Mas atenção, a biomassa a granel resultante deste processo não é adubo, mas sim uma biomassa desidratada ainda sujeita ao processo natural de decomposição. A indicação técnica é a mistura da biomassa com terra para posterior aplicação em áreas verdes. Para planejar uma boa operação, é importante o correto dimensionamento do equipamento para atender o volume gerado, e isso envolve realizar a pesagem dos resíduos a serem descartados, assim como a quantidade do subproduto retirado do equipamento ao final do ciclo. As composteiras elétricas não oferecem pesagem automática, portanto esse controle precisa ser realizado em balança externa.

Biodigestor ECO-PRO x Composteira Elétrica: Entenda a diferença
Sobras de alimentos podem ser transformadas em um bom adubo (Foto – Foto: Mel GreenFR por Pixabay)

Na prática, é importante considerar que a composteira elétrica tem um ciclo batelado, com começo, meio e fim, que não possibilita descartes frequentes. Seja em ciclos de 12 ou 24 horas, a cozinha irá gerar resíduos ao longo deste período, sendo necessário armazenamento temporário dos resíduos gerados durante o ciclo, de preferência em câmaras frias, até o término do ciclo no equipamento.

Para reduzir potenciais riscos com odor durante o processo, é recomendável o uso de insumos para estabilizar o composto durante o processo tais como cal, turfa mineral e uma fonte de carbono, como pó de serra, ou resíduos de jardinagem triturados. Resíduos alimentares de proteínas como carnes cruas ou cozidas tendem a gerar odores mais fortes durante o processo, portanto, evitem descartá-los no equipamento.

Identifique em seu estabelecimento o espaço físico necessário para instalação e operação do equipamento, além da armazenagem dos insumos e composto orgânico produzido. Em todo caso, o usuário responsável terá em mãos a biomassa desidratada e concentrada, para ser misturada com terra para posterior aplicação em plantações, hortas (até mesmo caseiras) e jardins. Com uma boa gestão e controle de qualidade, esse processo pode beneficiar o empreendimento tanto na destinação sustentável, quanto no enriquecimento de áreas verdes.

Biodigestor ECO-PRO x Composteira Elétrica: Entenda a diferença
Ilustração de como funciona um biodigestor – Divulgação Eco Circuito
Biodigestor ECO-PRO x Composteira Elétrica: Qual é melhor?

A economia circular, que propõe um reaproveitamento do resíduo gerado por determinada operação como matéria prima de outra, também pode ser aplicada em resíduos de alimentos por meio da compostagem ou da biodigestão. Independente da escolha, o dimensionamento correto de uma operação para processar e de destinação de resíduos de alimentos é fundamental, a levar em consideração o espaço físico disponível, os balanços de massa de cada processo (o quanto entra e o quanto sai), as capacidades de processamento dos equipamentos, a demanda de água, energia e insumos, e principalmente plano de manutenção, mão de obra, entre outros.

Como trouxemos neste artigo, há desafios para se viabilizar o processo no meio urbano, tais como o perfil e a separação dos resíduos orgânicos dos demais (ex: embalagens contaminadas), limitações de espaço físico nas instalações, além dos controles e insumos dos processos e alocação de mão de obra dedicada. O objetivo de cada solução é o mesmo: evitar o descarte de alimentos nos aterros sanitários. Porém, o processo para que isso ocorra é diferente.

Com o Biodigestor ECO-PRO, o resíduo orgânico se transforma em efluente, sem necessidade de manuseio pelo usuário. Além de um processo mais simples de descarte e ciclo contínuo, traz pesagem automática para descartes frequentes e inteligência personalizada para combater o desperdício. Oferecendo uma solução carbono-neutro e 100% natural, com devido tratamento, o produto da Eco Circuito resulta em água de reuso, fechando o ciclo do consumo de água.

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Com a composteira elétrica, o subproduto gerado é biomassa a granel desidratada, ou composto orgânico, com ciclo batelado de operação, e demanda energia elétrica para reduzir o volume com mão de obra dedicada para o manuseio, uma vez que para ser condicionado para aplicação no solo, é preciso insumos específicos para estabilizar o composto. É essencial a boa gestão e controles de componentes ideais no processo, inclusive no ensacamento para destinação e reuso do composto gerado em áreas verdes. Entendeu a diferença entre o Biodigestor ECO-PRO e a Composteira Elétrica? Qual opção está mais alinhada com seus objetivos?

A Eco Circuito possui um infográfico detalhando o fluxo de cada processo. Para baixar, clique aqui 

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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