Esse painel terminou agora há pouco e faz parte da grade de programação da primeira edição do IMOBTUR 2022, promovido pela ADIT Brasil – Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil acontece na Amcham Business Center, em São Paulo. O evento reúne diversos meios de hospedagem, plataformas e operadores de aluguel por temporada, OTAs, startups de tecnologia e investidores para discutir o futuro da hospitalidade. O painel “O presente e as tendências da Hotelaria de Negócios” contou com a participação de Abel Castro, Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento na ALL – Accor Live Limitless para América do Sul; Ricardo Manarini, Country Manager Brazil na BWH Hotel Group; e Ricardo Bluvol, Vice presidente de Desenvolvimento e M&A da AHI – Atlantica Hospitality International; com mediação de Roland Bonadona, Diretor da Bonadona Hospitality Consulting, com mais de 30 anos de experiência no mercado hoteleiro.
Projetos futuros: Pipeline na América Latina
Manarini, que é responsável pela operação e desenvolvimento das marcas WorldHotels, Best Western e SureStay no País, explica que a companhia passou por uma série de mudança nesses últimos anos e vários projetos foram adiados. “Atualmente no pipeline temos 25 projetos entre upper e midle scale, além de um empreendimento de multipropriedade que será implantado em Campos do Jordão.
Desde 2015 Bluvol é membro do Comitê Executivo da AHI, ingressou na empresa em 2001 e levou a Atlantica ao patamar atual de 180 operações e mais de 27.000 quartos, além da entrada nos segmentos de franquia, residencial com serviços e multipropriedade e conta que a AHI tem 38 projetos para os próximos anos, de acordo com ele serão 60% midscale, 20% upperscale e 20% econômicos, além disso há o desenvolvimento de 60 empreendimentos de short term rental. Abel afirma que a Accor tem 100 hotéis no pipeline, sendo 60 deles no Brasil. Desses 70% são econômicos, 20% midscale e 10% upper scale e luxo. O executivo destaca a inauguração do Ibis Style Maragogi, além do aumento das conversões de hotéis e as receitas geradas pelos eventos e A&B.
A experiência de hospedagem
Um dos temas abordados foi sobre a variação de marcas dentro dos grupos hoteleiros e a importância delas para agradar os tipos diferentes de clientes. Muitas vezes as marcas são regionais, são adaptadas de acordo com o local onde estão inseridos. As marcas criam identificação e fidelidade dos hóspedes, porque as demandas mudam, e é preciso acompanhar essas mudanças e atender todos os seguimentos.
Bluvol fala sobre as marcas lifestyle. “O conceito lifestyle, tem muita tecnologia, design arrojado. As marcas mais tradicionais estão incorporando essas tendências. A diferença pode diminuir, mas cada produto tem características muito marcantes. O conceito lifestyle veio para ficar”. Abel trouxe dados do mercado hoteleiro. “A oferta lifestyle representa 5% no mercado global, mas no pipeline já é responsável por 25% dos projetos, então mostra a tendência de crescimento”, destaca Abel.
Para Abel a indústria hoteleira ainda está atrasada quando se trata de tecnologia, mas consegue enxergar uma evolução. “Durante a pandemia isso foi acelerado principalmente no back office e a tendência é crescer também no front office. A Accor tem uma equipe na França trabalhando para desenvolver melhorias nessa área”.
Short Term Rental e consolidação do mercado corporativo no Brasil
Bluvol destaca que o mercado de short term rental trouxe vários benefícios que foram úteis para a na aceleração das inovações tecnológicas na hotelaria. Manarim acredita que os grupos hoteleiros podem adquirir empreendimentos desse setor para acrescentar ao portfólio. Já a Atlantica tem um braço para tratar sobre essas tendências de short term rental e possui quatro marcas que atendem a esse mercado.
Accor e Atlantica lideram o mercado de hotelaria de negócios no Brasil. “É preciso operar em escala para otimizar custos operacionais. Assim se ganha em diversos pontos, implementação de tecnologia, suprimento, compras, nas negociações, entre outras coisas, avaliou Bluvol. Para Abel no Brasil o que dificulta as aquisições são as negociações dos contratos. Mas as perspectivas são boas para o crescimento do segmento.
