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Festas e negócios aquecem o turismo e a hotelaria na capital goiana

O setor de turismo deve movimentar mais de 1 bilhão de reais no estado de Goiás em 2020, com crescimento médio em torno de 17%, se comparado ao ano anterior. A estimativa é do Observatório do Turismo do Estado de Goiás/Goiás Turismo. A movimentação é gerada, em sua maioria, por visitantes que vêm para realizar negócios (50%) e em busca de lazer (42%), de acordo com o Relatório de Desempenho Operacional dos Aeroportos realizado pela Infraero.

Em 2019 o setor do turismo movimentou mais de R$ 886 milhões no Estado, de acordo com dados do Observatório. No período, as empresas do ramo contribuíram com mais de R$ 150 milhões de arrecadação de ICMS. Já em Goiânia, as Atividades Características do Turismo (ACTs) recolheram mais de R$ 86 milhões de ICMS aos cofres públicos, com crescimento de 4,1 em relação ao ano anterior, segundo dados da Sefaz.

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De acordo com a coordenadora do Observatório do Turismo do Estado de Goiás/Goiás Turismo, Giovanna Adriana Tavares Gomes, em 2020 o setor deve avançar em média 13% na capital goiana, acompanhando a média dos últimos cinco anos. O segmento contava até 2017, com mais de 3,5 mil estabelecimentos formais e empregava mais de 25 mil pessoas em Goiânia. No ano de 2019 a cidade recebeu a visita de mais de 2 milhões de turistas no total.

O setor é um dos motores da economia brasileira e é estimulado por diversos fatores além do lazer e da cultura, como grandes eventos; entre eles feiras, congressos, seminários, além de reuniões empresariais que trazem para as metrópoles brasileiras um fluxo de executivos e profissionais de diversas áreas em busca de conhecimento, network ou realização de negócios. Essa movimentação alavanca negócios em diversas áreas afins e promove a geração de empregos, formando um ciclo virtuoso.

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De acordo com a turismóloga, Deborha Volpato, diretora executiva do Goiânia Convention & Visitors Bureau, somente no ano de 2019 foram realizados em Goiânia – no Centro de Convenções e outros espaços – mais de 100 eventos, que foram catalogados pela instituição. Estes eventos atraíram cerca de 228 mil visitantes para a Capital; uma média de 2.684 turistas por mês. “Foram eventos como o Carnaval dos Amigos, Bananada e o Vila Mix e Festa à Fantasia, que atraem turistas em âmbito nacional”, exemplifica ela.

Boas perspectivas, mais investimento

Com os resultados positivos de 2019, empresários do segmento estão otimistas e pretendem investir ainda mais em 2020. Uma das empresas goianas que confia no crescimento do setor e tem se preparado para aproveitar o movimento é o Hotel GO INN Estação da Moda Goiânia. Segundo a gestora hoteleira, executiva de contas do Hotel, Débora Cristina Pires de Moraes, a empresa espera crescer esse ano uma média de 10%, frente a 2019. Para atrair o público, o hotel está investindo na melhoria infraestrutural, de olho no segmento luxo. “Planejamos adequar alguns apartamentos para categoria luxo, trocando camas e o enxoval, acrescentando secadores, entre outras melhorias”, adianta.

Somente em 2019, o hotel recebeu aproximadamente 60 mil hóspedes, desse total, cerca de 20% é derivado do turismo de eventos e negócios. Ter uma gama de empresas preparadas para receber o turista de eventos e direcionado para este nicho, na opinião da gestora hoteleira tem feito a diferença em Goiânia. Segundo ela, esse é um dos motivos da cidade ter se tornado um polo atrativo para o público de eventos; além de sua localização estratégica. “Os hotéis de Goiânia, no geral, são muito capacitados para atender este público de eventos. Por termos o segmento corporativo muito latente na cidade, estamos sempre preparados com as melhores estratégias para oferecer um excelente serviço”, afirma.

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Dados da Sondagem Empresarial do Setor Hoteleiro no Brasil, realizada pela Subsecretaria de Inovação e Gestão de Conhecimento do Ministério do Turismo – referente ao terceiro trimestre de 2019 – apontaram que 43,6% dos empresários brasileiros projetam crescimento na demanda pelos serviços ofertados, 25,7% esperam abrir novas vagas de trabalho e 46,4% preveem aumento no faturamento da empresa. O estudo do Ministério do Turismo também apontou que na comparação ao mesmo período de 2018, 34% dos entrevistados confirmaram que obtiveram aumento no faturamento da empresa e 35,8% apontaram aumento na demanda de serviços ofertados.

Goiânia competitiva

Para a turismóloga, Deborha Volpato, Goiânia hoje conta com vários pontos que a colocam à frente de outras capitais do país para realização de eventos, dentre eles a localização central privilegiada e equidistante de todos os outros estados brasileiros; além de ser economicamente competitiva, com excelente custo-benefício em relação a outras capitais.

Ela diz perceber a consolidação do crescimento sustentável do segmento que conta atualmente com mais de 18.000 mil leitos para hospedagem em diversas categorias somente em Goiânia. Entre as vantagens competitivas, ela destaca o serviço aeroportuário com conexões com os principais centros de negócios do país; a diversidade cultural e gastronômica, com diversos restaurantes, bares e cafés tradicionais; o entretenimento, que chama a atenção no Brasil por ser o maior berço de formação da música sertaneja; roteiros próximos integrados com segmento de turismo de aventura, ecoturismo entre outros. “Também temos outros fatores como a consolidação de Goiânia como a capital da moda brasileira; a excelência médica; o agronegócio; e sua força como polo comercial do Centro-Norte brasileiro e polo industrial”, ressalta da diretora do Goiânia Convention & Visitors Bureau.

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