Dispenser, é uma boa ideia?
Pois é, esta é a mais nova tendência nas américas, na Europa está em pleno uso
Artigo de Mario Cezar Nogalez*
Já pensou em colocar dispenser no lugar do shampoo e do sabonete em seu hotel?
Pois é, esta é a mais nova tendência nas américas, na Europa está em pleno uso; alguns acreditam que seja por questões ecológicas, outras que seja uma questão econômica, mas na verdade se trata de ambas.
No quesito ecológico o uso de dispenser no lugar dos cosméticos para banho reduz a quantidade de lixo a ser dispensado já que há a eliminação de embalagens individuais e redução drástica no desperdício, no quesito econômico há redução no tempo de produção, resíduos sólidos e desperdícios.
Obviamente que há quesitos regulamentadores em nosso país quando se trata de utilização de embalagens grandes e individuais, primeiro temos a Anvisa que obriga a informação do nome do fabricante, data de validade e lote em todas as embalagens e temos a política nacional de resíduos sólidos – lei 12.305/2010 (neste quesito indico a leitura do tema em livro publicado pela autora Telma Bartholomeu Silva da editora Nova Onda).
Vejamos agora as vantagens de operar o hotel com dispenser, primeiro devo lembrar que um hotel tem três focos a serem atendidos que são: proporcionar uma excelente noite de sono, proporcionar um confortável ambiente de higienização e proporcionar um maravilhoso desjejum, com base nestes aspectos que envolvem a operação hoteleira, o banho é um ponto crucial de atribuição de qualidade e obviamente que a disponibilização de produtos para tal é quase que obrigatória além de ser uma exigência nos vários sistemas de avaliação de qualidade.
Utilizemos como base um hotel com 100 UH’s com uma ocupação média de 60% tendo em média 1,3 hospede por unidade habitacional com 30% da hospedagem sendo mulheres e o número médio de diárias por reserva estar em 2,3.
Os consumos médios são os seguintes:
Homens
Mulheres
Em ambos os casos o consumo em MLs/Gr já está calculado pelo número de diárias por reserva.
Calculando o desperdício:
Em nosso exemplo, o número médio de ocupação feminina é de 30% e temos em média 1,3 hóspede por UH ocupada, aplicando a média ponderada para a questão temos os seguintes consumos:
Se você se utiliza dos seguintes produtos com as militragens indicadas abaixo seu hotel apresenta o seguinte desperdício
Ou seja, você pode estar produzindo o desperdício de mais de 850 Litros em produtos, mais de 28 mil embalagens que somadas aos litros desperdiçados pode chegar a quase 1 tonelada em produção de lixo anual.
Já a produção de lixo (embalagens) neste nosso exemplo pode chegar em média aos seguintes números:
Como seriam estes números se você utilizar o dispenser de 500ml, o primeiro ponto que temos é a redução para número próximo ao zero com relação ao desperdício em produtos, e consideramos os mesmos números de consumo, logo… os números falam por si só!
Atrele este número a questões de produção, onde você tem uma menor carga de produção de lixo a ser coletado diariamente e redução no tempo de produção em até 7 minutos por diários por camareira temos outros argumentos para apoiar a ideia, contudo vivemos no Brasil e o maior número de hóspedes são os brasileiros que tem certos hábitos que não são tão agradáveis.
Estudos realizados por esta consultoria verificou que o percentual de hospedes que quebram os dispensers é alto, chegando a 20% de toda a hospedagem, logo é fácil assumir que dada a implantação em seu hotel de dispensers, haverá um percentual de custo em consumo neste patamar até que seus hóspedes se acostumem com a ideia, mas, para brasileiros há brasileiros e já existem no mercado dispensers fabricados com tecnologia suficiente para reduzir este numero de quebra, ou seja, vale a pena racionalizar a mudança para o dispenser.
Para aqueles que ainda estão com dúvidas, em nosso site www.snhotelaria.com.br deixaremos a disposição a calculadora de desperdício e consumo em amenities (Excel) para download de forma gratuita.
*Mario Cezar Nogalez é consultor especializado em hotelaria e conta com experiencia no ramo desde 1989, sendo autor de sete livros técnicos em hotelaria.
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