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Lideranças compartilham visão sobre o setor no Hotel Trends

Com moderação de Roland Bonadona, Paulo Roberto Caputo, da Átrio Hotéis; Guilherme Martini, da Atlantica Hospitality International; e Fabio Mader, do Grupo Leceres, encerraram a grade de programação do Hotel Trends Conference – Budget 2023, evento promovido pelo portal Hôtelier News com apoio institucional do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, no Novotel Morumbi, em São Paulo.

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Os profissionais compuseram o painel “O que as lideranças pensam sobre 2023?”, uma mesa redonda preparada para o debate de desafios e oportunidades que o setor hoteleiro deve encontrar no ano que se aproxima e que deve consolidar a retomada iniciada em 2022, após o período conturbado marcado pela pandemia do coronavírus.

Lideranças compartilham visão sobre o setor no Hotel Trends
Fábio Mader e Roland de Bonadona

Roland Bonadona começou o painel com observação sobre a importância do budget na hotelaria e dos diferentes setores que formam a corrente de elaboração do orçamento dentro de um empreendimento hoteleiro. Beto Caputo começou descrevendo: “De posse dos resultados de outubro, norteamos o orçamento do próximo ano, com estratégia criada e aprovada antes do final do ano”.

Guilherme revelou que na Atlantica, o processo é mais longo: “O nosso corporativo passa para os hotéis as premissas macroecômicas para os hotéis que criam o plano de orçamento, devolvido a direção que deve analisar e aprovar. É um processo bastante intenso”.

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Fabio Mader revelou que esse será o primeiro ano em que participará do orçamento no Grupo Leceres: “Quem começa o orçamento é a diretoria de rentabilidade com a diretoria de vendas e comercial. Esse plano vai sendo validado com os gerentes gerais de cada empreendimento e finalizamos o processo em novembro. Várias áreas são envolvidas, como Alimentos e Bebidas e gestão de pessoas. Temos o cuidado de construir esse plano em união e alinhado com todos os setores e acionistas da empresa”.

Consolidação do plano de orçamento

Bonadona quis saber se a disparidade do plano inicial ao plano final de orçamento é muito grande no setor. “O grande problema do nosso setor hoje é a mão de obra. Como reconstruir uma cadeia de valor, criar o desejo do jovem de se envolver com a hotelaria. Isso também faz parte do nosso plano de orçamento”, opinou Caputo. Guilherme Martini revelou que faz parte da estratégia da Atlantica, “estimular os hotéis a identificar o furo, onde está faltando a agressividade do orçamento. Vamos supor que na área de eventos, um segmento que pode crescer, e entendemos que pode crescer além do que este empreendimento previu, então ai está a resposta. A disparidade do plano inicial ao plano final reside nesses detalhes”.

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Guilherme Martini e Paulo Roberto Caputo

Beto Caputo afirmou que o destino é um desafio maior do que a situação econõmica para o desenvolvimento de um empreendimento. “A coragem de quebrar paradigmas, cancelar contrato que não é bom, é mais relevante do que o cenário político. Afinal, sempre trabalhamos em um cenário econômico marcado por diferentes momentos de dificuldade na economia”.

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Martini observou: “É muito mais a capacidade de extrair mais valor do ativo do que a condição da macro-economia”. Fabio Mader disse: “Do ponto de vista do cuidado, é saber quais são os nossos limites. Eficiência é algo inerente a todas as linhas. Temos de ter coragem de fazer testes. Não conseguimos investir em pessoas para atrair novos colaboradores, isso não acontece. Entender onde estamos e para onde vamos é fundamental para o processo de orçamento. Temos que aproveitar o momento para discutir e pensar, com todos os elos engajados pelo resultado do orçamento”.

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A sala Paris do Novotel Morumbi ficou com ocupação máxima para receber o evento
Plataformas e tecnologia

Caputo afirmou que para qualquer operação é importante a utilização da tecnologia como aliada do setor. “Contratamos uma ferramenta que vai nos ajudar no orçamento, mas precisamos ter um plano forte de digitalização em todos os setores. O turismo só crescerá no mundo se criarmos valor para o turismo”. Martini observou que a tecnologia é utilizada na construção e na validação do orçamento. “Oferecemos para cada praça, informações que são construídas por meio da tecnologia. Em algumas praças onde temos presença grande, conseguimos criar um panorama de como aquela praça irá se comportar por meio dessas plataformas”.

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Fabio Mader revelou que o Grupo Leceres prepara uma parceria com a TOTVS para o alinhamento de orçamento por meio da tecnologia. “Para o ano que vem contaremos com as ferramentas da TOTVS para esse trabalho, por enquanto continuamos usando nossas próprias tecnologias. Esse tipo de trabalho ajuda a validar o que estamos planejando, pela própria complexidade que o orçamento exige”, comentou.

Previsões para o futuro

Para Guilherme Martini, “quando olhamos o último trimestre, estamos muito descolados do que o foi o primeiro. O hoteleiro não pode cair na tentação de, no primeiro sinal de queda, baixar o preço e entrar na guerra de preços. Se isso acontecer, perdemos a chance de recuperação do que perdemos nos últimos anos”. Beto Caputo complementou: “O desafio é aumentarmos a base, termos coragem de aumentar em outros períodos”. Fabio Mader reiterou a fala dos colegas.

Paradigma da remuneração

Sobre o paradigma da remuneração, que depois da pandemia principalmente passou a rezar que “a hotelaria não paga bem”, Fabio Mader opinou: “Acho que investimento na eficiência, faz fazer sobrar dinheiro para melhorar a remuneração dos colaboradores. A criação de planos de carreira também estimula os profissionais a continuarem. Perder para um outro hotel, até acho comum, corriqueiro, mas perder para outro setor não. Estimular o crescimento, oferecer treinamentos, incentivar o engajamento, acho que tudo é válido para a quebra do paradigma de que a hotelaria não paga o justo”.

Beto Caputo disse: “Temos de pensar em equipes menores, que produzam mais e ganhem mais. Não é querer desempregar profissionais, mas fazer diferente. Se temos onze pessoas fazendo o mesmo, podemos tentar com nove, remunerando melhor e incentivando”.

Guilherme Martini explicou: “tem que ser muito baseado em tecnologia para funcionar bem, mas é um processo, um caminho sem volta. Precisamos deixar na ponta o que não é terceirizado: o atendimento ao hóspede e o contato com o investidor”.

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