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Lobby pode ser peça-chave nos hotéis e atrair hóspedes

O lobby é o coração do hotel, a primeira coisa que os visitantes encontram e pode ser uma peça-chave para atrair hóspedes e destacar-se da concorrência. “Não é mais apenas um espaço transacional”, diz Sharon Grob, Diretora de Desenvolvimento de Clientes de Hotéis EMEA, uma subsidiária da JLL. O lobby deve ser relaxante e acolhedor, mas ao mesmo tempo proporcionar uma experiência, como no uso de materiais e móveis de origem local que podem reduzir a pegada de carbono e também mostrar as tradições locais, proporcionando esse importante senso de lugar.

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Para Pedro Freire, Diretor de Valuation and Advisory Services da JLL, o cuidado com esse espaço pode incrementar a receita. “Os hotéis que conseguem tornar o lobby um espaço atrativo, integrado, com instalações e decoração que convidem os hóspedes a usufruírem do seu espaço, e promovam socialização, estimulam um maior consumo dos seus pontos de venda, como bares e restaurantes”, relata o executivo, especializado em hotelaria. “O fundamental é que o design do lobby seja pensado para atender o perfil e as necessidades do público que o hotel pretende atender”.

O estilo de vida do hotel

O viajante da próxima geração não está procurando um lugar apenas para dormir – ele quer um hotel que seja parte de suas viagens, o que faz crescer a importância de lobbies multifuncionais. A versatilidade também ajuda os hotéis a se adaptarem para suprir as necessidades em constante mudança. A capacidade de reconfigurar e seccionar os espaços para atender a eventos está no topo da lista de desejos de todos os proprietários de hotéis. Um lobby bem pensado, terraço, esculturas, restaurantes e bares bem projetados, ou qualquer característica estética única ou peculiar, impulsionará o envolvimento das pessoas e promoverá sua marca gratuitamente, incentivando os visitantes a tirar uma foto e postar nas mídias sociais. Para Alessandra Arnone, diretora da Tétris, empresa da JLL dedicada a design & build, os viajantes do Brasil já aderiram a essa tendência. “Os brasileiros adoram os espaços instagramáveis ou o registro de um ícone que represente ou caracterize a propriedade onde ele se hospeda, da vista a uma peça do mobiliário”, aponta.

Lobby pode ser peça-chave nos hotéis e atrair hóspedes
O lobby do The Hoxton em Roma inspira-se nos detalhes da arquitetura local – Foto Divulgação
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O hotel de negócios

As pessoas que fazem check-in em hotéis comerciais normalmente não têm muito tempo e prezam pela eficiência. Isso exige que os hotéis estejam preparados para atender rapidamente a demanda desses profissionais. Os hotéis executivos precisam se certificar de que estejam totalmente equipados para qualquer coisa que os hóspedes possam precisar, como um simples adaptador de plugue ou portas USB. “Esses profissionais têm muito em que pensar, portanto, se os hotéis de negócios podem aliviar a pressão pensando no que esses viajantes podem precisar no último minuto ou podem ter esquecido, você pode ter certeza de que eles farão a reserva com você novamente”, conclui Sharon.

Lobby pode ser peça-chave nos hotéis e atrair hóspedes
O Hotel Intercontinental em Varsóvia oferece conforto e praticidade para os viajantes de negócios – Foto Divulgação
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O hotel de luxo

Um senso de grandeza é fundamental quando se pensa em um lobby de hotel de luxo, eles devem oferecer acabamentos e características como em nenhum outro lugar – exclusivos daquele hotel em particular. As pessoas estão investindo muito para estar lá, por isso esperam um serviço de alta qualidade e que o hotel supere suas expectativas. “Os viajantes querem ser atingidos com uma experiência sensorial com elementos inspirados localmente para que possam diferenciar se estão em Cannes ou Mumbai”, diz Sharon.

O hotel de baixo custo

Mesmo com um baixo orçamento, o lobby pode ser um lugar significativo para os viajantes que se hospedam em hotéis low cost. “Normalmente, os quartos nestes hotéis são pequenos e básicos, por isso o lobby se torna uma área chave para as pessoas conhecerem outros viajantes, sair, relaxar e descobrir seus planos para o dia”, diz Sharon. Esse locais devem ter tanto espaços individuais para trabalho e descanso, quanto com áreas mais comuns, como bancos que podem servir como lugares para comer e beber, bem como conectar laptops para uma reunião ou para planejar o resto de sua viagem. “Os viajantes com baixo orçamento sabem o que estão pagando e o que estão recebendo, mas sempre é possível adaptar o hotel para que ele deixe uma impressão duradoura e positiva”, pontua Sharon.

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Apesar das especificidades de cada tipo de hotel, Freire lembra que os espaços precisam estar em constante atualização. No Brasil, por exemplo, a rede Selina tem atraído os chamados nômades digitais. “Eles buscam um lugar para trabalhar e, ao mesmo tempo, querem essa convivência e experiência com outros hóspedes e com a comunidade local. A rede entendeu essa tendência de mercado e rapidamente se tornou um pólo de atração desses profissionais”, finaliza o executivo.

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Denise Bertola

Denise Bertola é Repórter da Revista Hotéis

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